Como é a Residência Médica de Medicina Física e Reabilitação no IAMSPE

Neste artigo, exploramos o programa de residência em Medicina Física e Reabilitação, também conhecido como Fisiatria, em uma das instituições mais renomadas do país, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE). Saiba como funciona a organização diária dos ambulatórios especializados, que incluem desde procedimentos específicos até avaliações de amputados, e entenda como funciona a integração entre prática e teoria, visando uma melhor preparação para a prova de título. 

Siga no texto e confira como funciona a Residência Médica de Medicina Física e Reabilitação no IAMSPE!

A residência em Medicina Física e Reabilitação no IAMSPE

Para entendermos melhor como funciona o programa de Medicina Física e Reabilitação no IAMSPE, o Estratégia MED conversou com Diego Ricardo, atual residente do segundo ano da especialidade. Ele destaca a estrutura e dinâmica do programa, que oferta apenas duas vagas por ano e que, pela primeira vez, foram todas preenchidas em seu ano de ingresso, mostrando a crescente procura pela especialidade. Vale a pena mencionar que, diferentemente de outros centros, o IAMSPE não possui leitos próprios para Fisiatria, que se concentra principalmente em consultas e respostas a interconsultas de outros departamentos.

Rotina através dos anos

Diego descreveu o primeiro ano da residência (R1) como fundamentalmente clínico, com estágios em Clínica Médica, emergências e experiências em UTI, além de rotações por especialidades como Pneumologia, Pediatria, Geriatria, Neurologia e Reumatologia, todas voltadas para preparar o residente para a reabilitação. A partir do segundo semestre, os residentes já começam a ter contato com a prática fisiátrica por meio de ambulatórios de procedimentos, incluindo a aplicação de toxina botulínica.

No segundo ano (R2), a residência se torna totalmente especializada em Fisiatria, com um enfoque ambulatorial de segunda a sexta, proporcionando uma rotina mais monótona, porém intensamente focada na especialidade. Ainda no R2, cada dia da semana é dedicado a um ambulatório especializado. 

A programação começa na segunda-feira com um ambulatório geral de Fisiatria, seguido por procedimentos específicos na terça-feira, em que são realizadas em média 40 intervenções, como infiltrações e bloqueios de nervo. Às quartas-feiras no período da manhã, o foco é em condições do joelho e possíveis encaminhamentos para Ortopedia, enquanto a tarde é reservada para o tratamento de dores em colaboração com Neurocirurgia e Psicologia.

Na quinta-feira, os residentes atendem pacientes com condições neurológicas, incluindo sequelas de AVC e traumas medulares, entre outros. Às sextas-feiras são voltadas para amputados, avaliando a necessidade de próteses ou órteses. Nos últimos meses do R2, a atenção se volta também para crianças com paralisia cerebral e ajustes de próteses.

O terceiro ano (R3) oferece ainda mais flexibilidade, com possibilidades de estágios externos e menor carga horária, permitindo uma experiência mais personalizada e voltada para a futura área de atuação dos residentes.

Carga horária, clima na residência e parte teórica

A carga horária semanal raramente excede 42 horas, com tardes livres e fins de semana sem plantões. Diego ainda elogiou a atmosfera colaborativa entre colegas e preceptores, mencionando também uma tradição de café da manhã às sextas-feiras que serve como momento de confraternização.

Ele destacou que o serviço do IAMSPE é ideal para quem deseja atuar principalmente em consultório, lidando com “pequenos incapacitados”, uma rotina comum em Fisiatria e crescente no mercado de trabalho. 

A partir do R2, os residentes iniciam a implementação de seminários semanais para aprofundar conhecimentos teóricos, complementando a preparação para a prova de título. O exame, apesar de não ser obrigatório, é altamente recomendado para a prática em certos estabelecimentos. 

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Medicina Física e Reabilitação no IAMSPE com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Diego Ricardo, residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

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