Olá, querido doutor e doutora! A exérese é um dos principais tempos cirúrgicos, desempenhando um papel nos procedimentos que requerem a remoção de tecidos ou estruturas comprometidas. Seja com objetivos terapêuticos, diagnósticos ou reparadores, essa etapa é realizada com precisão e planejamento, utilizando diferentes técnicas para atender às necessidades específicas de cada caso. Este texto explora os aspectos técnicos, indicações clínicas e os cuidados relacionados à exérese, proporcionando uma visão abrangente para profissionais da área médica.
A biópsia é um procedimento diagnóstico que remove uma pequena amostra de tecido para análise, enquanto a exérese envolve a remoção completa de uma lesão, órgão ou tecido, podendo ter finalidades terapêuticas ou diagnósticas.
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Conceito de Exérese
A exérese é um dos tempos cirúrgicos que consiste na remoção total ou parcial de tecidos, órgãos ou estruturas anatômicas, com finalidade terapêutica ou diagnóstica. É uma etapa planejada, realizada de maneira precisa para tratar lesões, tumores ou doenças que não podem ser controlados por métodos menos invasivos.
O procedimento é executado com base em critérios técnicos e anatômicos, utilizando instrumental cirúrgico apropriado e técnicas que preservem as estruturas vizinhas sempre que possível. A exérese pode ser aplicada em diversos contextos, desde cirurgias de pequena complexidade até operações maiores e mais desafiadoras, sempre visando promover a melhor recuperação para o paciente.
Indicações da Exérese
Neoplasias
Uma das principais indicações da exérese é tratar neoplasias, tanto benignas quanto malignas. Tumores que comprometem órgãos ou estruturas próximas requerem frequentemente a remoção cirúrgica, seja para controle da doença, alívio de sintomas ou prevenção de complicações, como obstruções ou metástases.
Necrose
Outra indicação comum ocorre em casos de infecção grave ou necrose tecidual. Em situações como abscessos, gangrena ou osteomielite, a exérese pode ser necessária para controlar o foco infeccioso, evitando a disseminação da infecção e suas consequências sistêmicas.
Traumas
Em traumas, a exérese é indicada para remoção de tecidos não viáveis, limpeza cirúrgica e preparação do local para reconstruções posteriores. Além disso, deformidades congênitas ou adquiridas podem ser corrigidas por meio de exérese, especialmente em cirurgias plásticas ou reparadoras.
Diagnóstico
Para fins diagnósticos, a exérese é realizada na forma de biópsias excisionais, onde uma lesão ou tecido suspeito é removido para análise histopatológica, auxiliando na identificação de doenças e no planejamento terapêutico.
Técnicas Utilizadas na Exérese
Cirurgia Aberta
A técnica mais tradicional é a cirurgia aberta, realizada por meio de incisões que permitem acesso direto à área a ser operada. É amplamente utilizada em situações onde é necessário amplo campo visual, como em tumores extensos ou remoção de órgãos grandes. Essa abordagem é versátil, mas pode estar associada a maior tempo de recuperação e risco de complicações.
Cirurgia Minimamente Invasiva
Com os avanços tecnológicos, a cirurgia minimamente invasiva tornou-se uma opção popular em muitos casos de exérese. Procedimentos como a laparoscopia e a toracoscopia utilizam câmeras e instrumentos especializados para realizar a remoção de tecidos com incisões menores. Esses métodos oferecem benefícios como menor dor pós-operatória, recuperação mais rápida e cicatrizes reduzidas.
Cirurgia Robótica
A cirurgia robótica é uma evolução da técnica minimamente invasiva. Com a utilização de sistemas robóticos, o cirurgião controla instrumentos precisos, permitindo maior destreza em áreas de difícil acesso. Essa abordagem é frequentemente aplicada em procedimentos oncológicos ou ginecológicos.
Bisturi Elétrico e Laser
Além das técnicas convencionais, dispositivos avançados, como o bisturi elétrico e o laser, são amplamente utilizados para cortes precisos e controle do sangramento. O bisturi elétrico utiliza correntes de alta frequência para dissecar e coagular tecidos simultaneamente, enquanto o laser é indicado para intervenções delicadas em tecidos superficiais, como na dermatologia e oftalmologia.
Riscos e Complicações da Exérese
- Sangramento: entre os riscos mais comuns está o sangramento, que pode ocorrer durante ou após o procedimento. Apesar do uso de técnicas de hemostasia para minimizar essa complicação, em casos mais extensos, a perda de sangue pode exigir reposição com transfusões.
- Infecção do sítio cirúrgico: outra complicação frequentemente associada é a infecção do sítio cirúrgico, que pode ser local ou se espalhar de forma sistêmica. A adoção de protocolos rigorosos de assepsia e o uso de profilaxia com antibióticos ajudam a reduzir esse risco.
- Lesões adjacentes: lesões de estruturas adjacentes são complicações possíveis, especialmente em cirurgias complexas ou realizadas em áreas anatômicas delicadas. Danos acidentais a vasos sanguíneos, nervos ou órgãos próximos podem causar prejuízos funcionais temporários, ou permanentes.
- Hematomas e seromas: no período pós-operatório, formação de hematomas ou seromas pode ocorrer na área da exérese, exigindo drenagem ou acompanhamento clínico. Além disso, a cicatrização inadequada pode resultar em deiscência (abertura dos pontos) ou formação de cicatrizes hipertróficas e queloides, afetando a estética e a funcionalidade do local.
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Referências Bibliográficas
- FAGUNDES, Djalma José; TAHA, Murched Omar. Técnica Cirúrgica: Princípios e Atualizações. 1. ed. São Paulo: Manole, 2023.