Quer aprender mais sobre a faringite, doença muito prevalente na prática médica? Leia o artigo que o Estratégia MED elaborou especialmente para você!
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Dicas do Estratégia MED para provas
Caso precise focar nos principais temas sobre a faringite, atente para os seguintes tópicos:
- Quadro clínico e principais agentes etiológicos
- Complicações
- Tratamento da faringite
Definição da doença
Faringite é uma infecção autolimitada que acomete a faringe e é uma das principais infecções de vias aéreas superiores, em especial entre crianças. É uma doença bastante prevalente na prática clínica.
Etiologia da faringite
Em cerca de 75% dos casos em crianças abaixo de 2 anos, a etiologia da faringite é viral, entretanto essa prevalência cai ao longo do tempo. Os principais agentes etiológicos são o adenovírus e o rinovírus. Também o Herpes simplex e o vírus Epstein-Barr podem se manifestar como faringites.
Entretanto, as faringites de etiologia bacteriana têm especial importância, não devido ao seu quadro clínico, que também é autolimitada, mas pelas possíveis complicações não supurativas quando a doença é causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A.
Além do estreptococo do grupo A, outros agentes bacterianos que podem causar faringite são estreptococos do grupo C e G, Mycoplasma pneumoniae, e Chlamydia pneumoniae.
Manifestações clínicas da faringite
O quadro clínico da faringite envolve dor de garganta, disfagia, febre e linfonodomegalia dolorosa. Outros sintomas que podem estar presentes são náuseas, vômitos e cefaleia.
Entretanto, a grande preocupação da faringite de etiologia bacteriana são as complicações não supurativas quando o agente é o estreptococo beta-hemolítico do grupo A. Essa bactéria é responsável por cerca de 20% das faringites agudas em crianças e adolescentes.
As principais complicações não supurativas tardias que podem ser citadas são a febre reumática e a glomerulonefrite aguda. A primeira tende a ser mais grave no longo prazo, caso haja acometimento cardíaco, pois é causa comum no nosso meio de valvopatias e, consequente, de insuficiência cardíaca.
Diagnóstico da faringite
O diagnóstico, além da história clínica compatível, inclui exame físico com orofaringe hiperemiada, edema de mucosas, presença de exsudato e pontos purulentos e palpação de linfonodos submandibulares aumentados e dolorosos.
A fim de se ter certeza da etiologia estreptocócica, é necessário realizar a cultura de secreção da orofaringe ou a detecção de antígeno, também chamado de teste rápido.
Os testes rápidos disponíveis para detecção de estreptococos do grupo A são o imunoensaio enzimático, imunoensaio óptico e sonda de DNA. Tem excelente especificidade, porém a sensibilidade pode variar entre 60 a 90%.
Tratamento da faringite
Para todos os casos é conveniente o tratamento sintomático, com analgésicos e antitérmicos, hidratação e boa alimentação, que, muitas vezes, precisa ser ajustada para alimentos pastosos, devido à dificuldade ao ingerir alimentos sólidos.
No entanto, a utilização de antibioticoterapia nos casos de faringite estreptocócica é obrigatória, visto o risco das complicações não supurativas, que podem afetar a qualidade de vida do paciente.
Nesse caso, o antibiótico de escolha é a Penicilina G-benzatina em dose única de 600.000 UI para crianças com menos de 20 kg e de 900.000 a 1.200.000 UI para as acima desse peso. Outra alternativa de tratamento é a amoxicilina oral, 40 mg/kg/dia, três vezes ao dia, durante 10 dias.
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Referências bibliográficas:
- Tratado de otorrinolaringologia / organização Shirley Shizue Nagata Pignatari , Wilma Terezinha Anselmo-Lima. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2018.