Choque é uma situação crítica caracterizada pela diminuição da disponibilidade de oxigênio para diferentes partes e estruturas do corpo humano. Esse quadro pode ser causado por diversos motivos, desde circulatórios à neurológicos, que comprometem a correta perfusão dos tecidos. Seus subtipos são nomeados de acordo com a causa original desencadeadora.
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O que é o Choque?
Choque é definido como um estado de oxigenação insuficiente nos tecidos. As células humanas são vivas, portanto, dependem de nutrição adequada e uma oferta de oxigênio suficiente para sua sobrevivência. Por isso, um quadro de choque pode ser perigoso, colocando em risco as células e, até mesmo, a vida do paciente.
De forma geral, os tecidos do corpo humano recebem oxigênio e nutrientes através do sangue. Sendo assim, o choque tende a estar associado ao mau funcionamento do sistema cardiorrespiratório.
Quais os tipos?
O choque pode ter diferentes origens fisiológicas e anatômicas. Cada uma delas caracteriza um tipo diferente de choque, com variados níveis de gravidade e tratamentos específicos. Em algumas situações podem estar presentes mais de um deles. Os principais tipos de choque são:
Choque Séptico
Classificado no grupo de choques distributivos, ou seja, quando a origem do quadro está em uma distribuição de oxigênio ineficiente. Costuma ser uma complicação da septicemia ou infecção generalizada. Sua mortalidade pode variar entre 20% e 50% dos casos, já que a janela de atuação tem um período curto.
Quando o corpo humano reconhece um invasor, células imunes são ativadas e começam a gerar uma resposta inflamatória. Essa inflamação intensa libera substâncias que agem no leito dos vasos sanguíneos diminuindo sua permeabilidade. Assim, mais sangue é extravasado e consequentemente menos sangue oxigenado chega corretamente aos tecidos.
Tal diminuição do volume de sangue nos vasos abaixa consideravelmente a pressão arterial. Com isso há uma ineficiência do processo de distribuição de oxigênio, configurando um quadro de choque séptico.
Choque Hipovolêmico
Sua causa mais comum é a hemorragia, quando o corpo perde sangue. Essa perda de volume sanguíneo pode ser para o meio externo ou mesmo para cavidades corporais. Além disso, há um déficit de fluidos e eletrólitos, o que interfere no correto funcionamento do sistema circulatório.
Nessa situação, o volume de sangue que chega ao coração diminui. Isso limita a quantidade de sangue que é direcionada aos tecidos, tornando ineficiente a oferta de oxigênio aos tecidos, o que configura um quadro de choque hipovolêmico.
Choque Cardiogênico
O coração funciona como uma bomba, agindo para impulsionar o sangue até os tecidos corporais. Dessa forma, quando esse órgão funciona incorretamente, a distribuição de oxigênio pelo corpo é limitada. O choque cardiogênico normalmente está associado ao infarto agudo do miocárdio, situação na qual o coração, ou parte dele, para de bombear corretamente o sangue.
Choque Neurogênico
Normalmente, o choque neurogênico é causado por lesão da medula, uma estrutura nervosa que distribui comandos para todo o organismo. A lesão medular pode acontecer em acidentes, principalmente automobilísticos; mas também devido à ação de medicamentos, doenças ou tumores, o que prejudica a função cardiorrespiratória e limita a oxigenação.
O sistema nervoso, através dos neurônios, controla o metabolismo humano. Por isso, toda a maquinaria cardiorrespiratória recebe influência e controle provenientes de estruturas nervosas. Dessa forma, caso aconteça uma situação de alteração do sinal nervoso que chega ao coração e aos pulmões, o indivíduo tem grandes chances de entrar em choque.
Quais as causas?
Como visto anteriormente, diversas situações podem causar o choque. Geralmente, isso resulta na baixa disponibilidade de oxigênio para as células do corpo humano. A diminuição do volume de sangue — comum em hemorragias —, parada cardíaca — normalmente associada a infarto agudo do miocárdio —, e hipotensão são causas comuns de choque.
Tratamentos
O tratamento depende do tipo de choque. Choques hemorrágicos precisam de uma abordagem que reponha o volume sanguíneo, com sangue e soro. Choque séptico necessita de tratamento medicamentoso com antibiótico.
Medicação com agentes vasoativos podem também ser utilizados em alguns casos.
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