Como vai, futuro Residente? O vírus da Herpes pode causar diversas manifestações diferentes que são muito importantes para o seu conhecimento na prática clínica. Por isso, nós do Estratégia MED preparamos um resumo com tudo o que você precisa saber sobre o assunto para garantir sua vaga nos melhores concursos! Para saber mais, continue a leitura. Bons estudos!
Navegue pelo conteúdo
Introdução
Os vírus da Herpes pertencem à família Alphaherpesvirinae, e causam duas doenças distintas: a herpes simples, pelo HSV-1 e HSV-2 e a varicela-zóster, pelo VVZ. Vamos falar especificamente sobre elas.
Herpes simples
A herpes simples é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus Herpes simplex. Seu primeiro contato com o organismo humano geralmente ocorre durante a infância, o que chamamos de infecção primária, mas se mantém inativo até que sofra uma reativação por alguns fatores desencadeantes, como exposição solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a imunidade, causando episódios recorrentes de 2 a 8, ou mais, vezes por ano.
Pode ser causada por dois subtipos do vírus, o HSV-1, que causa manifestações orais, ou o HSV-2, que causa manifestações genitais.
É uma doença infecciosa viral comum, em que cerca de 99% da população adulta tenha tido contato com o vírus na infância ou adolescência e adquirido imunidade, conferindo resistência ao vírus durante toda a vida.
Transmissão
O HSV-1 pode ser transmitido via oral, por beijo ou toque, causando lesões nos lábios, dentes e gengivas, por via sexual por contato sexual-oral, causando herpes genital, ou ainda pode ser assintomático.
Essa transmissão ocorre pelo contato direto entre pele ou mucosa infectada, secreções vaginais, penianas, anais ou orais de pessoas infectadas, ou ainda por contato indireto, como em assentos sanitários, piscinas, banheiras ou toalhas úmidas. Além disso, mães infectadas podem transmitir para o bebê durante ou depois do parto.
Manifestações clínicas
Suas principais manifestações incluem lesões orais e/ou genitais, dependendo do subtipo do vírus (1 ou 2), podendo surgir durante episódios de febre devido a outras doenças, após exposição solar inadequada e sem proteção, e em período perimenstrual nas mulheres.
Inicialmente o paciente relata sensação de dor, ardência e formigamento, seguidas da formação de pequenas vesículas agrupadas que progridem para ulcerações cobertas de crostas, seguidas da re-epitelização da pele/mucosa. Geralmente, as manifestações, em indivíduos saudáveis, duram de 7 a 14 dias.
Na infecção primária podem estar associados sintomas como febre, cefaléia, aumento dos gânglios, rigidez nucal, disúria e secreção vaginal, enquanto que nos episódios recorrentes os sintomas geralmente são muito leves ou ausentes.
Diagnóstico e tratamento
Seu diagnóstico é primordialmente clínico, mas pode ser realizada uma raspagem para análise microscópica do conteúdo das lesões. Nos casos de infecção primária, podem ser realizadas cultura viral e sorologia.
O tratamento deve ser iniciado o quanto antes com o uso de antivirais orais.
Prevenção
Por ser facilmente transmissível, é importante que durante um surto de herpes o paciente tome alguns devidos cuidados:
- Evitar beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente crianças;
- Evitar relações sexuais se houver herpes genital, especialmente desprotegidas;
- Lavar bem as mãos após manipular as feridas.
Herpes-zoster e varicela
A herpes-zóster e a varicela são ambas causadas pelo vírus da Herpes, o vírus VZV, ou HSV-3.
A varicela é decorrente da infecção primária, e por isso é muito mais frequente em crianças, enquanto que a herpes-zoster ocorre por uma reativação do vírus após a primeira ocorrência da varicela, sendo mais comum em idosos. Os fatores que podem reativar o vírus são: baixa imunidade, estresse, câncer, trauma local, doenças crônicas, cirurgias da coluna e sinusite frontal.
Manifestações clínicas
Entre os principais sintomas da herpes-zóster está a dor, que costuma preceder o surgimento das lesões e pode persistir até semanas ou meses após o desaparecimento das mesmas.
As lesões caracterizam-se por vesículas em trajeto linear, que acometem tronco, face ou membros, e costumam ser do mesmo lado do corpo, sem atravessar a linha média. Quando ativas, essas lesões são infectantes.
Diagnóstico e tratamento
Seu diagnóstico, assim como da herpes simples, é clínico, mas podem ser realizados alguns testes sorológicos para diagnóstico diferencial de outras patologias.
O uso de antivirais (aciclovir) é indicado apenas para casos com risco de agravamento, e em casos sem riscos devem ser prescritos apenas medicamentos sintomáticos, como antitérmicos, analgésicos e anti-histamínico sistêmico, além da recomendação de higienização da pele com água e sabonete e corte adequado das unhas.
Prevenção
As principais medidas de prevenção e controle contra o vírus do Varicela Herpes-Zóster são:
- Vacinação – indicada para pessoas com mais de 50 anos, pois pode reduzir os surtos em até 50%;
- Higienização das mãos após contato com as lesões;
- Isolamento;
- Desinfecção;
- Imunoprofilaxia em surtos de ambiente hospitalar.
Quando suspeitar de varicela?
Em casos de pacientes com quadro discreto de febre moderada, de início súbito com duração de 2 a 3 dias e sintomas inespecíficos, associados a erupção cutânea em vesículas em face, couro cabeludo ou tronco, são suspeitos de varicela.
Gostou do conteúdo? Não se esqueça de fazer parte do time Estratégia MED acessando a nossa plataforma! Lá você encontra tudo o que precisa sobre diversos temas para as provas de Residência Médica, com acesso às videoaulas, resumos, materiais, simulados, bancos de questões e muito mais exclusivamente para você, futuro Residente! Não deixe de conferir!
Não se esqueça de compartilhar com um amigo futuro residente também. Afinal, quem estuda junto, passa junto!