No ano em que se celebra uma década da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, o Ministério da Saúde anunciou um incremento de mais de R$ 30 milhões por ano para a iniciativa de ampliar o Programa Nacional da Triagem Neonatal (PNTN), comumente conhecido por teste do pezinho.
Divulgado nesta quarta-feira (13), o planejamento para o investimento milionário anual prevê uma rede de 29 Serviços de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) distribuída por todos os estados brasileiros e Distrito Federal, por meio de unidades de saúde pública, filantrópicas, universitárias e privadas, bem como a habilitação de 28 laboratórios designados à triagem neonatal.
Segundo o Ministério da Saúde, “o programa também investirá na logística – por meio dos Correios, na atualização dos valores de procedimentos relacionados ao teste do pezinho, inserção e capacitação do uso da tecnologia de espectrometria de massas e a formação das câmaras técnicas Assessora em Doenças Raras e Assessora de Triagem Neonatal”.
Com a iniciativa, a pasta tem como objetivo garantir acesso ao diagnóstico precoce de doenças, além de assistir adequadamente para que mortes e deficiências sejam evitadas e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos por alguma das condições. Estima-se que sejam mais de 5 mil tipos associados a fatores ambientais, genéticos, imunológicos e infecciosos.
Atualmente, estão disponíveis na rede pública mais de 60 protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para condições específicas como doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e mais.
O que é o Teste de Pezinho
Parte da triagem neonatal — que também inclui o teste da orelhinha, o teste do olhinho e o teste do coraçãozinho, o teste do pezinho é o exame que possibilita o diagnóstico de doenças genéticas ou congênitas por meio da coleta de sangue do calcanhar do recém-nascido. O exame é amplamente distribuído pelo Sistema Único de Saúde, obrigatório por lei e deve ser realizado entre o 3º e 5º dia de vida do bebê,
Caso o teste do pezinho venha com alguma alteração, o ponto de coleta e a família do recém-nascido são comunicados pelo SRTN para que seja feita uma confirmação da doença apontada. Se confirmada, o bebê é encaminhado para a Atenção especializada do SUS para que o devido tratamento seja iniciado.
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