Ministério da Saúde emite alerta para reforçar vacinação nas regiões fronteiriças do Brasil
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Ministério da Saúde emite alerta para reforçar vacinação nas regiões fronteiriças do Brasil

O Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), publicou nesta quarta-feira (31) um alerta destacando a importância da vacinação para a população residente de áreas fronteiriças. A medida, publicada por meio de nota técnica, tem como foco enfrentar o cenário epidemiológico atual de doenças imunopreveníveis, como sarampo, rubéola, coqueluche, influenza e covid-19, que apresentam surtos em diversas partes do mundo e aumento de casos de meningites bacterianas no Brasil. Confira o documento completo:

Regiões fronteiriças do Brasil

O Brasil possui uma extensa faixa de fronteira de 16,9 mil km de comprimento, abrangendo 11 estados e permitindo acesso a 10 países da América do Sul. Esta proximidade facilita o trânsito diário de pessoas, tornando necessária a estruturação de serviços de saúde e a implementação de estratégias para garantir o acesso às vacinas.

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Doenças imunopreveníveis em foco

Sarampo

Desde a reintrodução do vírus em 2018, o Brasil tem registrado novos casos, com o último endêmico confirmado em junho de 2022. Em 2024, foram notificados seis casos nos países fronteiriços Argentina, Peru e Bolívia.

Coqueluche

Entre janeiro e junho de 2024, o Brasil confirmou 339 casos, com aumento global de incidência. A vacina dtpa foi recomendada em caráter excepcional para públicos-alvo específicos.

Meningite

Com 16.437 casos notificados em 2023, a doença é endêmica no Brasil, com alta incidência em crianças menores de cinco anos e adolescentes. Vacinação é a principal medida preventiva.

Influenza

O Brasil registrou 38.899 casos de SRAG até junho de 2024. A vacinação é essencial, especialmente durante epidemias sazonais e pandemias potenciais.

Covid-19

Apesar da tendência de queda global e regional, a atualização vacinal continua crucial para grupos prioritários, como idosos e imunossuprimidos.

Febre Amarela

Endêmica na Região Amazônica, a doença apresenta risco de reurbanização da transmissão. A vacinação é fundamental para prevenir surtos e óbitos.

Recomendações de vacinação

O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação, especialmente nas regiões fronteiriças. As principais recomendações incluem:

  • Sarampo e Rubéola: Duas doses de vacina para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 59 anos.
  • Coqueluche: Esquema primário e reforços para crianças até 6 anos e vacina dtpa para gestantes, puérperas, profissionais da saúde e estagiários.
  • Meningite, Influenza e Covid-19: Atualização vacinal conforme indicações específicas para cada doença.
  • Febre Amarela: Vacinação recomendada para pessoas entre nove meses de vida e 59 anos de idade

Para aqueles que planejam viajar para áreas com maior circulação de agentes infecciosos, a vacinação deve ser feita pelo menos 15 dias antes da viagem para garantir proteção adequada. Ao retornar ao Brasil, é recomendado que esses indivíduos atualizem imediatamente sua situação vacinal nos serviços de saúde do SUS.

O alerta destaca ainda a necessidade de medidas de proteção individuais e coletivas, farmacológicas e não farmacológicas, para mitigar a disseminação das doenças. 

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