Como vai, futuro Residente? O tema oncologia ortopédica é o segundo tema mais frequente na ortopedia do adulto, a osteomielite o quinto. Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo exclusivo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto para gabaritar as provas de Residência Médica. Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!
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Introdução
Na oncologia ortopédica existem diversos tipos de tumores ósseos que são classificados, por prevalência, em malignos, primários, secundários e hematológicos, possível de lembrar pelo mnemônico MMOCÊ:
- 1º – M: Metástase. Tumor ósseo maligno mais comum.
- 2º – MM: Mieloma múltiplo. Tumor maligno primário ósseo mais comum.
- 3º – O: Osteossarcoma. Tumor maligno primário não hematológico mais comum. Tumor maligno mais comum abaixo dos 30 anos de idade.
- 4º – C: Condrossarcoma.
- 5º – E: Sarcoma de Ewing. Terceiro tumor maligno primário não hematológico mais comum. Tumor maligno mais frequente abaixo de 10 anos.
Quando fazemos a avaliação radiográfica de um tumor, devemos buscar algumas características importantes em casa localização:
Em relação à cortical e à medular:
- Intracortical: “dentro” da cortical óssea;
- Justacortical: próximo à cortical óssea, podendo ser intramedular ou extramedular;
- Cêntrico: central à medula óssea; e
- Excêntrico: intramedular, porém não centralizado;
Em relação às regiões anatômicas do osso:
- Epifisário (segmento do extremo ósseo, após a fise. É o núcleo de crescimento secundário em crianças).
- Metafisário (segmento intermediário, fica antes da fise. Tem mais osso esponjoso e cortical mais fina).
- Diafisário (segmento entre as duas metáfises. Tem osso mais resistente e cortical mais espessa).
Limites:
- Bem definidos: é possível ver onde o tumor começa e onde termina.
- Mal definidos: não é possível determinar seus limites.
Ação no osso:
- Blástico: formação de tecido (geralmente, osso – osteoblástico).
- Lítico: destruição de tecido (osteolítico).
- Misto: mistura formação e destruição do tecido.
Preservação cortical:
- Rompimento cortical.
- Sem rompimento cortical.
Padrão de destruição óssea:
- Padrão geográfico: forma um padrão que se assemelha a um continente, com suas bordas bem definidas.
- Permeativo: forma uma espécie de “neblina” de destruição óssea, não ficando, totalmente, radiotransparente (osteossarcoma, sarcoma de Ewing).
- Roído por traças: há áreas de formação e destruição óssea e as áreas de osteólise geram pequenos pedaços sem esclerose óssea. É parecido com o padrão de destruição em saca-bocado.
Reação óssea peritumoral:
- Com esclerose reacional: há uma formação de tecido ósseo mais esclerótico em torno da lesão (osteoma osteoide). Quanto menor a reação óssea ao redor, mais maligno é o tumor.
Reação periosteal:
- Sólida: o periósteo eleva-se, dando a impressão de um espessamento ósseo.
- Lamelar: há um levantamento periosteal de apenas uma camada.
- Multilamelar (casca de cebola): formam-se diversas camadas; é o clássico do sarcoma de Ewing.
- Triângulo de Codman: há uma elevação multilamelar, interrompida por tumor em expansão rápida, o que
- forma um triângulo (como uma ponte). Característico de tumores malignos de expansão mais rápida.
- Espicular: formação de espículas perpendiculares à cortical.
- Divergente (raios de sol): as espículas são oblíquas e divergentes. Padrão clássico de osteossarcoma.
Padrão de formação de tecido:
- Ósseo: nesses casos, observa-se uma radiopacidade semelhante ou mais intensa que a da cortical, porém na região medular óssea, geralmente, de contorno não tão bem definido (metástases de mama e próstata).
- Cartilagem: observa-se uma lesão intramedular, em geral, bem radiopaca, com aspecto nodular, algodonoso ou, o mais clássico, em pipoca (encondroma, condrossarcoma, condroblastoma).
- Fibrose: o tecido formado é fibroso, ficando com aspecto enevoado. São os fibromas.
