Como é a Residência Médica de Cirurgia Cardiovascular na UNIFESP
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência Médica de Cirurgia Cardiovascular na UNIFESP

A Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) proporciona uma jornada enriquecedora para os médicos com interesse na área, desde o primeiro ano até a fase avançada. Durante o programa, os residentes vivenciam uma série de responsabilidades, incluindo participação em cirurgias, acompanhamento de pacientes na enfermaria e UTI, plantões e oportunidades de rodízio em hospitais conveniados. Saiba mais sobre a dinâmica do programa e veja se a UNIFESP é para você!

A residência em Cirurgia Cardiovascular na UNIFESP

Para entendermos melhor como funciona o programa de Cirurgia Cardiovascular na UNIFESP, o Estratégia MED conversou com Mariana Chisté, atual R2 da especialidade. A residência é um mergulho direto na área da Cirurgia Cardiovascular desde o primeiro dia. Com uma estrutura dedicada, incluindo uma enfermaria e UTI exclusivas para cirurgia cardíaca, os residentes têm a oportunidade de vivenciar uma variedade de procedimentos e responsabilidades.

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Principais demandas

Mariana destaca a intensa rotina na UTI, onde os residentes não apenas cuidam dos pacientes, mas também assumem procedimentos como colocação de tubos e marca-passos. Além disso, a equipe cirúrgica opera em uma sala ampla, com uma gama de profissionais, desde perfusionistas até assistentes cirúrgicos.

Com apenas dois residentes admitidos por ano, a carga de trabalho é distribuída de forma equitativa, com rodízios entre cirurgia e enfermaria. Essa distribuição permite que os residentes ganhem experiência em diferentes áreas, desde consultas até cirurgias assistidas. Assim, a  progressão na residência é notável, com residentes mais experientes ensinando e orientando os novatos em procedimentos complexos, como safenectomia.

Além disso, há 15 dias dedicados à enfermaria e UTI, que oferecem uma visão holística do tratamento cardiovascular, desde o pré até o pós-operatório. Enquanto em outros 15 dias, os residentes estão imersos na sala de cirurgia, realizando procedimentos diariamente.

Plantões e carga horária

Embora não haja plantões, os residentes estão de sobreaviso, principalmente os responsáveis pela enfermaria. A jornada diária inicia por volta das 7h, mas muitos chegam mais cedo para se preparar. A saída, no entanto, varia, com dias que podem se estender até às 0h.

A rotina do residente é desafiadora, exigindo cerca de 80 a 100 horas semanais de dedicação. Os residentes são incentivados a serem os primeiros a chegar e os últimos a sair.

Estrutura do hospital

Acompanhando de perto o ciclo completo do paciente, os residentes têm acesso a três ambulatórios por semana, cobrindo diversas áreas, desde aorta até pré e pós-operatório vascular.

Embora o pronto-socorro do hospital esteja temporariamente fechado para reformas, a expectativa é que a reabertura intensifique ainda mais a rotina dos residentes, trazendo desafios adicionais, especialmente com a demanda por cirurgias agudas.

Enquanto isso, os pacientes são encaminhados via Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS) e ambulatório, aguardando a reabertura do pronto-socorro, que promete trazer uma nova dinâmica à residência em Cirurgia Cardiovascular.

Rotina ao longo dos anos

Ao longo dos anos de residência, a rotina varia pouco, com as atribuições se ajustando conforme o avanço na formação, mas mantendo um esqueleto comum. No entanto, a complexidade das responsabilidades tende a aumentar gradualmente, culminando no R5.

No primeiro ano (R1), a presença é integral no hospital, com o plantão de sobreaviso nos finais de semana, dedicado à evolução dos pacientes na enfermaria e interconsultas. A cada 15 dias, os R1 desfrutam de um final de semana livre.

Nos anos subsequentes, os residentes têm mais flexibilidade, permitindo acompanhar chefes em rodízios externos. Essas experiências oferecem uma nova perspectiva e oportunidades únicas de aprendizado em ambientes diferentes.

O papel do R2 como segundo auxiliar é consistente, participando ativamente de todas as cirurgias, enquanto o R3 inicia rodízios em hospitais conveniados, como Pirajussara, alternando com o hospital principal. Já o R4 amplia suas experiências em hospitais conveniados, como Sorocaba, ganhando novas perspectivas e habilidades.

Essas oportunidades fora do ambiente principal proporcionam uma compreensão mais ampla da prática cirúrgica e uma perspectiva valiosa para o crescimento profissional. Os residentes são incentivados a aproveitar ao máximo essas oportunidades, mesmo que isso signifique dias mais longos e desafiantes.

Apesar dos desafios, o objetivo central da residência é o aprendizado e a preparação para uma carreira de sucesso na Cirurgia Cardiovascular. Portanto, de acordo com Mariana, cada oportunidade de aprendizado deve ser valorizada e buscada com entusiasmo.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Cirurgia Cardiovascular na UNIFESP com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Mariana Chisté, residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

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