ResuMED de furosemida: indicações, farmacologia e mais!

ResuMED de furosemida: indicações, farmacologia e mais!

Quer saber mais sobre as aplicações da furosemida na prática clínica, quais as principais interações farmacológicas e os efeitos adversos? O Estratégia MED preparou tudo para você nesse artigo, confira!

Visão geral da furosemida

A furosemida é um diurético de alça que bloqueia o cotransportador NKCC presente no ramo ascendente da alça de Henle. Dessa forma, há inibição da reabsorção de sódio nesse segmento, o que leva a excreção urinária aumentada e aumento da secreção tubular distal de potássio.

A furosemida é comercializada em duas apresentações: comprimidos de 40 mg e em solução injetável 10mg/mL, em ampolas de 2 ml, que pode ser de administração intravenosa ou intramuscular.

Indicações e dosagem da furosemida

É indicado para controle da hipertensão arterial e para a resolução de edema de diversas etiologias, como as de origem cardíaca, hepática e renal. Pode ser usada também para induzir diurese em casos de envenenamento.

A dosagem da medicação de uso oral deve ser a menor possível para atingir o objetivo desejado. Em adultos, a dose inicial pode ser de 20 mg a 80 mg por dia, a dose máxima depende da resposta do paciente. Em crianças, deve-se dar preferência ao uso oral da furosemida. A posologia recomendada é de 2mg/kg de peso, até o máximo de 40 mg por dia.

Quanto à fórmula injetável, para maiores de 15 anos de idade, a dose inicial é de 20 a 40mg por via intravenosa ou intramuscular. Se o objetivo não for alcançado, pode ser administrada em doses de 20mg a cada 2 horas, até se atingir a diurese desejada. Em menores de 15 anos, a administração parenteral só pode ser feita em condições de risco de vida. 

Contraindicações

A furosemida é contraindicada nas seguintes situações:

  1. Reação de hipersensibilidade à substância;
  2. Insuficiência renal com anúria;
  3. Pré-coma e coma associado à encefalopatia hepática;
  4. Hipocalemia severa;
  5. Hiponatremia severa; e
  6. Hipovolemia ou desidratação.

Efeitos adversos da furosemida

Os principais efeitos adversos da furosemida são distúrbios hidroeletrolíticos, como hiponatremia e hipocalemia, desidratação, hipovolemia, hipotensão arterial, náuseas e encefalopatia hepática em pacientes hepatopatas.

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Características farmacológicas da furosemida

Farmacodinâmica 

A furosemida inibe a ação do cotransportador NKCC presente no ramo ascendente da alça de Henle, reduzindo a reabsorção de sódio, o que promove aumento da diurese, da excreção de sódio e de potássio.

Sua ação ocorre em 15 minutos após a administração intravenosa e em 1 hora após a administração oral. A diurese e a natriurese aumentam de forma dose-dependente em indivíduos saudáveis.

Farmacocinética

A furosemida se liga fortemente a proteínas plasmáticas, sua meia vida é de aproximadamente 1 a 2 horas em pessoas saudáveis e é eliminada principalmente na sua forma inalterada pelos rins. A furosemida é excretada no leite materno, de modo que é não é indicada para lactantes.

Paciente adulto

Na insuficiência renal, a meia vida da droga é elevada, podendo atingir até 24 horas. Já na insuficiência hepática, a meia vida aumenta em 30% a 90%, principalmente devido ao aumento do volume de distribuição.

Paciente pediátrico

Nas crianças recém-nascidas, a eliminação da furosemida pode estar diminuída por imaturidade dos rins. Já naquelas com 2 meses ou mais, o clearance da droga é o mesmo dos adultos. 

Paciente idoso

Em idosos, a excreção é diminuída devido à redução da função renal nessa faixa etária. 

Gestantes

A furosemida atravessa a barreira placentária e não deve ser administrada durante a gravidez, exceto se estritamente indicada e por curto tempo. Durante a utilização, o crescimento fetal deve ser monitorizado

Interações medicamentosas da furosemida

Não deve ser utilizada em associação ao hidrato de cloral e com antibióticos aminoglicosídicos e outras medicações ototóxicas, pois pode potencializar a otoxicidade destes fármacos. 

No uso de sais de lítio, a furosemida reduz a excreção dessa medicação, podendo aumentar seu nível sérico, o que eleva o risco de toxicidade por lítio, incluindo efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos. 

No uso concomitante com inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II, há risco de hipotensão severa, de maneira que o acompanhamento da introdução dessas drogas junto a furosemida deve ser cuidadoso.

Em pacientes que utilizam levotiroxina, altas doses de furosemida podem alterar os níveis de T4 livre, de modo que, nesse caso, deve haver acompanhamento com dosagens séricas dos hormônios tireoidianos.

Superdosagem ou intoxicação

A superdosagem pode levar a hipovolemia, desidratação, hemoconcentração, arritmias cardíacas, hipotensão severa, insuficiência renal aguda, trombose, delírio, paralisia flácida, apatia e confusão mental.

Referências bibliográficas:

  • Bula para profissional de saúde – Furosemida – Cimed Indústria de Medicamentos Ltda. Comprimidos 40mg 
  • Bula para profissional de saúde – Furosemida – Laboratório Teuto Brasileiro S/A – . Solução injetável 10mg/mL
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