Resumo sobre Cordão Umbilical: formação, importância e mais!
Baby inside woman womb illustration

Resumo sobre Cordão Umbilical: formação, importância e mais!

E aí, doc! Vamos falar sobre mais um assunto? Agora vamos comentar sobre o cordão umbilical, uma estrutura de extrema importância na vida fetal.

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Desenvolvimento embrionário do cordão umbilical

O cordão umbilical se desenvolve por volta da quinta semana de gestação e é resultado da interação de diversas estruturas embrionárias. 

O saco amniótico contribui para a formação do revestimento externo do cordão, enquanto o alantoide é responsável pela criação das veias e artérias umbilicais. Além disso, a vesícula vitelínica também desempenha um papel nesse processo.

Em termos de dimensões, o cordão umbilical tem aproximadamente 50 centímetros de comprimento e 2 centímetros de diâmetro, variando dependendo do local onde é cortado após o parto. Ao adentrar a placenta, seu diâmetro diminui significativamente.

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Aspectos anatômicos e morfológicos do cordão umbilical

O cordão umbilical é uma estrutura flexível que conecta o abdômen do feto à placenta, exclusiva dos mamíferos. Ele é formado por três vasos umbilicais – duas artérias e uma veia

Ademais, é envolto por uma substância gelatinosa conhecida como geleia de Wharton, que envolve os vasos e é coberta por uma membrana, formando o invólucro do cordão que se estende até a pele do abdômen do feto.

A quantidade de geleia de Wharton varia, resultando em cordões com diferentes características. Os cordões mais volumosos tendem a ser macios e têm uma aparência mais gordurosa, enquanto os mais finos são mais resistentes. 

Tradicionalmente, os parteiros costumavam referir-se aos cordões mais espessos como “gordos” e aos mais finos como “magros”.

Circulação Fetal

O cordão umbilical é quem comunica a placenta ao feto, sendo essencial para a circulação fetal. 

Durante o período fetal, os pulmões e o fígado têm funções limitadas, e o coração do feto precisa adaptar seu sistema circulatório para atender às necessidades específicas. 

Ao contrário do sistema circulatório de um recém-nascido, o feto possui adaptações anatômicas especiais.

Inicialmente, o sangue oxigenado proveniente da placenta entra na veia umbilical e passa pelo ducto venoso, contornando principalmente o fígado. Uma parte significativa do sangue que chega ao átrio direito da veia cava inferior é direcionada através do forame oval para o átrio esquerdo, permitindo que o sangue oxigenado da placenta seja bombeado principalmente para as artérias da cabeça e membros superiores pelo ventrículo esquerdo.

O sangue desoxigenado da região da cabeça, proveniente da veia cava superior, segue para o ventrículo direito, sendo bombeado para a artéria pulmonar. 

A maior parte desse sangue desoxigenado contorna os pulmões através do ducto arterioso, indo para a aorta descendente e, em seguida, pelas artérias umbilicais de volta à placenta, onde é novamente oxigenado.

Durante a vida fetal, aproximadamente 55% do sangue passa pela placenta, deixando apenas 45% para irrigar os tecidos do feto. Além disso, apenas cerca de 12% do sangue flui pelos pulmões durante esse período. 

Após o nascimento, a circulação muda, e a maior parte do sangue passa pelos pulmões para a oxigenação adequada.

Imagem mostrando como a circulação fetal ocorre
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier.13ª ed.

Cordão umbilical após o nascimento

Aproximadamente de 2 a 3 dias após o bebê nascer, a parte restante do cordão umbilical, que ainda está conectada a ele, passará de uma elevação de cor rosa clara para um pequeno coto escuro. 

Geralmente, esse coto se soltará naturalmente entre o oitavo dia e a quarta semana após o nascimento. No lugar onde o coto se desprendeu, surgirá uma pequena ferida que precisará de alguns dias para se curar. 

Entretanto, se o cordão umbilical permanecer ligado ao bebê após esse período, cuidados adicionais serão necessários para evitar possíveis complicações.

É possível observar no fígado de uma pessoa adulta o ligamento redondo do fígado, uma estrutura remanescente do cordão umbilical, mais especificamente da veia umbilical, que ainda se prolonga da região interna do umbigo até o fígado.

De olho na prova!

Não pense que esse assunto fica fora das provas, seja da faculdade, concurso ou residência. Veja um exemplo logo abaixo:

PR – Universidade Estadual de Londrina – UEL (Hospital Universitário da UEL) – 2024

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a estrutura vascular que possui maior conteúdo de oxigênio na circulação fetal.

A) Arco aórtico

B) Artéria umbilical

C) Veia cava inferior

D) Veia cava superior

E) Veia pulmonar

Opção correta: Alternativa “C”

Comentário da questão: 

A) O arco aórtico recebe sangue pouco oxigenado, pois, o sangue vem dos shunts, sem passar pelos pulmões.

B) A artéria umbilical é o vaso que transporta o sangue pouco oxigenado da circulação sistêmica para a placenta.

C) Correto, pois a veia cava inferior recebe, no ducto venoso, o sangue muito oxigenado que veio da veia umbilical. Portanto, das alternativas, essa é a estrutura mais oxigenada.

D) A veia cava superior drena membros superiores e cabeça, trazendo sangue pouco oxigenado para a circulação.

E) A veia pulmonar recebe muito pouco sangue proveniente dos pulmões, mas, mesmo assim, o pulmão no período fetal não faz troca gasosa e, portanto, o sangue é pouco oxigenado.

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Referências

MALHEIROS, G. C.; WILKEN DE ABREU, A. M. O. Características Morfológicas do Cordão Umbilical. Revista Científica da FMC, v. 11, n. 1, jul. 2016.

GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier.13ª ed., 2017. -MENAKER, L

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