Para obter sucesso nos exames de residência médica e revalida, os candidatos precisam estar com os estudos em dia, sobretudo no tema de Terapia Hormonal. Este tópico é frequentemente abordado nos blocos de Ginecologia e Obstetrícia, sendo fundamental compreender os métodos de diagnóstico para a prescrição da terapia, seus potenciais riscos, vantagens e demais conceitos relevantes relacionados à terapia hormonal. Veja abaixo como são formuladas as questões sobre esse tópico!
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Conceito de terapia hormonal
É indicada para os sintomas vasomotores do climatério — fase de transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher, que interfiram na qualidade de vida da paciente e para a atrofia vulvovaginal, além de prevenir e tratar osteoporose em casos específicos. Recomenda-se ser feita no que chamamos de janela de oportunidade, correspondente até os 60 anos e antes dos 10 anos de menopausa.
Há uma grande discussão entre seus riscos e benefícios. Seus benefícios incluem a prevenção de massa óssea e da atrofia vulvovaginal, tratar os sintomas geniturinários e melhorar o risco cardiovascular. Porém, entre seus riscos estão a incidência de câncer de mama, trombose e doenças biliares.
Se preferir, confira o resumo antes de resolver as questões: ResuMED de climatério e terapia hormonal!
Como o tema possui extrema prevalência nas provas de Residência Médica, o Portal de Notícias do Estratégia MED trouxe 5 questões sobre terapia hormonal que já caíram nas provas para ajudar, na prática, a sua preparação para as próximas seleções.
Processo Seletivo Unificado de Alagoas – PSU-AL (2024)
Mulher, 54 anos de idade, menopausada há 3 anos, vem em uso de terapia de reposição hormonal há um ano. Secundigesta e secundípara. Nega cirurgias prévias ou comorbidades. Vem em atendimento ginecológico referindo sangramento via vaginal, de pouca intensidade, há 3 dias.
Sobre a terapia de reposição hormonal que esta paciente vem fazendo, pode-se afirmar:
A) A paciente precisa estar em uso de estrogênio isolado, visto que a progesterona, nesse caso, só vai aumentar o risco de atrofia endometrial.
B) Por ter útero, a paciente teria indicação, no início, do uso de terapia de reposição hormonal combinada com estrógeno e progestágeno.
C) Por ter menopausado já há 3 anos, essa paciente não pode mais estar em uso de terapia de reposição hormonal.
D) A terapia de reposição hormonal não é causa de sangramento uterino anormal.
Resolução: As indicações atuais para o uso de TH são o tratamento de sintomas vasomotores que impactem na qualidade de vida e da atrofia vulvovaginal (uso tópico), além da prevenção e do tratamento da osteoporose em casos individualizados. O uso deve ser feito na chamada janela de oportunidade, isto é, em pacientes até 60 anos de idade e com menos de 10 anos de menopausa.
É importante lembrar que a terapia tópica pode ser usada fora da janela de oportunidade por não apresentar absorção sistêmica significativa.
A terapia hormonal pode ser dividida em duas categorias: tópica (local) e sistêmica. A terapia sistêmica é composta pelo uso de hormônios por via transdérmica (adesivos ou géis) ou por via oral. Os regimes terapêuticos que podem ser empregados estão descritos abaixo.
– Mulheres histerectomizadas (sem útero): uso de estrogênio isoladamente.
– Mulheres com útero: estrogênio + progestagênio (proteção endometrial).
Assim, alternativa “b” correta, pois nessa paciente a terapia de escolha é estriprogestativa.
Hospital Estadual Dr Jayme dos Santos Neves – HEJSN (2024)
Paciente do sexo feminino, 50 anos, sem comorbidades, histórico de irregularidade menstrual há 2 anos e menopausa há 01 ano. Queixa -se de Irritabilidade, fogachos, insônia, labilidade emocional, baixa libido e atrofia genital. Sobre a terapia de reposição hormonal neste caso clínico, qual seria a proposta terapêutica mais indicada:
A) Terapia combinada oral de Estrogênio natural com Progesterona.
B) Terapia oral somente de Estrogênio.
C) Terapia com óvulo vaginal de progesterona.
D) Terapia com creme vaginal de estrogênio.
Resolução: As indicações atuais para o uso de TH são o tratamento de sintomas vasomotores que impactem na qualidade de vida e da atrofia vulvovaginal (uso tópico), além da prevenção e do tratamento da osteoporose em casos individualizados. O uso deve ser feito na chamada janela de oportunidade, isto é, em pacientes até 60 anos de idade e com menos de 10 anos de menopausa.
É importante lembrar que a terapia tópica pode ser usada fora da janela de oportunidade por não apresentar absorção sistêmica significativa.
A terapia hormonal pode ser dividida em duas categorias: tópica (local) e sistêmica. A terapia sistêmica é composta pelo uso de hormônios por via transdérmica (adesivos ou géis) ou por via oral. Os regimes terapêuticos que podem ser empregados estão descritos abaixo.
