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O que é tuberculose?
A tuberculose é uma infecção causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch, um bacilo álcool-ácido resistente. É de grande importância epidemiológica no mundo todo, entretanto fatores sócio-econômicos têm impacto relevante na incidência da tuberculose na população e sua morbi-mortalidade.
A forma mais comum de tuberculose é a pulmonar, porém pode se manifestar em outros locais, como pleura, linfonodos e sistema nervoso central, entre outros. Nesses casos, é denominada forma extrapulmonar.
Como funciona a transmissão da tuberculose?
A tuberculose é transmitida pela inalação de aerossóis contendo bacilos de M. tuberculosis expelidas por pessoas com as formas pulmonares em fase ativa, especialmente quando há contato próximo prolongado, como o que ocorre entre familiares e colegas de trabalho.
A infecção pela tuberculose pode passar por três fases:
- Primária;
- Latente; e
- Ativa.
A infecção primária ocorre logo no contato do indivíduo com as partículas contaminantes. O bacilo, ao conseguir atingir os alvéolos pulmonares, é fagocitado por macrófagos. Tais células não conseguem matar efetivamente os bacilos, de maneira que ele se replica e atrai células inflamatórias.
Após essa fase inicial, a maioria dos casos — aproximadamente 95% — evolui para a infecção latente. Em pessoas imunocompetentes, passados alguns dias, a resposta imunológica é capaz de controlar a infecção antes que haja sintomas. Isso acontece por meio da formação de granulomas capazes de isolar os bacilos, que, entretanto, se mantêm no núcleo dessas estruturas.
Por fim, há a tuberculose em sua fase ativa. Essa evolução ocorre em uma minoria das pessoas infectadas, em especial quando há algum imunocomprometimento do paciente. Isso porque a reativação da infecção necessita de algum desequilíbrio da imunidade celular, capaz de levar à ineficiência em isolar os bacilos.
As principais doenças ou eventos que facilitam a reativação da tuberculose são:
- HIV,
- diabetes;
- câncer; e
- uso de medicação imunossupressora.
Quais os tratamentos disponíveis?
No Brasil, o protocolo de tratamento da tuberculose no SUS é gratuito e o regime deve ser preferencialmente o Tratamento Diretamente Observado (TDO), que inclui a ingestão dos medicamentos sob supervisão de profissionais de saúde. Isso se deve a grande relevância epidemiológica dessa doença em nosso país.
Atualmente, conforme atualização do Ministério da Saúde em 2019, o esquema básico de tratamento em maiores de 10 anos de idade, com exceção da neurotuberculose, é feito por seis meses, que se dividem em duas fases, a de ataque e a de manutenção.
A fase de ataque dura 2 meses e é composta pela administração de quatro medicamentos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, com dosagem variável a depender do peso do paciente. Já a fase de manutenção dura quatro meses e é composta por duas medicações, a rifampicina e a isoniazida.
O esquema básico de tratamento da neurotuberculose em maiores de 10 anos é mais longo, pois dura 12 meses. A fase de ataque dura também dois meses, com as mesmas medicações do esquema básico das demais formas. No entanto, a fase de manutenção dura 10 meses, em contraponto com os 4 meses do esquema anterior, porém as medicações utilizadas são as mesmas.
Quais os sintomas?
Os sintomas da tuberculose variam conforme a forma de sua manifestação. Na sua forma pulmonar, que é a mais comum, podemos citar como principais sintomas:
- tosse produtiva persistente por mais de 3 semanas;
- laivos de sangue no escarro ou expelir sangue vivo e maciço na tosse;
- febre vespertina;
- sudorese noturna; e
- perda de peso não intencional.
Já as demais formas se expressam conforme o sistema afetado pela tuberculose. Na forma pleural, há sintomas como dor pleurítica, tosse seca e desconforto respiratório. A forma ganglionar se apresenta com aumento de linfonodos acompanhado de febre. Já a neurotuberculose pode trazer cefaleia crônica, febre, convulsões, entre outros.
Tuberculose em crianças
A tuberculose em crianças é mais difícil de ser diagnosticada, pois os sintomas são mais inespecíficos, visto que a criança tem dificuldade de expectorar, e que podem ser confundidos com as infecções respiratórias comuns da infância. Assim, deve-se sempre pensar em tuberculose nas crianças com tosse persistente, com suspeita de pneumonia, que não melhoram com antibioticoterapia comum.
Além disso, neonatos podem apresentar formas de tuberculose muito graves e com alta mortalidade, como a tuberculose miliar.
Para a redução dessas formas graves de tuberculose em crianças, existe a vacina BCG que geralmente é dada logo após o nascimento da criança, em dose única, porém pode ser administrada até antes dos cinco anos completos de idade. Ela reduz sensivelmente o risco da meningite tuberculosa e da tuberculose miliar nas crianças, mas não tem grande impacto durante a vida adulta.
O esquema básico de tratamento em menores de 10 anos também muda, de modo que a duração das fases de tratamento são iguais, porém na fase de ataque para essa faixa etária há a exclusão do etambutol. Assim, a primeira fase do tratamento em crianças é composta apenas de rifampicina, isoniazida e pirazinamida.
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