AIDS: o que é, sintomas e muito mais!

AIDS: o que é, sintomas e muito mais!

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O que é AIDS?

AIDS é a sigla em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, condição que ocorre em decorrência da infecção pelo HIV – vírus da imunodeficiência humana. A epidemia mundial desta doença começou a ser notada em 1981 nos Estados Unidos, pelo aumento da ocorrência de pneumonias por Pneumocystis jirovecii e sarcoma de Kaposi em pessoas previamente hígidas. 

Atualmente, define-se a ocorrência de AIDS nos pacientes que já preenchem critérios para imunodeficiência grave. No Brasil, o número de pessoas vivendo com HIV/Aids é de aproximadamente 0,5%

Transmissão do HIV

A transmissão do HIV pode ocorrer pela relação sexual desprotegida, pelo uso de drogas endovenosas com compartilhamento de seringas, pelo recebimento de hemoderivados sem os devidos cuidados, e pela transmissão vertical, que ocorre da mãe contaminada para o feto.

Fisiopatologia

A infecção pelo HIV é dividida em três fases clínicas:  a infecção primária ou fase aguda, a fase de latência ou crônica, e a doença manifesta ou AIDS

Na primeira fase, há intensa replicação do vírus, que é parcialmente controlada pelo hospedeiro, de modo que passa para a fase de latência. Durante a infecção aguda, há destruição maciça de linfócitos T CD4+. 

Na fase crônica da doença, apesar da redução da ação direta do HIV, ainda ocorre a depleção progressiva de linfócitos T CD4+. Conforme a doença progride, aparecem mais linhagens virais, que passam a escapar do controle do organismo, e aumentam de forma exponencial, causando uma queda acentuada dos linfócitos T CD4+, surgindo, assim, a AIDS.

Sintomas do HIV e da AIDS

Podem ser divididos conforme a fase da doença. Na infecção aguda, surgem após cerca de 2 a 3 semanas da contaminação pelo HIV. O quadro é inespecífico, com sintomas como febre, perda de peso e de apetite, fadiga, linfadenopatia, artralgia e mialgia. Entretanto, a presença de exantema maculopapular em tronco, face, palmas das mãos e plantas dos pés é um sinal mais característico do HIV agudo. Os sintomas duram, em média, duram  2 semanas. 

Na fase de latência, que dura aproximadamente de 7 a 10 anos, os pacientes geralmente são assintomáticos, porém podem apresentar linfadenomegalia generalizada. Já na AIDS, surgem as doenças oportunistas secundárias a imunodeficiência como candidíase oral, neurocriptococose, histoplasmose, sarcoma de Kaposi, neurotoxoplasmose, pneumocistose, tuberculose, entre outras.

Diagnóstico do HIV e da AIDS

O diagnóstico do HIV pode ser realizado tanto pela sorologia laboratorial que busca anticorpos contra HIV, quanto por testes rápidos. Esses exames estão amplamente disponíveis na rede pública de saúde, tanto em unidades básicas como nos Centros de Testagem e Aconselhamento. A infecção geralmente pode ser detectada pelos exames a partir de 30 dias contados da data da contaminação, devido à janela imunológica.

Já para realizar o diagnóstico de AIDS é necessário que o paciente infectado com HIV manifeste uma ou mais das seguintes condições:

  1. Contagem de linfócitos T CD4+ é inferior a 200 unidades por mm3 de sangue; 
  2. Percentual de células CD4+ inferior ou igual a 14%; e
  3. Presença de doenças definidoras da AIDS.

As doenças definidoras da AIDS são infecções oportunistas graves, tais como candidíase esofágica, criptococose extrapulmonar e histoplasmose disseminada, alguns tipos de câncer, como sarcoma de Kaposi e linfoma não-Hodgkin e disfunções neurológicas.

Tratamento

Atualmente, é preconizado o tratamento antirretroviral (TARV) para todas as pessoas vivendo com HIV/Aids. Sua principal função é inibir a replicação do HIV no organismo, de modo que não haja a evolução para AIDS ou haja a remissão da síndrome. 

O TARV tornou a infecção pelo HIV uma condição crônica, que apesar de não ser curável, pode ser manejada e não ser fatal como foi nos anos 80 e 90. O tratamento está disponível no SUS e, desde 2013, é distribuído para todas as pessoas que vivem com HIV. Existem 21 medicações antirretrovirais, em 37 diferentes apresentações. 

É de fundamental importância acompanhar a adesão ao tratamento, pois apenas com ela haverá o máximo benefício terapêutico, de modo que a carga viral pode se tornar até indetectável, e, assim, o indivíduo não é mais capaz de transmitir a doença.

Profilaxia

O SUS oferece gratuitamente a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), medicação composta por tenofovir + entricitabina que reduz o risco de infecção pelo HIV antes mesmo da pessoa ter contato com o vírus. Esse recurso é o oferecido para a população de risco, que é composta por:

  1. Gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH); 
  2. Pessoas trans; e
  3. Trabalhadores(as) do sexo.

Também é oferecida para todas as pessoas que se encaixem nos seguintes critérios:

  1. Frequentemente deixa de usar camisinha em suas relações sexuais (anais ou vaginais);
  2. Tem relações sexuais, sem camisinha, com alguém que seja HIV positivo e que não esteja em tratamento;
  3. Faz uso repetido de PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV); e
  4. Apresenta episódios frequentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis

A PrEP se diferencia da Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que também é oferecida pelo SUS, por ser uma medicação de uso contínuo e não de uso esporádico.  A PEP deve ser usada em qualquer situação onde haja risco de contaminação pelo HIV, tais como:

  1. Violência sexual;
  2. Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha); e
  3. Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).

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