Além disso, as bancas gostam de cobrar os diagnósticos diferenciais dos principais tumores ósseos. Na plataforma do Estratégia MED você encontra um fluxograma e tabela com todos eles, não deixe de conferir! Conheça agora os principais tumores.
Osteossarcoma
É o terceiro tumor ósseo maligno mais frequente na oncologia ortopédica, geralmente aos 20 anos de idade, é o mais frequente em crianças. Acomete, principalmente, as regiões de joelho e úmero distal, e sua principal metástase é a pulmonar.
Clinicamente, o paciente apresenta dor e edema, massa de crescimento insidioso ou rápido, e pode apresentar febre. Logo, além da clínica, para diagnóstico são necessários exames de imagem que mostre lesão metafisária permeativa com reação em raios de sol ou triângulo de Codman; histologicamente apresenta produção de osteoide e possível presença de células grandes.
Entre seus principais diagnósticos diferenciais está o sarcoma de Ewing, osteomielite e osteoma osteoide, e pode ser classificado de acordo com a quantidade de necrose da peça ressecada, após quimioterapia, que vai de prognóstico mau a melhor, em uma escala de 1 a 4.
Seu tratamento é feito com quimioterapia, cirurgia e quimioterapia adjuvante.
Metástases ósseas
Clinicamente, pacientes com metástases ósseas apresentam-se com lombalgia, os que mais as causam são os tumores de mama e de próstata, quando o tumor primário é conhecido. Por outro lado, os tumores pulmonares e renais são as principais fontes buscadas em metástases ósseas de tumores desconhecidos.
Sarcoma de Ewing
É o tumor ósseo maligno mais frequente em crianças até os 10 anos de idade da oncologia ostopédica. Acomete principalmente joelho e úmero proximal, sua principal metástase também é a pulmonar.
Aos sinais clínicos o paciente apresenta dor, edema e pode haver sintomas constitucionais que imitam uma infecção, como febre e emagrecimento. Laboratorialmente, pode causar aumento do VHS, DHL, leucocitose e anemia.
No diagnóstico por imagem, encontra-se lesão metadiafisária, de aspecto roído, rompimento cortical e massa nas partes moles. Deve ser feito diagnóstico diferencial com osteossarcoma, osteomielite e osteoma osteoide.
Osteoma osteoide
Possui uma apresentação clínica clássica de dor na perna, com caráter noturno e que responde ao uso de anti-inflamatórios. Aos exames de imagem, apresenta uma lesão circular, lítica, com borda esclerótica.
É necessário fazer diagnóstico diferencial com osteocondrite dissecante, osgood schlatter e doença de Perthes. Por fim, seu tratamento é conservador, com acompanhamento radiográfico até resolução espontânea do quadro.
Existem outros tumores importantes que você pode verificar no material completo do Estratégia MED!
Osteomielite na infância
Osteomielite se trata de uma infecção óssea, causada em crianças principalmente via hematogênica, acometendo principalmente metáfises de ossos longos. Até os 2 anos, a infecção pode chegar à articulação.
Seus principais sintomas incluem febre e dor metafisária. Para diagnóstico por exames de imagem (ressonância magnética) é possível ver uma área de penumbra, a área hipodensa do abscesso. Laboratorialmente a prova inflamatória mais sensível é o PCR.
Porém, o diagnóstico definitivo é feito por biópsia óssea, por cultura para microorganismos e diferenciação do sarcoma de Ewing. Seu tratamento é feito com antibioticoterapia inicialmente endovenosa, e mantida ou interrompida conforme evolução do VHS; em casos crônicos com abscesso são operados.
Osteomielite no adulto
Se difere da osteomielite na infância pelos seguintes aspectos:
Seu principal meio de comunicação é de forma indireta, como por traumas pós-cirúrgicos, além de uso de drogas, comorbidades e comprometimento do sistema imune. Acomete geralmente pé e outros locais com úlcera e quando causada por via hematogênica, afeta a coluna vertebral.
Frequentemente é causada pela S. aureus, assim como na criança.
Chegamos ao fim do nosso resumo! Neste resumo você aprendeu mais sobre os principais transtornos psiquiátricos infantis. Confira o Portal Estratégia MED para ter acesso a mais resumos de oncologia ortopédica!
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