A residência médica em Clínica Médica no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) apresenta uma série de experiências e desafios que ajudam o médico a moldar sua formação na especialidade. Descubra com o Estratégia MED como é a estrutura do HGCC, a rotina através dos anos, a parte teórica do programa, bem como a distribuição dos plantões. Continue no texto para saber mais!
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A residência em Pediatria no HGCC
Para conhecer melhor a rotina dos residentes de Clínica Médica no HGCC, o Estratégia MED conversou com Marcos Júnior, residente do segundo ano do programa na instituição. Marcos compartilhou sua experiência desde a aprovação até a rotina na residência no HGCC, em Fortaleza, no Ceará.
O Hospital César Cals, localizado no centro de Fortaleza, está passando por uma transição significativa para o Hospital da Universidade Estadual do Ceará (UECE), inaugurado para abrigar serviços médicos complexos. Com uma previsão de transição nos próximos anos, o hospital está migrando seus serviços gradualmente, começando pelo ambulatório e progredindo para especialidades, até a conclusão completa da mudança.
Atualmente, o hospital oferece serviços de Clínica Médica chefiados por um médico internista intensivista, com oito residentes por ano, prevendo um aumento devido à transição. Com uma média de 25 a 30 leitos, o foco está em pacientes de perfil terciário, com complexidades que demandam cuidados especializados.
O Hospital conta com diversas especialidades, incluindo Reumatologia, Hematologia, Pneumologia, Geriatria e Cuidados Paliativos, além de serviços de cirurgia e Ginecologia-Obstetrícia. O hospital também mantém uma interação com o Hospital Dona Libânia para casos dermatológicos, fortalecendo sua oferta de cuidados médicos abrangentes e especializados.
Rotina através dos anos e dinâmica de plantões
A residência médica no HGCC segue uma escala rigorosa para os residentes do primeiro ano. Esta escala inclui um mês de terapia intensiva, seguido por um mês no ambulatório geral, que engloba serviços como Gastroenterologia, Geriatria e Reumatologia. Além disso, há 45 dias dedicados à Hematologia, 45 dias à Pneumologia e quatro meses na enfermaria de Clínica Médica. Outros meses são designados para emergências cardiológicas e gerais em hospitais parceiros.
O R1 tem responsabilidade nos plantões, especialmente nos finais de semana e feriados, enquanto os plantões durante a semana são geralmente assumidos pelos residentes do R2. Próximo ao final do ano, os R1 podem também assumir algumas segundas-feiras para aliviar a carga dos R2, especialmente em período de preparação para a prova da residência. Em média, os R1 têm cerca de três a quatro plantões por mês, respeitando uma carga horária total de 60 horas semanais.
Os plantões realizados na enfermaria consistem em equipes de resposta rápida, lidando com admissões e intercorrências. Atualmente, os plantonistas são majoritariamente ex-residentes, bem preparados para lidar com qualquer situação que surja durante o plantão.
No primeiro ano da residência, conciliar outros compromissos, como concursos externos, pode ser complicado. No entanto, no segundo ano, a situação tende a melhorar, oferecendo mais flexibilidade para atividades extracurriculares e proporcionando uma maior qualidade de vida, com folgas nos finais de semana e feriados. Enquanto no primeiro ano as especialidades principais incluem Hematologia e Pneumologia, no R2 os residentes têm a chance de se envolver em uma gama mais ampla de especialidades. Isso inclui Reumatologia e Geriatria, que oferecem cuidados paliativos, além de Gastroenterologia, realizada no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), e Nefrologia no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). Outras especialidades como Patologia e Infectologia também são exploradas durante o programa.
Além disso, o segundo ano inclui um mês adicional na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), um mês de ambulatório, dois meses na enfermaria de Clínica Médica e um mês eletivo, com a perspectiva de incluir um mês no Hospital São José para Infectologia.
Parte teórica e recursos
A parte teórica na residência médica é estruturada com avaliações semestrais, supervisionadas por dois médicos internistas que lideram o programa de residência. Há também um programa de ensino contínuo que proporciona aprendizado longitudinal aos residentes.
A carga teórica é mais intensa durante os meses de enfermaria de Clínica Médica, quando há mais tempo para discussões, clubes de revista e estudos de casos clínicos.
Exames que não estão disponíveis internamente são terceirizados para laboratórios externos, como o Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN), garantindo acesso a uma ampla gama de exames laboratoriais. Além disso, a parceria com o HGF permite a realização de ressonâncias magnéticas nos finais de semana.
Pontos positivos e desafios
Uma área de melhoria evidente no HGCC é a implementação de um serviço de emergência. A presença desse setor é fundamental em qualquer hospital, agilizando os processos de internamento, sejam eles emergenciais ou eletivos. Acredita-se que essa lacuna será corrigida com a transição para as novas instalações.
Por outro lado, o diferencial do César Cals reside em sua ênfase na Clínica Médica e Medicina Interna. Os meses dedicados à enfermaria proporcionam uma experiência de aprendizado enriquecedora para os residentes. Com visitas diárias de especialistas externos pela manhã e atividades direcionadas para os residentes durante as tardes, esses períodos se destacam como oportunidades valiosas de crescimento profissional durante o programa de residência.
Embora algumas áreas, como Gastroenterologia e Neurologia, não tenham programas de residência dedicados, os pacientes dessas especialidades são atendidos pelos residentes de Clínica Médica, proporcionando uma ampla exposição a várias subespecialidades e fortalecendo a formação dos residentes.
Mercado de trabalho
Quanto ao mercado de trabalho, os ex-residentes do HGCC são bem recebidos e encontram oportunidades tanto na enfermaria quanto na UTI. Muitos optam por seguir uma subespecialidade, com altas taxas de aprovação em exames como a SURCE para Cardiologia.
Descubra mais sobre o programa de residência médica em Clínica Médica no HGCC com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Marcos Júnior, atual residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:
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