ResuMED de Tumores Oculares Malignos: características, manifestações clínicas e mais!

ResuMED de Tumores Oculares Malignos: características, manifestações clínicas e mais!

Fala, futuro Residente! Apesar da baixa incidência nas provas, tumores oculares malignos é um tema que você não pode deixar de gabaritar. Isso, principalmente, quando sabemos que a maioria das questões se referem a um tumor específico, o retinoblastoma. Inclusive, recentemente, foi revelado que a filha de 1 ano do apresentador Tiago Leifert é portadora da patologia citada. Então, garanta a objetividade na resolução das questões e segurança sobre o assunto com o texto abaixo.

Características Gerais

Os tumores oculares malignos são divididos em dois grandes grupos, os intraoculares e os das pálpebras. O retinoblastoma, o mais cobrado em prova, trata-se de um tumor intraocular.

Tumores Malignos Intraoculares

Como dito na apresentação deste texto, o RETINOBLASTOMA é o tumor mais cobrado nas provas. Sendo assim, vamos expor suas principais características: é o tumor primário mais comum na infância, independe do sexo e pode ser tanto hereditário quanto não hereditário. O primeiro se manifesta bilateralmente enquanto o segundo se manifesta unilateralmente e não apresenta predisposição a neoplasias secundárias não oculares.

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Retinoblastoma

As manifestações clínicas mais comuns e características do retinoblastoma, são:

  1. Leucocoria (reflexo branco pupilar) – é um reflexo comparado ao “olho de gato” nas questões. Nessa faixa etária, uma das principais causas de leucocoria é a catarata congênita
  2. Estrabismo.

Existem outras apresentações, como o glaucoma secundário, que podem estar associadas a buftalmo e a hiperemia conjuntival associado a uveíte. Entretanto, estes não são tão característicos quando os dois primeiros citados. 

Na abordagem diagnóstica, o reflexo vermelho deve ser usado como rastreio, pois qualquer assimetria indica um exame completo com dilatação pupilar e o acompanhamento imediato com oftalmologista. O tratamento é definido de acordo com o tamanho do tumor e, independente da classificação, vai ser indicada a quimioterapia.

Importante saber que novos tumores podem se desenvolver em pacientes com retinoblastoma hereditário, especialmente aqueles tratados muito jovens. O acompanhamento até 3 anos de idade é a cada 2 – 8 semanas e, após essa idade, deve ser feito a cada 6 meses até os 5 anos e, anualmente, até os 10 anos.

Curiosidade! Recentemente, foi revelado que a filha do apresentador Tiago Leifert, Lua, de 1 ano de idade, é portadora de tal patologia. Segundo as notícias, a pequena já realizou quatro sessões de quimioterapia. É um caso não tão comum, mas que precisamos estar atentos para saber conduzir e, em relação à nossa prova, devido a esse fato, há maiores chances de estar nos exames.

Melanoma de coróide

É outro tumor intraocular primário e mais comum nos adultos, normalmente acometendo pacientes acima de 50 anos, sendo sua apresentação, em maior grau, unilateral. Pode ser assintomático e periférico ou causando perda de visão, embaçamento, metamorfopsia (turvação), perda de campo visual e fotopsias (sensação de flash’s luminosos). Se não for detectado precocemente, o tumor pode assumir um padrão de disseminação metastática hematogênica para o fígado e, como consequência, outros órgãos. O objetivo do tratamento é impedir o desenvolvimento de dor e evitar perda total da visão, entretanto se o tumor é de crescimento lento e unilateral ou cronicamente doente, não é necessário tal tratamento.

Carcinoma Metastático

Os carcinomas representam a maioria das metástases para a úvea. As metástases não têm preferência por sexo, sendo homens e mulheres igualmente afetados. Nas mulheres, aproximadamente 75% das metástases têm a mama como sítio primário. Nos homens, o principal sítio primário é o pulmão. É importante dizer que as metástases constituem a principal causa de tumores malignos do olho e da órbita. 

Em relação ao diagnóstico, faz-se necessário a solicitação do exame oftalmológico completo, incluindo acuidade visual, biomicroscopia, tonometria e fundoscopia a fim de excluir os diagnósticos diferenciais como nevus de coroide.

Tumores Malignos das Pálpebras

São tumores menos frequentes na população em geral, possuem, basicamente, os mesmos fatores de risco e sua abordagem diagnóstica podem ser divididas em:

  • Verificar se houve crescimento rápido e se tinha lesões cutâneas prévias;
  • Exame externo das pálpebras para avaliar outras alterações e os linfonodos;
  • Biomicroscopia sob lâmpada de fenda com eversão das pálpebras;
  • Fotografar a lesão; e
  • Biópsia para confirmação histopatológica.

O aspecto que pode ser avaliado na anamnese e desconfiar de tal patologia é uma nodulação pálpebra assintomática ou com uma leve irritação.

Carcinoma de células basais ou Carcinoma basocelular

É o tumor maligno mais comum das pálpebras. Apresenta crescimento lento e não possui disseminação metastática. Geralmente, se manifesta na pálpebra inferior ou no canto medial de idosos e pode ser localmente agressivo. Os fatores de risco são pele clara e exposição crônica ao sol e seu tratamento baseia-se, geralmente, na excisão cirúrgica com avaliação das margens do tumor.

Carcinoma de células escamosas

Tumor bem mais agressivo que o basocular e, felizmente, menos frequente, apresentando metástase para os linfonodos regionais. Sua manifestação é mais comum na pálpebra superior em pacientes de meia-idade e idosos, podendo envolver pálpebra superior e inferior (multifocal), bem como, apresentar hiperceratose. Faz-se necessário fazer diagnóstico diferencial com blefarite e calázio.

Os fatores de risco são similares ao basocecular e o tratamento também é cirúrgico, necessitando realizar a retirada do tumor bem como reconstruir a pálpebra acometida, muitas vezes. 

Carcinoma de células sebáceas

Tumor bem mais agressivo que o basocular e, felizmente, menos frequente, apresentando metástase para os linfonodos regionais. Sua manifestação é mais comum na pálpebra superior em pacientes de meia idade e idosos, e pode apresentar hiperceratose. Com o desenvolvimento do tumor, a pele que recobre a pálpebra tende a se tornar espessa, havendo perda dos cílios e a visão ficar distorcida. O diagnóstico diferencial com blefarite e calázio.

Os fatores de risco que podem contribuir é a exposição ao sol e o enfraquecimento do sitema imunológico. Além disso, a genética é outra causa possível da doença, pois pacientes que desenvolvem síndrome de Muir-Torre, uma rara doença genética que deixa os pacientes mais propensos a variados tipos de câncer. o tratamento padrão para esse tipo de câncer é por meio da cirurgia micrográfica de Mohs, resultando em menor taxa de mortalidade e recorrência da doença do que a cirurgia convencional. Como todo e qualquer tumor é indicado realizar a biópsia, nesse caso, da conjuntiva bulbar e palpebral, e ter avaliação com o oncologista. 

Melanoma

É o tumor maligno conjuntival pigmentado que corresponde a 2% dos tumores malignos oculares, sendo o primário o mais comum e pode surgir a partir de um nevus pré-existente. Em relação a sua manifestação clínica, o local comum de sinal é o limbo e seu pior prognóstico são nos tumores envolvendo a carúncula, conjuntiva palpebral e fórnice, multifocais, maiores que 2 mm, recorrentes ou com disseminação linfática ou orbitária. O diagnóstico, além da anamnese e assim como a maioria dos tumores é feito diante o exame oftalmológico completo. A excisão das lesões juntamente com a radioterapia e a crioterapia são opções de tratamento.

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