Como é a Residência de Otorrinolaringologia pelo HUWC
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência de Otorrinolaringologia pelo HUWC

Para saber mais sobre a especialidade o Estratégia MED conversou com Tino Miro Aurélio Marques, residente do terceiro ano do programa na instituição

A residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), vinculado à Universidade Federal do Ceará, oferece uma formação completa e voltada para a prática, sendo ideal para médicos que buscam aprofundamento em uma especialidade que integra tanto a parte clínica quanto a cirúrgica. Para entender melhor como funciona a especialidade na instituição, o Estratégia MED conversou com Tino Miro Aurélio Marques, residente do terceiro ano do programa. Siga no texto para saber mais!

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Estrutura do hospital

O hospital conta com uma área específica para a Otorrinolaringologia, a “Ilha 6”, que abriga seis consultórios exclusivos para o atendimento ambulatorial da especialidade. O centro cirúrgico é bem equipado, com torres de vídeo para endoscopias e microscópios para cirurgias otológicas, garantindo que o residente tenha acesso às mais modernas tecnologias para o desenvolvimento de suas habilidades. 

Além disso, o serviço de Otorrino é bem interligado com outras áreas, como a Fonoaudiologia, o que possibilita um atendimento multidisciplinar essencial para o acompanhamento de pacientes com distúrbios auditivos e de fala. O hospital também oferece duas salas de audiometria e uma sala específica para exames eletrofisiológicos e fonoterapia.

Rotina do R1

Desde o primeiro ano (R1), os residentes já têm contato direto com os pacientes, participando ativamente de atendimentos ambulatoriais e de cirurgias de baixa e média complexidade. O primeiro ano é caracterizado por uma rotina intensa, o residente se envolve em tarefas fundamentais como admitir, acompanhar e dar alta aos pacientes internados, organização do mapa cirúrgico e participação em cirurgias como auxiliar

É nesse momento que o residente começa a desenvolver suas habilidades iniciais em procedimentos clínicos e cirúrgicos. Além disso, o R1 também é responsável pelos plantões em hospitais como o Instituto Dr. José Frota (IJF) e o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), onde se depara com emergências desafiadoras, como traumas de face e obstruções de vias aéreas, situações que exigem rápida intervenção e precisão.

Rotina do R2

No segundo ano (R2), ocorre uma ampliação significativa da autonomia do residente, principalmente em cirurgias de maior complexidade, como septoplastias e cirurgias de sinusite crônica. O residente passa a participar de cirurgias com mais independência e continua a realizar plantões de emergência, agora com mais responsabilidade. 

Nessa fase, ele se dedica também ao atendimento de cirurgias pediátricas no Hospital Albert Sabin, onde realiza procedimentos especializados nas vias aéreas pediátricas. O R2 é marcado por uma maior interação com os residentes mais novos, assumindo o papel de orientador e colaborador nas atividades diárias.

Rotina do R3

Já no terceiro ano (R3), é o momento em que o residente alcança o auge de sua formação. A autonomia cirúrgica é quase completa e o foco passa a ser em cirurgias de alta complexidade, como cirurgias de base de crânio, rinoplastias funcionais e microcirurgias para distúrbios de voz

O R3, diferentemente dos anos anteriores, não participa mais de plantões de emergência, o que lhe permite uma dedicação exclusiva às cirurgias e ao aprofundamento nas subespecialidades de maior interesse, como Rinologia, Laringologia, Plástica Facial e Medicina do Sono. Esse é o ano de maior maturidade para o residente, que também participa ativamente de discussões acadêmicas e sessões clínicas, consolidando seu conhecimento teórico para a prova de título de especialista.

Parte teórica da residência

Desde o primeiro ano, os residentes participam de discussões teóricas semanais e de sessões clínicas em que são apresentados casos reais, proporcionando uma visão prática e direta dos desafios enfrentados no dia a dia da especialidade. Os professores e preceptores do HUWC são bastante acessíveis e incentivam a troca de experiências com os residentes, o que cria um ambiente de trabalho colaborativo e produtivo. 

Subespecialidades e fellowships

Outro aspecto importante do programa são as subespecialidades que o residente pode explorar ao longo dos três anos de formação. A Otorrinolaringologia oferece diversas áreas de atuação, como Otoneurologia, Plástica Facial, Medicina do Sono e Rinologia

Ainda, o hospital oferece oportunidades de especialização, como fellowships em Rinologia e Cirurgia de Base de Crânio, permitindo que o residente continue sua formação em procedimentos mais avançados e complexos após o fim do programa.

Clima entre residentes e staffs

Em termos de ambiente de trabalho, o clima entre os residentes é colaborativo, com uma rotina que incentiva a troca de conhecimentos e o suporte mútuo. Essa proximidade entre os residentes e a equipe médica do hospital cria um ambiente propício para o aprendizado e a evolução constante, seja na área clínica ou na área cirúrgica.

Além disso, a hierarquia entre os residentes é respeitada, mas também muito interativa, o que facilita a integração entre os anos de residência.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para os recém-formados em Otorrinolaringologia pelo HUWC tem se mostrado bastante receptivo e diversificado. De acordo com Tino, a absorção dos egressos é positiva, com diversas oportunidades de atuação em Fortaleza e no estado do Ceará. Os últimos residentes que se formaram têm seguido caminhos variados: alguns optaram por subespecializações, como Medicina do Sono e Otologia, enquanto outros entraram diretamente no mercado de trabalho, atuando tanto em consultórios particulares quanto em atendimentos de pronto-socorro.

A demanda por otorrinolaringologistas ainda é significativa, em parte devido ao número relativamente baixo de vagas disponíveis para residência na especialidade, com apenas cinco profissionais formados por ano no estado. Essa quantidade reduzida, em comparação com outras especialidades que formam um número maior de especialistas, contribui para que o mercado permaneça menos saturado e ofereça boas perspectivas de emprego e qualidade de vida para os novos profissionais.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital Universitário Walter Cantídio com o bate-papo “Vida de Residente” entre o Dr. Guilherme Cardoso e o Dr. Tino Miro Aurélio Marques, atual residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

Por fim, se você quer ficar por dentro de mais conteúdos relevantes sobre a área médica, continue acompanhando o material preparado pelo Portal de Notícias do Estratégia MED. Aqui, você encontrará informações atualizadas sobre residências, carreira médica e muito mais. 

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