– Mulheres histerectomizadas (sem útero): uso de estrogênio isoladamente.
– Mulheres com útero: estrogênio + progestagênio (proteção endometrial).
Os estrogênios podem ser empregados por via oral, transdérmica ou tópica. O uso por via oral é absorvido pelo trato gastrointestinal e atinge o fígado para a metabolização. Esse processo é chamado de primeira passagem hepática e é responsável pela ativação de outras vias metabólicas hepáticas, ocasionando os seguintes efeitos:
– Aumenta os níveis de globulina carreadora de hormônios sexuais -> reduz a fração livre de androgênio circulante.
– Aumenta os valores de HDL e de triglicérides e reduz os níveis de LDL.
– Aumenta a produção de fatores de coagulação -> hipercoagulabilidade.
– Ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona -> elevação de PA.
Assim, correta a alternativa “a” correta, pois se a paciente tinha irregularidade menstrual, isso significa que ela tem útero e deve usar terapia com estrogênio e progesterona.
Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto – SCMRP (2024)
Mulher de 50 anos, com DUM há 7 meses, com sintomas vasomotores intensos. Nega comorbidades ou cirurgias prévias. Em relação ao esquema de administração de terapia hormonal para o alívio dos sintomas nessa situação clínica, assinale a alternativa que apresenta a terapia mais adequada.
A) Estrogênica por via oral e progestógeno via transdérmica.
B) Estrogênica via vaginal.
C) Estrogênica via oral.
D) Estroprogestativa sequencial via oral.
E) Progestógeno via transdérmica.
Resolução: A terapia hormonal pode ser dividida em duas categorias: tópica (local) e sistêmica. A terapia sistêmica é composta pelo uso de hormônios por via transdérmica (adesivos ou géis) ou por via oral. Os regimes terapêuticos que podem ser empregados estão descritos abaixo.
— Mulheres histerectomizadas (sem útero): uso de estrogênio isoladamente.
— Mulheres com útero: estrogênio + progestagênio (proteção endometrial).
– Sequencial: estrogênio contínuo + progestagênio (12 – 14 dias no mês ou a cada três a seis meses) -> preferencial até os primeiros anos de pós-menopausa.
* Esse esquema apresenta taxa de sangramento maior, porém permite uma regularização do sangramento menstrual, uma queixa bastante comum nessa fase do climatério.
– Contínuo: ambos os hormônios contínuos (preferencial na pós-menopausa).
Assim, correta a alternativa “d”, pois essa é uma opção adequada para pacientes que ainda não tiveram a menopausa.
Processo Seletivo Unificado do Mato Grosso – PRMMT (2024)
Mulher de 51 anos, com queixa de ondas de calor, irritabilidade e insônia, passou por consulta médica há 30 dias e hoje retorna trazendo os resultados dos exames solicitados. Mamografia: BIRADS 2, USG TV e CCO normais. Hemograma sem alterações, glicemia de jejum 93 mg/dL, colesterol total 189 mg/dL, LDL 100 mg/dL, HDL 45 mg/dL, triglicerídeos 221 mg/dL, TSH 1,67 mUI/L. Ela nega comorbidades, tabagismo ou etilismo. Realizou histerectomia total por miomatose aos 47 anos e nega casos de câncer em parentes de 1º grau. Qual a melhor opção terapêutica?
A) Adesivo de estrogênio isolado – via transdérmica.
B) Estrogênio e testosterona combinados – via oral.
C) Estrogênio e progesterona combinados – via oral.
D) Implante de progestágeno isolado – via subcutânea.
Resolução: As indicações atuais para o uso de TH são o tratamento de sintomas vasomotores que impactem na qualidade de vida e da atrofia vulvovaginal (uso tópico), além da prevenção e do tratamento da osteoporose em casos individualizados. O uso deve ser feito na chamada janela de oportunidade, isto é, em pacientes até 60 anos de idade e com menos de 10 anos de menopausa.
É importante lembrar que a terapia tópica pode ser usada fora da janela de oportunidade por não apresentar absorção sistêmica significativa.
A terapia hormonal pode ser dividida em duas categorias: tópica (local) e sistêmica. A terapia sistêmica é composta pelo uso de hormônios por via transdérmica (adesivos ou géis) ou por via oral. Os regimes terapêuticos que podem ser empregados estão descritos abaixo.
– Mulheres histerectomizadas (sem útero): uso de estrogênio isoladamente.
– Mulheres com útero: estrogênio + progestagênio (proteção endometrial).
Os estrogênios podem ser empregados por via oral, transdérmica ou tópica. O uso por via oral é absorvido pelo trato gastrointestinal e atinge o fígado para a metabolização. Esse processo é chamado de primeira passagem hepática e é responsável pela ativação de outras vias metabólicas hepáticas, ocasionando os seguintes efeitos:
– Aumenta os níveis de globulina carreadora de hormônios sexuais -> reduz a fração livre de androgênio circulante.
