O Ministério da Saúde publicou, em 16 de dezembro de 2025, a Nota Técnica que reúne orientações atualizadas sobre a prevenção da transmissão vertical do Vírus T-linfotrópico humano (HTLV-1/2) e aborda desde o fluxo de testagem durante a gestação, passando por condutas no parto e puerpério, até recomendações relacionadas à via de nascimento e à amamentação.
Confira abaixo o documento divulgado, elaborado junto à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps):
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Fluxo de testagem para HTLV-1/2 na gestação
A nota técnica reforça a importância da identificação precoce da infecção pelo HTLV-1/2 em gestantes, com orientações sobre a incorporação da testagem ao pré-natal, bem como a recomendação de testagem no primeiro trimestre de gestação, preferencialmente na primeira consulta de pré-natal. O objetivo é permitir a adoção apropriada de medidas preventivas, reduzindo o risco de transmissão vertical, especialmente no período pós-natal.
O documento também orienta sobre a condução dos casos com diagnóstico confirmado, incluindo a necessidade de aconselhamento e seguimento adequado da gestante e do recém-nascido.
Condutas no parto e no puerpério
Em relação ao momento do parto, a nota esclarece que as decisões assistenciais devem ser baseadas em critérios obstétricos, não havendo indicação automática de intervenções exclusivamente em função do HTLV-1/2. No puerpério, o documento destaca a importância do acompanhamento clínico e da continuidade das ações de prevenção da transmissão vertical.
Via de nascimento
Segundo a nota técnica, a via de parto não deve ser definida pelo status sorológico para HTLV-1/2, na ausência de outras indicações clínicas. Assim, a escolha entre parto vaginal ou cesariana deve seguir as recomendações obstétricas habituais, sem evidências de benefício da cesariana eletiva na prevenção da transmissão do vírus.
Amamentação e risco de transmissão vertical
Um dos principais pontos do documento diz respeito à amamentação, reconhecida como a principal via de transmissão vertical do HTLV-1/2. Fica orientado que mulheres diagnosticadas com HTLV-1/2 não devem amamentar, como estratégia fundamental para a prevenção da transmissão ao recém-nascido.
Com isso, há a necessidade de garantir alternativas seguras de alimentação infantil, bem como o suporte adequado às mulheres que não poderão amamentar, considerando os aspectos clínicos, sociais e emocionais envolvidos.
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A infecção pelo HTLV-1/2
O HTLV-1/2 é um vírus transmitido principalmente por via sexual, sanguínea e por transmissão vertical, que pode ocorrer durante a gestação, no parto e, sobretudo, por meio da amamentação. No Brasil, estima-se que aproximadamente 800 mil pessoas vivam com HTLV-1.
A infecção tem caráter crônico e, na maioria dos casos, permanece assintomática ao longo da vida. Ainda assim, uma parcela dos indivíduos pode evoluir com manifestações clínicas relevantes, incluindo processos oncogênicos e doenças inflamatórias crônicas, como a Leucemia/Linfoma de Células T do Adulto (ATL/ATLL) e a mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM).
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