É possível passar em uma subespecialidade da USP-SP fazendo o acesso direto em outra instituição?
Créditos: Estratégia MED

É possível passar em uma subespecialidade da USP-SP fazendo o acesso direto em outra instituição?

A busca pela aprovação na Universidade de São Paulo (USP) vindo de uma residência externa parece desafiadora, mas não deixa de ser possível. Para entendermos como isso pode ocorrer na prática, o Estratégia MED conversou com Caroline Pamponet, endocrinologista pela USP-SP, mas formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde também realizou a residência em Clínica Médica. Siga no texto e saiba mais sobre sua jornada e suas estratégias para alcançar esse objetivo!

Trajetória até a Endocrinologia

Caroline se formou em Medicina na UFAM, no Amazonas, e seguiu no estado até concluir a sua residência médica em Clínica Médica no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV-UFAM). Após isso, já decidida a especializar-se em Endocrinologia, mirou na Universidade de São Paulo (USP-SP) por ser um centro de excelência. 

“Sempre quis estudar em um lugar conceituado como a USP, mesmo sabendo que seria um desafio”

Estratégia de estudo

Para a especialista, o planejamento e a preparação foram fundamentais. Após concluir a residência em Clínica Médica, dedicou um ano exclusivamente aos estudos, trabalhando ao mesmo tempo para financiar essa etapa. Ela ainda enfatizou a importância de um estudo contínuo e direcionado, utilizando provas antigas para guiar seu processo de revisão e focando nas áreas onde tinha mais dificuldades. “Eu fazia questões todos os dias, variando os temas para manter o conhecimento sempre atualizado”, pontua. 

Caroline não limitou sua revisão às provas dos últimos cinco anos, preferindo ampliar seu estudo até sete anos para abranger uma maior variedade de questões. “Mesmo sabendo que alguns tópicos podem estar desatualizados, isso ajuda a identificar padrões e conceitos recorrentes”, disse.

Ela combinou a resolução de provas inteiras com o estudo de questões individuais, adaptando a abordagem conforme a necessidade. “Às vezes fazia uma prova completa para simular o tempo real, mas frequentemente resolvia questões de forma segmentada, corrigindo e revisando em seguida”, explicou. A prova da USP, com 120 questões e seis horas de duração, exige essa flexibilidade para evitar o cansaço.

Para atualizar seus conhecimentos,usava tanto livros-texto quanto diretrizes específicas, dependendo do tema. “Diretrizes são essenciais em Endocrinologia, então eu sempre consultava as mais recentes”, comentou. Nos meses finais antes da prova, intensificou a revisão de resumos que havia feito ao longo do ano. 

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Estudo e trabalho

Conciliar estudos com trabalho foi uma questão de equilíbrio para a médica. “Eu estabeleci um valor mensal que precisava ganhar e distribuí meus plantões para não me exaurir. No tempo livre, estudava”, explicou, sugerindo que os candidatos encontrem um equilíbrio que permita um estudo eficaz sem comprometer a saúde mental.

 “É tudo sobre equilíbrio. Trabalhei o suficiente para me sustentar, mas reservei tempo para estudar. Não é um ano para enriquecer, mas dá para viver bem”

Olhar para trás confirma que a estratégia valeu a pena. “Tirar um ano para focar nos estudos foi a melhor decisão. Consegui me preparar com calma e organização, sem a exaustão da rotina da residência”, concluiu.

A escolha da instituição

Caroline relembra a ansiedade que sentia ao focar em grandes universidades como a USP, e como decidiu diversificar suas opções, prestando também as provas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), Hospital do Servidor Público Municipal, entre outras.

Ela ainda destaca a importância de se preparar para diferentes tipos de provas, inclusive aquelas que exigem entrevista ou prova prática. “Fiz entrevista na USP e Unifesp. Outras eram só prova escrita e análise de currículo”, explicou. 

O caminho de Caroline Pamponet até o seu ingresso em Endocrinologia na USP-SP mostra que é possível superar as incertezas iniciais e alcançar a aprovação em instituições renomadas, mesmo tendo se formado em outra instituição previamente. Com uma preparação estratégica e equilibrada, os desafios do processo seletivo podem ser superados, basta o candidato persistir em seus objetivos.

Confira a mais dicas e a entrevista completa com Caroline Pamponet no vídeo abaixo:

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