A fim de alertar a população sobre as formas de proteção tendo em vista a exposição à fumaça intensa e neblina, causadas por queimadas, o Ministério da Saúde (MS) divulgou, nesta semana, orientações especiais à população. Medida foi tomada após recentes casos de queimadas pelo país. O foco da pasta é evitar, dentro do possível, a exposição aos poluentes. Saiba mais abaixo.
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Situação atual
No último fim de semana, entre 23 e 25 de agosto de 2024, cidades como Brasília, Goiânia (GO), Ribeirão Preto (SP) e Uberlândia (MG) foram tomadas por fumaça por conta de queimadas, diminuindo, até mesmo, a visibilidade nas estradas. A situação atingiu cidades próximas e é semelhante em diversas outras regiões do território brasileiro.
Somente em São Paulo, na última sexta (23), foram registrados 1.886 focos de queimadas em todo o estado. Em relação ao mesmo mês no ano passado, o aumento foi de mais de 880%. O Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe) informa que o país registrou 4.928 focos de calor. Com a seca e as recentes mudanças climáticas, os focos de incêndio tendem a se espalhar cada vez mais.
No âmbito da Saúde, o monitoramento de áreas sob influência de queima de biomassa é um dos campos de atuação da Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar (VIGIAR) e da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, coordenado pelo MS. De acordo com a pasta, é crucial tomar todas as precauções para evitar incêndios, pois a inalação de fumaça pode trazer graves riscos à saúde.
Orientações do Ministério da Saúde
Além dos esforços de combate ao fogo, é fundamental que a população seja orientada sobre como se proteger, evitando, dentro do possível, a exposição aos poluentes. Confira as orientações para proteção:
- Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;
- Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
- As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;
- Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;
- Uso de máscaras do tipo “cirúrgica”, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população; e
- Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.
Ainda, segundo a pasta, pessoas que possuam problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, também devem:
- Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;
- Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;
- Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises; e
- Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.
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