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O que é a Epilepsia?
A definição do que é epilepsia mudou muito ao longo dos últimos anos. Hoje, a epilepsia é definida como uma doença cerebral que tem como característica a predisposição constante de desencadear crises epilépticas. A recorrência de apenas uma crise, em conjunto com outros sinais observados nos exames de imagem, já é indicativo dessa doença.
As crises epilépticas, como as convulsões, apresentadas por essa doença, podem ocorrer em intervalos muito variados de tempo. Elas acontecem por conta de uma desregulação da atividade dos neurônios do cérebro todo ou de uma pequena parte específica dele. Uma das consequências clínicas possíveis dessa descarga e excitação é a convulsão.
A epilepsia é uma patologia bastante ampla. Como ela pode acontecer em diferentes porções do cérebro, a localização de cada descarga vai desencadear um sintoma ou uma manifestação clínica diferente, as chamadas crises epilépticas. Dessa forma, o que popularmente é chamado de convulsão é apenas a evidência de um possível tipo de epilepsia.
Descargas cerebrais elétricas em outras porções do córtex podem gerar crises epilépticas que não necessariamente pareçam uma convulsão. Algumas manifestações da epilepsia são bastante sutis como o olhar parado, a visualização de borrões coloridos ou até mesmo alguns movimentos repetidos.
Além disso, algumas outras desordens do organismo podem desencadear convulsões, como os tremores regulares intensos e salivação. Por isso, é importante investigar os seguintes fatores: síncope, distúrbios do sono, enxaqueca com aura, movimentos anormais, hipoglicemia e acidente vascular cerebral amnésico, já que esses podem ter manifestações parecidas.
O que causa a Epilepsia?
A epilepsia possui causas variadas, principalmente por conta dos seus diferentes tipos e da idade do paciente. Porém, todas elas estão relacionadas ao comprometimento das funções neuronais. As principais são:
- Acidente vascular cerebral, ou AVC, que pode deixar as células do cérebro sem oxigênio ou nutrientes suficientes para realizarem suas funções normais;
- Câncer cerebral ou até mesmo algum cisto — principalmente em pacientes adultos ou idosos;
- Falta de oxigênio no recém-nascido ou anóxia neonatal;
- Distúrbio de alguma função metabólica;
- Infecções, principalmente por bactérias ou vírus;
- Traumatismo por agentes físicos ou patológicos;
- Dependência ou abstinência de drogas; e
- Doenças genéticas neurológicas.
Portanto, a causa da epilepsia pode ser estrutural, infecciosa, metabólica, inflamatória, genética ou até mesmo desconhecida, todas elas provocando dano neuronal e desregulação da atividade elétrica cerebral.
Quais os sintomas da doença?
O sintoma mais comum e perceptível da epilepsia é a convulsão, entretanto, essa manifestação não é vista em todos os tipos de epilepsia, que podem apresentar os mais variados sintomas. Dentre eles, os mais comuns são:
- Crise tônico-clônica ou convulsão;
- Movimentos automáticos de alguma porção do corpo;
- Crise de ausência — mais comum na criança;
- Distúrbios dos sentidos, pode ocorrer no tato, paladar, olfato, audição e principalmente na visão;
- Salivação excessiva, que pode estar associada com alguns dos outros sintomas listados; e
- A diminuição da consciência que é comum durante algumas crises, o que pode fazer com que o indivíduo não se lembre do ocorrido.
Diferença entre Epilepsia e Crise Epiléptica
Epilepsia não é sinônimo de crise epiléptica. Epilepsia é uma doença muito ampla, com variados tipos de manifestações, causas e desordens neurológicas iniciais. As diferentes apresentações clínicas da epilepsia são as chamadas crises epilépticas, causadas por descargas elétricas no cérebro. Desse modo, a ocorrência de uma crise aponta para epilepsia.
Crise epiléptica também não é sinônimo de convulsão. Existem muitas formas diferentes de crise epiléptica — um sintoma importante da epilepsia — e uma delas é a convulsão. Por isso, a convulsão é um dos tipos possíveis de crise epiléptica.
Diagnóstico
O diagnóstico da epilepsia normalmente é feito por um médico neurologista. É necessária toda uma investigação de possíveis causas para as crises, assim como para a elucidação do tipo específico da manifestação da doença, já que isso ajuda no direcionamento do tratamento. Além disso, a investigação permite entender a porção cerebral afetada e desregulada.
Diversos fatores ajudam no diagnóstico como idade do paciente, início das crises, duração, intervalos entre as elas, o tipo de crise — que normalmente é descrito por um familiar que a presenciou —, história familiar e os antecedentes pessoais.
Por fim, diante da suspeita de epilepsia, alguns exames são frequentemente solicitados. O principal deles é o Eletroencefalograma, que avalia a atividade elétrica do cérebro, normalmente evidenciando possíveis alterações de excitação e inibição neuronal. Exames de imagem como tomografia e ressonância da cabeça também ajudam no diagnóstico.
Tratamento
A epilepsia é uma doença que pode ser tratada. Os fármacos antiepilépticos possuem um potencial grau de sucesso. Cerca de 70% dos pacientes têm suas crises controladas eficazmente por essas drogas. A escolha do fármaco — já que há mais de 20 no Brasil — é feita pelo médico levando em conta diversos fatores e dados.
Os principais fármacos antiepilépticos utilizados são: carbamazepina, fenobarbital, lamotrigina, ácido valpróico, entre outros. Uma mudança da dieta alimentar também é indicada em alguns casos.
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