Vale a pena fazer residência de Medicina de Família se você já trabalha na atenção primária?
Créditos: Estratégia MED

Vale a pena fazer residência de Medicina de Família se você já trabalha na atenção primária?

A residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC) oferece uma experiência enriquecedora, mesmo para médicos já atuantes na atenção primária. O programa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por exemplo, distribui suas atividades em seis unidades de saúde pela cidade, proporcionando uma ampla visão das diversas realidades sociais e epidemiológicas. Para entender mais sobre o assunto, o Estratégia MED conversou com Victor, residente em Medicina de Família e Comunidade. Confira!

Estrutura do programa

O programa é estruturado para que os residentes rotacionem a cada dois meses entre diferentes Unidades Básicas de Saúde (UBS), incluindo estratégias de saúde da família, UBS tradicionais e AMAs integradas. Essa diversidade permite que os médicos se adaptem a várias demandas territoriais, aprimorando sua prática clínica e sua capacidade de comunicação, essenciais para a MFC.

Saiba mais sobre o programa: Como é a residência de Medicina de Família e Comunidade na UNIFESP

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Experiência diversificada

Durante o primeiro ano, os residentes dividem seu tempo entre as UBS e uma variedade de ambulatórios especializados, como Dermatologia Pediátrica, Nutrologia Pediátrica, diabetes, saúde indígena, Ginecologia geral, entre outros. Essa exposição ampla às especialidades visa melhorar a capacidade dos médicos de família em identificar quando encaminhar pacientes para especialistas, tornando-os mais resolutivos na atenção primária.

A Unifesp destaca-se pelo contato com a saúde indígena através do Projeto Xingu, enriquecendo a formação dos residentes com competências culturais únicas. Além disso, a presença constante de preceptores experientes, que acompanham de perto o desenvolvimento dos residentes, garante um aprendizado prático e contínuo.

Ainda, durante o segundo ano de residência, os médicos têm a oportunidade de se fixar em uma única UBS, proporcionando um acompanhamento longitudinal dos pacientes. Essa experiência é essencial para o desenvolvimento de vínculos e para a prática de uma medicina centrada no paciente. Além disso, os residentes continuam a rodar em diversos ambulatórios especializados, como Ginecologia, Psiquiatria, Nefrologia e cuidados paliativos, enriquecendo ainda mais sua formação.

A residência inclui um estágio optativo, permitindo aos residentes escolher áreas de interesse específicas, como gestão, atenção domiciliar ou saúde indígena. Esta flexibilidade é crucial para que os médicos possam direcionar sua formação de acordo com suas aspirações profissionais e áreas de maior interesse.

Perspectivas da carreira

Após a conclusão da residência, o mercado de trabalho para os especialistas em MFC mostra-se promissor. Em qualquer área da Medicina, a residência é um grande diferencial, e isso também se aplica à MFC. Ter o título de residente abre diversas portas no mercado de trabalho, tanto no sistema público quanto no privado. No SUS, a demanda por médicos de família é grande, dado o vasto número de unidades básicas de saúde distribuídas pelo país. Muitas dessas unidades ainda carecem de equipes completas, o que gera inúmeras oportunidades de emprego para os recém-formados.

Além das oportunidades no sistema público, a saúde suplementar também tem reconhecido cada vez mais o valor dos médicos de família. No setor privado, contar com um médico de saúde da família é vantajoso, pois ele pode gerir casos de forma eficiente, muitas vezes evitando a necessidade de encaminhamentos imediatos para especialistas, o que representa uma economia significativa. Por exemplo, um médico de família pode tratar uma dor lombar com exercícios e anti-inflamatórios antes de considerar uma intervenção cirúrgica, racionalizando o uso de recursos especializados.

Ou seja, mesmo se você já trabalha na atenção primária, realizar uma residência em MFC pode abrir muitas portas, além de expandir o seu horizonte de conhecimento em outras especialidades, em gestão ou até mesmo na própria atenção primária. 

Aproveite e conheça melhor a especialidade de Medicina de Família e Comunidade e o depoimento de Victor com o vídeo abaixo:

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