Tem interesse em se tornar um cirurgião oncológico ou apenas gostaria de conhecer um pouco mais sobre a especialidade? Confira o texto preparado exclusivamente pelo Estratégia MED com as principais informações desta subespecialidade cirúrgica.
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O que é Cirurgia Oncológica
Assim como em Oncologia Clínica, a Cirurgia Oncológica é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer, porém, esta se concentrará no estudo e intervenção da doença por meio de procedimentos cirúrgicos.
A especialidade exige de seus especialistas — cirurgiões oncológicos — habilidades e técnicas avançadas para retirada de tumores, além de amplo conhecimento em diferentes tipos de câncer.
Os cirurgiões oncológicos são responsáveis por planejar e executar as intervenções cirúrgicas, levando em consideração a localização e o estágio do tumor, bem como as necessidades e características individuais de cada paciente. O profissional também terá de trabalhar em colaboração com Oncologistas, Patologistas, Radiologistas e outros profissionais da área.
De acordo com a Demografia Médica 2023, no Brasil há 1.578 cirurgiões oncológicos e um total de 1.855 registros. A representante oficial da especialidade é a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
Áreas de Atuação do Cirurgião Oncologista
O cirurgião oncológico tem em seu campo de atuação desde a realização de biópsias para o diagnóstico preciso, até cirurgias complexas para a retirada e intervenção de tumores malignos, visando a remoção do câncer ou o alívio dos sintomas associados à doença.
Estes especialistas também podem realizar cirurgias paliativas para aliviar os sintomas da doença em estágios avançados e também estarão envolvidos no acompanhamento pós-operatório destes pacientes, monitorando a recuperação e o cuidado para uma melhora na qualidade de vida.
Residência Médica em Cirurgia Oncológica
Para se tornar especialista em Cirurgia Oncológica a partir de um programa de residência médica, os médicos interessados terão 3 anos à frente de formação, porém, por se tratar de uma especialidade com pré-requisito exigido, os profissionais devem ter a conclusão prévia na residência de Cirurgia Geral, também com duração de 3 anos.
Ao final da residência médica, segundo a Matriz de Competências aprovada pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), o médico estará apto a indicar e interpretar exames de imagem, avaliar a biologia de tumores, compreender as bases da imunologia e imunoterapia do câncer, realizar intervenções cirúrgicas como mastectomia, nasofibrolaringoscopia, tireoidectomia e muito mais.
Após a devida conclusão do programa, é possível a obtenção do Título de Especialista a partir da aprovação no exame aplicado pela SBCO.
Caso o profissional não tenha a formação completa na residência médica em Cirurgia Oncológica, é possível apresentar a comprovação de capacitação através de 12 anos de atuação prático-profissional na área — o dobro exigido para a formação através da residência médica — em hospitais que possuam o credenciamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de alta complexidade em Oncologia, respeitando as regras estipuladas em edital.
Seleção e Vagas Autorizadas no Brasil
Seguindo a última atualização da resolução da Comissão Nacional de Residência Médica, os processos seletivos para ingresso nos programas de residência em Cirurgia Oncológica devem contar, obrigatoriamente, com uma prova teórica composta por questões objetivas relacionadas às áreas correspondentes ao pré-requisito, neste caso Cirurgia Geral e, terá caráter classificatório e eliminatório.
Outras etapas ficam a critério da instituição ou banca responsável pela seleção e podem contar com etapas avaliativas de análise curricular — comumente aplicada, entrevista e prova prática de habilidades.
Atualmente, após o cancelamento de mais de 900 programas de residência médica por inatividade, o Brasil conta com 455 vagas em Cirurgia Oncológica.
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