Gastrite: o que é, sintomas e muito mais!

Gastrite: o que é, sintomas e muito mais!

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O que é gastrite?

Gastrite é um termo amplo que causa bastante divergência entre paciente, clínico e endoscopistas. Em um sentido mais estrito, gastrite é qualquer inflamação do estômago, entretanto para as pessoas em geral, trata-se de qualquer desconforto estomacal. De maneira mais objetiva, neste artigo trataremos como gastrite a presença de lesão do epitélio do estômago associada à regeneração da mucosa gástrica, na vigência de inflamação do tecido.

Causas

As gastrites podem ser classificadas em agudas ou crônicas, o que ajuda o clínico a raciocinar sobre as possíveis causas que desencadearam a afecção no paciente. As agudas surgem de maneira súbita, têm curta duração e normalmente são transitórias. 

A forma aguda de gastrite pode ser causada por infecções bacterianas e virais que acometem o estômago, em especial na síndrome de gastroenterocolite aguda – trata-se de uma forma bastante comum no período de verão e em locais com saneamento básico inadequado. Em pessoas com imunodeficiências, é possível a infecção pelo fungo Candida albicans. Outra causa da forma aguda são lesões ulceradas no estômago, que podem causar hemorragia digestiva alta. Existem também as afecções de origem química, como a que ocorre com o uso abusivo de álcool e as de origem medicamentosa, que surge com o uso de AINEs – anti-inflamatórios não esteroides

Já a gastrite crônica é aquela que apresenta infiltrado inflamatório mononuclear no exame histológico, que pode acometer a mucosa do corpo gástrico, do antro ou de ambas. Existem dois padrões básicos – a associada ao Helicobacter pylori e as que não se associam a essa condição. 

A infecção por H. pylori é uma das mais prevalentes entre os seres humanos e é responsável por cerca de 95% das gastrites crônicas. Sua evolução depende tanto de fatores do hospedeiro, quanto do microrganismo, de maneira que não é possível estabelecer um prognóstico único para todas as pessoas. Essa bactéria pode causar lesões diretamente nas células epiteliais por enzimas e toxinas que produz ou pela própria resposta inflamatória do hospedeiro

Existe também a gastrite autoimune ou atrófica, que produz anticorpos, anti-células parietais e anti-fator intrínseco, o que provoca secreção insuficiente de fator intrínseco e de ácido na luz estomacal, promovendo a queda de absorção da vitamina B12 e, consequentemente, sua deficiência, o que resulta no surgimento de anemia perniciosa.

Outras causas mais raras dessa condição que podem ser citadas são a gastrite granulomatosa – que pode ter diversas causas, como doença de Crohn, sarcoidose e tuberculose -, a eosinofílica e a linfocítica

Sintomas de gastrite

A gastrite, em grande parte dos pacientes, é assintomática, em especial na causada pela H. pylori. Quando existem sintomas, tanto nas formas agudas, quanto nas crônicas, os principais sintomas são: dor ou desconforto epigástrico, náuseas, vômitos e halitose. Na causa autoimune, é preciso lembrar dos sintomas da anemia perniciosa, como fraqueza, dor de cabeça, formigamento nas mãos e nos pés e inchaço da língua

Diagnóstico

A partir da anamnese e exame físico compatíveis com a gastrite, o diagnóstico só é confirmado com a realização de exame histológico da mucosa gástrica, que é realizado por biópsia feita durante endoscopia digestiva alta, exame capaz de avaliar a integridade da mucosa gástrica.

Tratamento

As gastrites assintomáticas não devem ser tratadas, de modo que só faz sentido o tratamento na presença de dispepsia – dor, distensão abdominal, sensação de empachamento -, de sangramento digestivo ou de deficiência de vitamina B12. 

Aquelas causadas por medicamentos e por  agentes químicos devem ser abordadas com a suspensão da substância causadora da lesão. No caso de infecções oportunistas, deverá ser instituído tratamento direcionado ao agente etiológico. A erradicação da H. pylori está indicada para pacientes com úlceras pépticas, dispepsia associada a esse agente, linfoma de MALT e câncer gástrico precoce. Para isso, o tratamento de primeira linha é a associação de amoxicilina 1g + claritromicina 500mg + omeprazol 20mg a cada 12 horas durante 14 dias. Por fim, na gastrite atrófica não existe tratamento resolutivo, sendo que é necessária a reposição de vitamina B12 por via parenteral por toda a vida.

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