Resumo sobre Gametas: o que são, quais os tipos e mais!

Resumo sobre Gametas: o que são, quais os tipos e mais!

E aí, doc! Vamos falar sobre mais um assunto? Agora vamos comentar sobre Gametas, umas das principais células que são responsáveis pela reprodução humana.

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Definição de Gametas 

Os gametas são células sexuais especializadas envolvidas no processo de reprodução sexual, desempenhando um papel fundamental na formação de novos organismos. 

Existem dois tipos principais de gametas: os espermatozoides, produzidos pelos homens, e os óvulos, pelas mulheres. Essas células são haploides, o que significa que possuem metade do número de cromossomos encontrados nas células somáticas do organismo. 

A união de um espermatozoide com um óvulo durante a fertilização resulta na formação de um zigoto, uma célula diploide que contém a combinação completa de cromossomos do organismo.

Os gametas são produzidos através de um processo chamado meiose, no qual as células germinativas passam por duas divisões celulares reducionais sucessivas. Essa redução no número de cromossomos é crucial para garantir que, durante a fertilização, o número diploide de cromossomos seja restaurado no zigoto, mantendo assim a estabilidade genética da espécie.

A produção de gametas é um aspecto fundamental da reprodução sexual, permitindo a variabilidade genética entre os descendentes. A combinação única de genes provenientes dos pais resulta em uma diversidade genética que contribui para a evolução e adaptação das espécies ao longo do tempo. 

Produção de Gametas

Os gametas são produzidos pelas gônadas. A gametogênese normal nas gônadas e o desenvolvimento e a fisiologia do trato reprodutor são absolutamente dependentes da função endócrina das gônadas. No sexo masculino acontece a espermatogênese e no sexo feminino ocorre a oogênese.

Espermatogênese

A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos, sendo estimulada por hormônios gonadotróficos da hipófise anterior, começando por volta dos 13 anos e persistindo ao longo da vida, com redução na velhice.

Durante o primeiro estágio da espermatogênese, as espermatogônias migram para o lúmen central dos túbulos seminíferos entre as células de Sertoli. Essas células fornecem um envoltório citoplasmático às espermatogônias em desenvolvimento até o lúmen central. 

A espermatogônia que atravessa essa barreira é modificada, passa por mitose, e formam os espermatócitos primários, que por sua vez sofrem divisão meiótica para formar espermatócitos secundários. Estes, após divisão, originam espermátides, que se transformam em espermatozoides.

Durante a espermiogênese, as espermátides, pequenas células arredondadas, passam por metamorfose para se tornarem espermatozoides imaturos. À medida que amadurecem, o núcleo das espermátides diminui, desenvolve-se uma cauda proeminente com estruturas microtubulares semelhantes a um flagelo para propulsão. 

O núcleo do espermatozoide se condensa, ocorre a perda de citoplasma, e forma-se o acrossomo na cabeça do espermatozoide, uma estrutura que contém enzimas importantes para a fertilização. Essas enzimas permanecem inativas até a reação acrossômica ocorrer. Esse processo é essencial na formação de espermatozoides maduros aptos para a fertilização.

Durante a transformação dos espermatócitos em espermátides, os 46 cromossomos se dividem, com 23 cromossomos em cada espermátide. Essa divisão cromossômica resulta na contribuição genética do pai para o futuro feto, com metade das características genéticas provenientes do esperma. 

O período total da espermatogênese, desde a espermatogônia até o espermatozoide, dura aproximadamente 74 dias, proporcionando um processo contínuo e vital para a produção de gametas masculinos ao longo da vida reprodutiva.

Espermatogênese
Fonte: Guyton e Hall – Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier.13ª ed

Oogênese

No início do desenvolvimento embrionário, as células germinativas primordiais originárias da endoderme dorsal do saco vitelino viajam ao longo do mesentério do intestino posterior em direção à superfície externa do ovário. 

Essa migração ocorre em um tecido chamado epitélio germinal, que se origina do epitélio das cristas germinais. Durante esse percurso, as células germinativas se dividem várias vezes. Ao alcançar o epitélio germinativo, elas penetram na substância do córtex ovariano, transformando-se em ovogônias ou oócitos primordiais.

Depois, cada oócito primordial é envolvido por uma camada de células alongadas do estroma ovariano, que é o tecido de suporte do ovário. Essas células adquirem características epiteliais e são conhecidas como células da granulosa. 

O conjunto formado pelo oócito primordial e a camada única de células da granulosa é chamado de folículo primordial. Nesse estágio, o oócito ainda não está maduro e são necessárias mais duas divisões celulares antes que possa ser fertilizado por um espermatozoide. Nessa fase, o oócito é referido como oócito primário.

Durante o desenvolvimento fetal no ovário embrionário, os oócitos primários completam a replicação mitótica e a primeira fase da meiose por volta do quinto mês de gestação. Nesse ponto, a mitose das células germinativas cessa e não são mais formados oócitos adicionais.

Ao nascer, os ovários contêm aproximadamente 1 a 2 milhões de oócitos primários. A primeira meiose dos oócitos ocorre depois da puberdade. Cada oócito se divide em duas células, resultando no oócito secundário e um primeiro corpo polar de menor tamanho.

As células resultantes contém 23 cromossomos duplicados, cada. O primeiro corpo polar pode ou não passar por uma segunda divisão meiótica, eventualmente desintegrando-se. Enquanto isso, o óvulo passa por uma segunda divisão meiótica e, após a separação das cromátides irmãs, há uma pausa na meiose. Se o óvulo é fertilizado, ocorre a fase final da meiose, levando à conversão das cromátides irmãs do óvulo em células individuais.

Nesse processo, metade das cromátides irmãs permanece no óvulo fertilizado, enquanto a outra metade é liberada em um segundo corpo polar, que eventualmente se desintegra.

Na puberdade, restam apenas cerca de 300 mil oócitos nos ovários, e apenas uma pequena porcentagem deles alcança a maturidade. A grande maioria dos milhares de oócitos restantes que não amadurecem passa por um processo de degeneração. 

Durante os anos reprodutivos, que vão aproximadamente dos 12 aos 46 anos, somente 400 a 500 folículos primordiais conseguem amadurecer o suficiente para liberar um óvulo por mês, enquanto os demais degeneram e se tornam não funcionais (tornam-se atrésicos).

Ao chegar à menopausa, apenas alguns poucos folículos primordiais permanecem nos ovários, mas mesmo esses últimos acabam por degenerar em um curto espaço de tempo, indicando o término da capacidade reprodutiva.

Esquema de Oogênese
Fonte: Guyton e Hall – Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier.13ª ed

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Referências

GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier.13ª ed., 2017. -MENAKER, L

BERNE e LEVY – Fisiologia – Tradução da 7ª Edição. Editores Bruce M. Koeppen e Bruce A. Stanton. Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2018.

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