Você já ouviu falar em Medicina Fetal? Essa área de atuação da Ginecologia e Obstetrícia se dedica ao cuidado do bebê ainda no útero, garantindo uma melhor saúde para mães e filhos durante a gestação. Quer saber mais sobre a atuação dos especialistas, como é a residência médica na área e as principais áreas de estudo e prática? Continue lendo e saiba mais sobre essa área promissora!
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O que é a Medicina Fetal
O médico especializado em Medicina Fetal é o mais capacitado para identificar situações de risco e promover o melhor desenvolvimento fetal, além de assistir gestações complicadas por anomalias e doenças fetais. Suas habilidades técnicas permitem a realização de exames e procedimentos invasivos, oferecendo indicações de prognóstico e aconselhamento especializado. Assim, o foco desse profissional é promover a segurança da gestante e do feto.
No que diz respeito à assistência e aconselhamento, o especialista analisa e maneja gestações de alto risco e múltiplas, diagnosticando e oferecendo prognósticos sobre malformações e doenças fetais. Além disso, presta aconselhamento sobre os efeitos de drogas e agentes químicos durante a gravidez.
A representante da especialidade é a Sociedade Brasileira de Medicina Fetal (SOBRAMEF), assim como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), que conta com uma Comissão Nacional Especializada de Medicina Fetal.
Áreas de Atuação para o profissional
O especialista em Medicina Fetal possui uma ampla gama de possibilidades de atuação, centradas no atendimento à saúde materna e fetal. Por ter conhecimentos profundos em embriologia humana e fisiologia fetal, além de compreender as bases genômicas e os padrões de herança, o médico pode fornecer aconselhamento genético quando procurado, seja em clínicas particulares ou em hospitais.
O profissional pode ainda realizar a terapia fetal, com a indicação de uso de imunoglobulina anti-D, por exemplo. Ainda, o especialista pode ser procurado para realizar o manejo de gestações complicadas pela aloimunização.
Entre as habilidades técnicas, destacam-se a realização e interpretação de exames de imagem, como ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada. O especialista em Medicina Fetal é também capaz de realizar procedimentos invasivos, incluindo amniocentese, cordocentese, biópsia de vilo corial e cirurgias fetais. A avaliação da morfologia e funcionalidade fetal, utilizando técnicas como cardiotocografia e dopplervelocimetria, faz parte também do seu repertório.
Outro ponto importante é que esses profissionais trabalham constantemente com a comunicação e, claro, com a ética ao serem capazes de comunicar diagnósticos difíceis, prognósticos e situações complexas aos pacientes e suas famílias de maneira sensível.
Ainda, por seu conhecimento da legislação e normas vigentes, incluindo as do Sistema Único de Saúde (SUS), o médico terá a oportunidade de trabalhar em equipes interprofissionais e interdisciplinares, liderando e administrando conflitos quando necessário.
Por fim, há como o profissional se dedicar ao ensino, à pesquisa e ao desenvolvimento científico da área. Muitos optam por seguir nessa carreira, interpretando pesquisas científicas e aplicando essas evidências na prática clínica, bem como desenvolvendo e apresentando trabalhos científicos em congressos médicos ou publicações em revistas científicas para contribuir para o avanço contínuo da Medicina Fetal e na formação de novos médicos especialistas.
Residência Médica em Medicina Fetal
Para se tornar um especialista em Medicina Fetal, o médico precisa, além de realizar a residência médica em Ginecologia e Obstetrícia, que tem duração de três anos, concluir o programa de residência médica na Área de Atuação de Medicina Fetal, com duração de um ano.
O processo seletivo para a residência médica em Medicina Fetal se assemelha muito aos outros programas de Áreas de Atuação, com seletivo composto, na maioria das vezes, de prova objetiva – que cobra conteúdos referentes ao pré-requisito, Ginecologia e Obstetrícia – e análise curricular, a depender da instituição desejada.
Atualmente, 50 vagas para Medicina Fetal estão autorizadas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) no Brasil. Entre as instituições que ofertam o programa estão a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP-SP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP).
Confira a matriz de competência do programa de Residência Médica em Medicina Fetal no Brasil:
Ainda, após cumprir a carga horária da residência médica – padrão-ouro – ou do curso de especialização em Medicina Fetal, o profissional deve realizar o Exame Nacional para a obtenção do Certificado de Atuação na Área de Medicina Fetal, sob responsabilidade da FEBRASGO.
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