– Aumenta os valores de HDL e de triglicérides e reduz os níveis de LDL.
– Aumenta a produção de fatores de coagulação -> hipercoagulabilidade.
– Ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona -> elevação de PA.
A via transdérmica evita essa primeira passagem hepática, não acarretando esses efeitos secundários. Por esse motivo, em pacientes com maior risco trombótico, tabagistas, obesas, hipertensas e com triglicérides elevados, é a via de escolha.
Desta forma, a alternativa “a” está correta, pois como a paciente é histerectomizada e apresenta triglicérides elevado, a melhor forma de administrar o estrogênio é pela via transdérmica.
Revalida INEP (2023)
Uma mulher de 51 anos vem ao ambulatório de referência mencionando fogachos, insônia, irritabilidade e labilidade emocional há 3 meses. A última menstruação foi há 6 meses e nunca usou hormônios. É hipertensa em uso de medicação com níveis tensionais controlados. Realizou revisão ginecológica recentemente, com exames clínico e complementares normais. Após a explanação do médico sobre os riscos e benefícios da terapia hormonal (TH) no climatério, a paciente informa que deseja usar hormônios para alívio da sintomatologia, solicitando um esquema hormonal de menor risco para o seu organismo.
Considerando as evidências disponíveis quanto ao perfil farmacológico e clínico dos esquemas de TH, o médico deverá prescrever
A) estradiol 1 mg + acetato de noretisterona 0,5 mg, por via oral, contínuo.
B) estradiol 50 mcg + acetato de noretisterona em adesivo, por via transdérmica, contínuo.
C) estrogênios equinos conjugados 0,625 mg + acetato de medroxiprogesterona 5 mg, por via oral, contínuo.
D) estradiol 1 mg em gel, por via transdérmica, contínuo + progesterona natural micronizada 100 mg, por via vaginal, cíclico.
Resolução: A terapia hormonal pode ser dividida em duas categorias: tópica (local) e sistêmica. A terapia sistêmica é composta pelo uso de hormônios por via transdérmica (adesivos ou géis) ou por via oral. Os regimes terapêuticos
que podem ser empregados estão descritos abaixo.
–> Mulheres histerectomizadas (sem útero): uso de estrogênio isoladamente.
–> Mulheres com útero: estrogênio + progestagênio (proteção endometrial).
– Sequencial: estrogênio contínuo + progestagênio (12 – 14 dias no mês ou a cada três a seis meses) -> preferencial até os primeiros anos de pós-menopausa.
* Esse esquema apresenta taxa de sangramento maior, porém permite uma regularização do sangramento menstrual, uma queixa bastante comum nessa fase do climatério.
– Contínuo: ambos os hormônios contínuos (preferencial na pós-menopausa).
Já a via tópica é a opção de tratamento para atrofia urogenital. A absorção sistêmica dessa via é mínima, não havendo as mesmas contraindicações dos regimes sistêmicos.
Os estrogênios podem ser empregados por via oral, transdérmica ou tópica. O uso por via oral é absorvido pelo trato gastrointestinal e atinge o fígado para a metabolização. Esse processo é chamado de primeira passagem hepática e é responsável pela ativação de outras vias metabólicas hepáticas, ocasionando os seguintes efeitos:
– Aumenta os níveis de globulina carreadora de hormônios sexuais -> reduz a fração livre de androgênio circulante.
– Aumenta os valores de HDL e de triglicérides e reduz os níveis de LDL.
– Aumenta a produção de fatores de coagulação -> hipercoagulabilidade.
– Ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona -> elevação de PA.
A via transdérmica evita essa primeira passagem hepática, não acarretando esses efeitos secundários. Por esse motivo, em pacientes com maior risco trombótico, tabagistas, obesas, hipertensas e com triglicérides elevados, é a via de escolha.
Os progestagênios não têm papel na melhora da sintomatologia do climatério. Seu uso está indicado em pacientes que tenham indicação de TH e que possuam útero, com a única finalidade de promover atrofia endometrial e reduzir o risco de hiperplasia endometrial e câncer de endométrio associado ao uso de estrogênio exógeno.
Existem diversos progestagênios que podem ser empregados, devendo atender às seguintes características: adequada potência progestacional, segurança endometrial e que preserve os benefícios estrogênicos com mínimo efeito colateral. A progesterona natural micronizada é menos antagônica aos efeitos positivos do estrogênio no metabolismo lipídico e tem efeito menos proliferativo na mama, além de ser a menos associada a aumento de risco trombótico.
Desta maneira, a alternativa “d” está correta, pois a combinação entre estradiol transdérmico e progesterona natural é a mais segura pensando em trombose e metabolismo lipídico. Além disso, por ser uma paciente ainda no climatério, pode ser empregado um regime cíclico de progesterona.
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