Você tem curiosidade sobre o que é a medula óssea? Sabe quais doenças podem acometê-la? O Estratégia MED preparou este artigo para solucionar as suas dúvidas! Acompanhe o texto e aproveite!
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O que é Medula Óssea?
A medula óssea é um tecido presente no interior do canal medular de ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Ela é conhecida popularmente como “tutano” e é responsável pela produção de células sanguíneas, como glóbulos vermelhos e brancos, além de plaquetas.
Esse tecido pode ser dividido entre medula óssea vermelha e amarela. A primeira é responsável pela produção de células presentes no sangue, como hemácias, leucócitos e plaquetas. Já a medula amarela é composta por células adiposas e não produz células sanguíneas.
A produção de células sanguíneas inicia-se na medula óssea durante o sétimo mês de gestação. Com a evolução do desenvolvimento fetal e o avançar da idade do indivíduo, a medula vermelha é substituída por medula amarela. No adulto, as células adiposas ocupam 50% da medula óssea vermelha.
Localização da Medula Óssea Vermelha
A medula óssea vermelha, no adulto, está localizada no esterno, vértebras, costelas e díploe do crânio – substância esponjosa presente entre os ossos da calvária. Já no adulto jovem, é localizada nas epífises proximais do fêmur e do úmero.
Quais as funções da medula óssea?
A principal função da medula óssea é a produção de células sanguíneas, mas também é responsável pelo armazenamento de ferro na forma de ferritina e de hemossiderina. Além disso, a medula óssea é uma fonte de células-tronco para diversos tecidos.
Doenças da medula óssea
As doenças que acometem a medula óssea estão relacionadas a alterações das linhagens de células que são originadas lá. Algumas das patologias são: anemia, decorrente de modificações da produção de hemácias – hemoglobinas; leucemias, por afecções na produção de leucócitos e por último, acometimento da produção de plaquetas.
Anemias
As anemias são patologias frequentes no cotidiano médico, que correspondem a redução de hemácias, ou hemoglobinas. As anemias podem ocorrer por deficiências de substâncias, como ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Para identificar a causa é necessário analisar as características apresentadas no hemograma.
Leucemias
As leucemias são um grupo de doenças em que há produção de células neoplásicas de origem leucocitária – ou seja, de leucócitos. Essas células mutantes se multiplicam sem organização, acometendo tanto as linhagens linfocíticas quanto as mieloides.
A linhagem linfocítica surge em tecidos linfáticos e em outros tecidos linfoides. Já a linhagem mieloides se origina de células mieloides jovens da Medula Óssea, ou ainda em órgãos extramedulares, como gânglios linfáticos, fígado e baço.
Mielodisplasia
A mielodisplasia corresponde a um grupo de doenças neoplásicas adquiridas das células-tronco hematopoiéticas. Por conta disso, há acometimento das três séries hematopoiéticas.
Coagulopatias
As coagulopatias decorrem da redução da função de uma ou mais pró-enzimas relacionadas à coagulação. Essas alterações podem ser manifestadas por meio de sangramento ou ainda por trombose, que trata-se de formação de coágulos.
Plaquetopenias
As plaquetopenias são decorrentes da diminuição do número de plaquetas circulantes no sangue do indivíduo. O valor determinante para essa alteração é menor ou igual a 150.000/mm³ de plaquetas. A diminuição de plaquetas decorre de: redução da produção, aumento da destruição de plaquetas ou ainda por alteração da distribuição.
Sintomas de doenças da medula óssea
Os sintomas apresentados variam de acordo com a linhagem celular acometida. Nas anemias, os principais sintomas correspondem a: fadiga ou sensação de fraqueza, falta de ar, queda de cabelo, sonolência diurna, entre outros.
Já no caso de leucemias podem apresentar no exame físico presença de gânglios linfáticos palpáveis – de consistência mais endurecida e de maior tamanho – e outras características que podem alterar os linfonodos, além de suores noturnos e outros.
As síndromes mielodisplásicas também são doenças que devem ser elencadas como diagnósticos diferenciais. Por vezes apresenta poucos sintomas e, além disso, tem maior incidência de insuficiência renal, hipotireoidismo e hepatite C.
No caso de coagulopatias, o quadro clínico pode ser de eventos embólicos, como Acidente Vascular Encefálico, Infarto Agudo do Miocárdio, Trombose Venosa Profunda ou outros eventos tromboembólicos.
Por fim, na plaquetopenia, o paciente pode apresentar sangramentos espontâneos. Eles podem se manifestar tanto na pele, com hematomas e petéquias, quanto de forma interna, por meio de evacuações com sangue, aumento do tempo de sangramento na menstruação, ou sangramento que não cessa a terapêutica.
Transplante de medula óssea
O transplante de medula óssea pode ocorrer em três tipos de modalidades:
- Transplante alogênico: em que o paciente recebe medula de uma outra pessoa compatível, que pode ou não ser da família;
- Transplante singênico: o doador é um irmão gêmeo idêntico. Essa modalidade de transplante é rara, pois depende da presença de irmão gêmeo; e
- Transplante autogênico: decorre do uso de células do próprio paciente coletadas previamente.
As células podem ser coletadas diretamente da crista ilíaca, por meio de múltiplas punções e aspirações da medula óssea. Outra opção é coletar as células do sangue periférico, por meio de máquinas de aférese, ou ainda do sangue do cordão umbilical.
O procedimento de transplante começa com a destruição das células da medula óssea do paciente doente. Em seguida, há infusão de células progenitoras saudáveis na corrente sanguínea, que se alojam na medula óssea e se desenvolvem.
Durante o período de proliferação, as células não são capazes de produzir leucócitos, hemácias e plaquetas em quantidade suficiente. Por isso, o paciente fica hospitalizado, em isolamento, para evitar processos infecciosos e hemorragias.
Agora que você aprendeu sobre medula óssea e as principais doenças que a acometem, aproveite o blog do Estratégia MED, para aprender outros temas da medicina!
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