Doença de Chagas: tudo sobre!

Doença de Chagas: tudo sobre!

Quer descobrir tudo sobre a Doença de Chagas? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe este texto e descubra!

O que é Doença de Chagas?

A doença de Chagas é aquela causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e que pode acometer diversos sistemas como o digestório e o cardiovascular

Como ocorre a transmissão da doença de Chagas?

Como ocorre a transmissão da doença de Chagas?

As principais formas de transmissão da Doença de Chagas são a vetorial e a oral. A forma vetorial é feita pelas fezes de insetos triatomíneos, popularmente conhecido como barbeiro. Estes, ao picar humanos, defecam. Quando a pessoa picada coça o local da picada, permite a entrada dos protozoários presentes nas fezes desse inseto. Já a transmissão oral acontece pela contaminação acidental de alimentos, como açaí e cana-de-açúcar, com triatomíneos infectados.

Outras formas mais raras são a transmissão por transfusão sanguínea e uso de hemoderivados e vertical, que ocorre da mãe para o feto durante a gestação.

Quais as formas da doença?

A doença de Chagas pode ter duas formas principais, a forma aguda e a forma crônica. A forma aguda sintomática ocorre em uma minoria dos pacientes e ocorre após período de incubação variável. Na transmissão vetorial, é de 4 a 15 dias, na oral de 2 a 11 dias e na por sangue e hemoderivados, de 30 a 120 dias. Já a forma crônica ocorre após 12 semanas da infecção, quando a parasitemia está mais controlada. 

Quais os sintomas da doença?

Quando há manifestação clínica na forma aguda, os sintomas são bastante inespecíficos, com a presença de febre moderada, cefaleia, mialgia, artralgia, adenomegalia e hepatoesplenomegalia. Em casos mais raros e graves, pode haver miocardite e encefalite. 

A forma crônica é inicialmente assintomática, com exame físico frustro. Essa fase assintomática pode perdurar por toda a vida do paciente ou evoluir para a forma cardíaca ou a forma digestiva. 

A forma cardíaca se apresenta com cardiomegalia, que pode levar a insuficiência cardíaca. Podem ocorrer também arritmias cardíacas, distúrbios de condução por bloqueio atrioventricular e eventos tromboembólicos. 

Já a forma digestiva pode causar aumento do esôfago, estômago, intestino delgado e cólon. Essas alterações podem levar a dificuldade na deglutição de alimentos, esofagite de refluxo e constipação intestinal alternada com diarreias. 

Diagnóstico

O diagnóstico na fase aguda é feito por microscopia direta no sangue periférico, na qual é possível observar diretamente a presença do T. cruzi. Por outro lado, na fase crônica a melhor forma de diagnosticar a doença de Chagas é por meio de sorologia por teste ELISA, imunofluorescência indireta e hemaglutinação, buscando anticorpos IgG anti- T. cruzi. Idealmente, para confirmação diagnóstica, deve-se realizar a sorologia por dois métodos diferentes. 

Além disso, para quantificar os danos que os sistemas sofreram pela forma crônica, é importante realizar outros exames complementares, como radiografia de tórax e abdome, tomografia computadorizada de tórax e abdome, e eletrocardiograma.

Tratamento

O tratamento medicamentoso da forma aguda e nas reativações pode ser indicado, devendo ser realizado com benznidazol e nifurtimox, com vistas a controlar o parasita ou erradicá-lo. 

Na forma crônica, é possível utilizar essas medicações, porém elas visam ao controle da doença, pois há pouca evidência da capacidade desses medicamentos erradicarem o parasita.

Na forma cardíaca, deve-se prover tratamento farmacológico para a insuficiência cardíaca, com o uso de diuréticos, inibidores da enzima conversora de angiotensina, betabloqueadores e digitálicos. Já em caso de arritmias, deve-se utilizar amiodarona. Em casos mais graves, é possível que haja necessidade de tratamento cirúrgico, como implantação de marca-passo e transplante cardíaco.

Já a forma digestiva, deve ser tratada com adequação de dieta e sintomáticos e pode ser necessário tratamento cirúrgico em casos mais graves, como dilatação de esôfago por balão e correção do cólon quando há volvo de sigmoide com comprometimento vascular.

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