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O que é Fibromialgia?
A Fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, que atinge aproximadamente 2% da população brasileira, com preferência para o sexo feminino, durante a vida adulta. Além disso, ela acomete proporcionalmente mais pessoas com doenças crônicas associadas do que em relação à população em geral.
Quais as causas da Fibromialgia?
As causas da fibromialgia não estão totalmente esclarecidas, entretanto, já existem alguns fatores causais elucidados.
A fibromialgia é uma doença que promove uma sensibilização central, isto é, há uma hiperexcitabilidade dos neurônios a estímulos periféricos. Há fortes indícios de que haja uma predisposição genética para esse fato, visto que há maior risco relativo de desenvolver fibromialgia quando se tem familiares de primeiro grau com a doença.
Os estudos bioquímicos e de imagem demonstram alterações no fluxo sanguíneo do tálamo, ativação anormal dos centros de processamento da dor quando há estímulos dolorosos leves, córtex sensorial com maior conectividade entre os neurônios, aumento de glutamato no córtex posterior e amígdala hiperativa. Todos esses achados são compatíveis com a magnificação da sensação dolorosa e para um estado de hipervigilância em relação à dor.
Também podemos citar como causa as alterações na via inibitória da dor, pois há disfunção no giro do cíngulo anterior – área responsável pela modulação descendente da sensação de dor – e baixos níveis do GABA – neurotransmissor inibitório.
Quais os sintomas da doença?
O principal sintoma da fibromialgia é a dor generalizada e crônica sentida pelo paciente, que é de difícil localização e que não possui uma forma pré-definida, pois pode ser em pontada, queimação, choque etc.
Além disso, há outros sintomas associados à síndrome dolorosa, como fadiga crônica, distúrbios de sono e gastrointestinais, disfunção da articulação temporo-mandibular, alterações de memória, concentração, entre outros.
Diagnóstico
Como não há nenhum exame capaz de diagnosticar de maneira específica a fibromialgia, o Colégio Americano de Reumatologia criou critérios diagnósticos para facilitar a identificação da doença nos pacientes.
A última atualização, publicada em 2016, traz os seguintes critérios:
- Presença de dor generalizada;
- Sintomas em nível similar há, pelo menos, 3 meses;
- Pontuação do Índice de Dor Generalizada (IDG) acima de 7 e Escala de Gravidade dos Sintomas (EGS) maior que 5, ou IDG de 4 a 6 e EGS maior que 9; e
- Sintomas que não são totalmente explicados por outra causa.
A pontuação do IDG é calculada, caso tenha ocorrido dor nos últimos 7 dias, com 1 ponto para cada uma das seguintes regiões,:
- Mandíbula esquerda;
- Mandíbula direita;
- Ombro esquerdo;
- Ombro direito;
- Braço esquerdo;
- Braço direito;
- Antebraço esquerdo;
- Antebraço direito;
- Quadril esquerdo;
- Quadril direito;
- Coxa esquerda;
- Coxa direita;
- Perna esquerda;
- Perna direita;
- Região cervical;
- Tórax;
- Região lombar; e
- Abdome.
A EGS é calculada conforme a intensidade dos sintomas, de maneira que cada um deve ser pontuado de 0 (ausente) a 3 (intensos), e todos os pontos somados totalizam, no máximo, 12 pontos. Confira abaixo os sintomas analisados:
- fadiga;
- sono não-reparador;
- sintomas cognitivos, como dificuldade de memória e concentração; e
- sintomas somáticos, como cefaleia e depressão.
Tratamento
Não há nenhuma medicação capaz de curar a fibromialgia, de maneira que o alívio dos sintomas deve ser buscado com abordagem farmacológica e não-farmacológica.
As principais técnicas não farmacológicas são a realização de atividades físicas – especialmente exercícios aeróbicos e aquelas que envolvem concentração – como yoga e tai-chi-chuan, e terapias psicológicas, em especial a cognitivo-comportamental.
Já as principais medicações utilizadas são os antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina, e os inibidores da recaptação de norepinefrina e serotonina, como a duloxetina e a venlafaxina. Há evidências também do uso da pregabalina na melhora da dor e da fadiga dos pacientes com fibromialgia.
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