ResuMED de transtorno de ansiedade: diagnóstico, tratamento e mais!

ResuMED de transtorno de ansiedade: diagnóstico, tratamento e mais!

Como vai, futuro Residente? Um dos temas mais relevantes nas provas de Residência Médica, principalmente em psiquiatria, é o transtorno de ansiedade, também muito importante para seu conhecimento na prática clínica. Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo exclusivo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto para gabaritar as provas de Residência e garantir sua vaga! Após a leitura você está hábil para fazer diagnósticos de transtorno de ansiedade generalizada e transtorno de pânico. Quer saber mais? Continue a leitura. Bons estudos!

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Introdução

Os transtornos de ansiedade podem ser divididos em transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno de pânico, agorafobia, fobia social ou transtorno de ansiedade social e algumas fobias específicas. Vamos abordar cada uma delas individualmente ao longo do resumo! 

Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

O transtorno de ansiedade generalizada é caracterizado por um estado contínuo e exagerado de ansiedade, preocupação e tensão por pelo menos 6 meses. 

Esse transtorno afeta de 5 a 10% da população, principalmente as mulheres, com uma proporção de 3:1 em relação ao sexo masculino. Seu início é mais prevalente na adolescência, com curso crônico e flutuante, que se mistura com a história de vida do paciente, sendo que poucos possuem remissão completa e permanente sem um tratamento adequado.

O tratamento mais eficaz para o TAG é realizado com a combinação de métodos de psicoterapia cognitivo-comportamental e psicofármacos, os inibidores seletivos de serotonina (ISRS), como a fluoxetina e sertralina, considerados fármacos de primeira linha, assim como o anticonvulsivante pregabalina. Antidepressivos duais e atípicos são fármacos de segunda linha. O tratamento de manutenção deve ter uma duração de 12 a 24 meses mesmo após a melhora clínica. 

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Transtorno de pânico

O transtorno de pânico consiste na ocorrência de ataques de pânico, normalmente inesperados, incapacitantes e recorrentes, pelo período de pelo menos 1 mês. Seus sintomas misturam manifestações físicas e psicológicas, de início rápido, com intensidade progressiva e atingindo um pico em cerca de 10 minutos. 

Os principais sintomas psicológicos durante a crise são sensação de morte iminente, medo de enlouquecer ou perder o controle de si, os sintomas físicos são dor no peito, falta de ar, palpitação e taquicardia. 

O transtorno de pânico acomete cerca de 2 a 4% da população geral, e é até 3 vezes mais comum no sexo feminino, possuindo, quase que como uma regra, alguma outra comorbidade psiquiátrica associada. Geralmente, inicia-se ao fim da segunda década de vida e início da terceira.

Seu curso clínico é crônico e flutuante e poucos pacientes possuem remissão completa do quadro sem novos episódios durante a vida. Estima-se que pelo menos metade dos pacientes permanecem com sintomas leves para o resto da vida.

Seu tratamento mais eficaz envolve terapia farmacológica, com medicamentos também de primeira linha farmacológica (ISRS ou tricíclico clomipramina) e métodos psicoterápicos, principalmente a terapia cognitivo-comportamental

Agorafobia

A agorafobia consiste em um padrão de episódios recorrentes e intensos de medo e ansiedade de frequentar lugares públicos ou situações em que o socorro não pode estar acessível facilmente.  Sua prevalência é de 6% da população, e, assim como os outros transtornos de ansiedade, é mais frequente no sexo feminino do que no sexo masculino. 

Seu desenvolvimento é persistente e crônico, com início no final da adolescência, sendo que poucos pacientes conseguem remissão sem tratamento eficaz, que ameniza os sintomas. 

Frequentemente o transtorno de pânico está associado à agorafobia, pois se acredita que seus episódios ocorram justamente secundários ao transtorno de pânico. Logo, seu tratamento deve ser direcionado para esse último, com o uso de inibidores seletivos de serotonina ou clomipramina.

Fobia social ou transtorno de ansiedade social

O transtorno de ansiedade social (TAS) trata-se da ocorrência de medo ou ansiedade intensos em situações de convívio social, em que o indivíduo pode ser avaliado e observado por outras pessoas, geralmente causando prejuízo social ao paciente. 

Esse transtorno acomete cerca de 13% da população, também mais frequente no sexo feminino, geralmente com início no fim da infância ou início da adolescência, com caráter crônico na maioria dos casos. 

Seu melhor tratamento inclui a combinação de um inibidor seletivo de serotonina com psicoterapia cognitivo-comportamental. Além disso, a utilização de benzodiazepínicos ou betabloqueadores um pouco antes da exposição fóbica pode ajudar a diminuir a ansiedade e sintomas somáticos, devendo ser utilizados até uma hora antes do evento. 

Fobias específicas

A fobia específica é caracterizada por uma reação recorrente, de modo exagerado e irracional, relacionada a alguma circunstância, animal ou objeto. Acomete cerca de 5 a 10% da população geral, com maior prevalência no sexo feminino em uma proporção de 2:1. 

Seu desenvolvimento pode ser resultado da associação de um objeto, animal ou situações específicas com as emoções ou lembranças de medo previamente experimentadas pelo paciente, geralmente acompanham o paciente por boa parte da vida. 

O tratamento mais utilizado para lidar com fobias específicas é o psicoterapêutico, principalmente a terapia de exposição, mas o uso de benzodiazepínicos também pode ser útil para evitar ou amenizar crises, podendo ser realizado minutos antes da exposição fóbica.

Confira a seguir uma lista de tipos de fobias específicas:

  • Acrofobia: medo de altura.
  • Agorafobia: medo de lugares públicos.
  • Ailurofobia: medo de gatos.
  • Cinofobia: medo de cães.
  • Coulrofobia: medo de palhaços.
  • Claustrofobia: medo de ambientes fechados.
  • Hemofobia: medo de sangue.
  • Hidrofobia: medo de água.
  • Ictiofobia: medo de peixes.
  • Misofobia: medo de sujeira ou germes.
  • Nictofobia: medo de escuro ou da noite.
  • Pirofobia: medo de fogo.
  • Zoofobia: medo de animais em geral.

Chegamos ao fim do nosso resumo! Neste texto você aprendeu mais sobre transtornos de ansiedade. Confira o Portal Estratégia MED para ter acesso a mais resumos de psiquiatria!

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