Quer saber mais sobre a Doença de Whipple? O Estratégia MED selecionou os principais tópicos para você. Vamos lá!
Navegue pelo conteúdo
O que é a Doença de Whipple?
Doença de Whipple é uma infecção causada pela bactéria Tropheryma whipplei, um bacilo Gram-positivo. É uma doença bastante rara com manifestação crônica, cujos sintomas podem perdurar por anos. Entretanto, a forma inicial de contaminação ainda não foi muito bem entendida, sendo provável a transmissão por fezes e saliva.
Em pacientes infectados já foram encontradas bactérias em diferentes partes do corpo, como articulações, olhos, sangue, músculos e presente nas fezes. Fato esse que demonstra a variedade de sintomas e manifestações que ela pode causar. Contudo, na maior parte dos casos registrados, foi observada a colonização do intestino delgado, relacionada com a maioria dos sintomas.
Dificilmente o diagnóstico de Doença de Whipple é proposto para pacientes sem queixas intestinais, já que o duodeno é o sítio mais importante de infecção por esse patógeno. Essas queixas relacionam-se a um estado de má absorção intestinal, o qual desencadeia uma série de sintomas.
Quando a bactéria atinge a mucosa intestinal, na região do duodeno, ocorre ativação de macrófagos. Eles são estimulados a gerar uma resposta inflamatória intensa, inclusive promovendo morte celular. Com isso, acontece a destruição das vilosidades, estruturas responsáveis pela absorção de nutrientes, que nesse quadro é prejudicada.
É uma doença com maior prevalência em homens brancos e a idade média de diagnóstico é de 55 anos. Normalmente, os trabalhadores rurais sofrem com essa enfermidade, já que a água parada nesses locais é o grande reservatório da doença.
Quais os sintomas da Doença de Whipple?
Os principais sintomas da Doença de Whipple estão relacionados à perda da função intestinal. Além disso, pode-se citar: perda de peso, dor abdominal e diarreia. Além disso, é frequente a queixa de dores articulares em pacientes com essa infecção. Quando não tratada, pode gerar sintomas neurológicos, como convulsões e alterações do comportamento.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, para constatar a presença da bactéria. Para isso, necessita-se de uma biópsia do intestino delgado, a qual pode ser feita por endoscopia alta ou, mais raramente, colonoscopia. Principalmente na endoscopia, já existem alterações perceptíveis e úteis para o diagnóstico.
Microscopicamente na biópsia, observam-se macrófagos com citoplasma granuloso e PAS-positivos infiltrados na lâmina própria intestinal. Além disso, a técnica de Imuno-histoquímica, com anticorpos específicos, pode ser usada para constatar a presença da bactéria. Um PCR positivo também comprova a infecção bacteriana na amostra intestinal.
Tratamento
O tratamento da Doença de Whipple é feito com antibióticos. Alguns fármacos têm se mostrado eficazes no combate à infecção, os principais são a Penicilina e a Ceftriaxona, que são administradas por acesso intravenoso, na dosagem de 2g por 2 a 6 semanas, normalmente. Segue-se, então, um longo tratamento por antibióticos via oral, por quase um ano.
Vale ressaltar que os sintomas podem desaparecer nas primeiras semanas de tratamento, mas o paciente deve continuar tomando os remédios pelo período proposto pelo médico, para que ocorra a eliminação total dessa bactéria do organismo.
Gostou do conteúdo? O blog do Estratégia MED tem esse e muitos outros textos que podem lhe ajudar na jornada médica. Além disso, o Banco de Questões MED e o Curso Extensivo para R1 e Revalida irão lhe auxiliar na preparação para as provas de Residência Médica. Não perca tempo, clique no banner abaixo e confira!