Resumo de síndrome de Estocolmo: diagnóstico, tratamento e mais!

Resumo de síndrome de Estocolmo: diagnóstico, tratamento e mais!

A síndrome de Estocolmo é uma condição de difícil compreensão e que já foi referências de muitos filmes e séries internacionais, como a própria personagem “Estocolmo” da série La Casa de Papel. Esta condição representa o vínculo de confiança e afeto criado pelas vítimas com seus sequestradores.  

Existem vários relatos de casos posteriores de sequestros em que a vítima criou relações de afeto com seus captores, alguns até objeto de estudos. Confira agora os principais aspectos referentes a esta síndrome. 

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Seu tempo é precioso e sabemos disso. Se for muito escasso neste momento, veja abaixo os principais tópicos referentes à síndrome de Estocolmo. 

  • É considerada um estado de autopreservação pelas vítimas de sequestros ou qualquer crime estressante e limitador do direito de ir e vir. 
  • Não é considerada uma patologia, por isso não é descrita no DSM-IV ou CID-10. 
  • Especula-se que esse vínculo se desenvolve como parte do mecanismo de defesa da vítima para permitir que ela simpatize com seu sequestrador. 
  • Não existem evidências que esta síndrome possa exigir tratamento específico ou ter implicações de longo prazo para a saúde mental de suas vítimas. 
  • A literatura existente é muito restrita, inclusive para apoiar sua existência, mas estudos de caso demonstram um possível padrão nessa vítimas.  

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Definição da doença

O termo síndrome de Estocolmo surgiu na Suécia em 1973 após uma assalto a banco no país. Na época, quatro funcionários do Sveriges Kreditbank foram mantidos como reféns no cofre do banco por seis dias. 

Durante o impasse, um vínculo se desenvolveu entre cativo e captor, fazendo com que uma das funcionárias até ligasse para o primeiro-ministro sueco afirmando que confiava plenamente nos ladrões, mas temia morrer em um ataque policial ao prédio.  

Em homenagem ao referido episódio na Suécia, o termo “síndrome de Estocolmo” tem sido usado para descrever o vínculo emocional que uma vítima de sequestro ou abuso pode desenvolver em relação ao seu agressor. 

Atualmente é considerada pela criminologia como um estado de autopreservação por parte de algumas vítimas de sequestros ou qualquer crime estressante e limitador do direito de ir e vir,  que passa a criar laços de afeto e apreço com seu algoz. 

Especialistas em saúde mental não reconhecem a síndrome de Estocolmo como um distúrbio oficial de saúde mental. Como resultado, não está listado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) ou CID-10. 

Epidemiologia e fisiopatologia da síndrome de Estocolmo

A Síndrome de Estocolmo é mais comum em sequestros, mas até o momento existem poucos estudos sobre a frequência desta síndrome entre vítimas de sequestro ou seus efeitos a longo prazo em sua saúde mental. 

Existem algumas teorias para o desenvolvimento desta síndrome. Uma delas é que seja resultado da situação de desamparo e submissão extremados, fazendo com que qualquer ação não malfeitora por parte do agressor seja vista pelo paciente como bondade. 

Especula-se também que esse vínculo se desenvolve como parte do mecanismo de defesa da vítima para permitir que ela simpatize com seu sequestrador, levando a uma aceitação da situação, limitando desafio⁄agressão ao captor e, assim, manter a sobrevivência em um cenário potencialmente de alto risco. 

O ponto final dessas teorias seria uma situação extrema que faz com que a vítima se apegue a esses momentos e que crie a partir deles esperança e sentimentos positivos pelo abusador. 

Manifestações clínicas da síndrome de Estocolmo

O quadro é marcado pela identificação emocional da vítima com o agressor, inicialmente como modo de defesa, por medo de retaliação ou violência por parte dos mesmos. Muitas vezes a vítima auxilia os seus abusadores e os coloca em situação de risco. 

Algumas vezes o vínculo é tão grande, que se torna um grande desafio para os profissionais de saúde e de segurança em identificar as vítimas, pois o vínculo traumático permanece muitas vezes após o término do crime. 

Porém, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação. Parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado.

Manejo da síndrome de Estocolmo

Os órgão de saúde mental e especialistas não consideram a síndrome de Estocolmo como um distúrbio oficial de saúde mental. Por este motivo, não há critérios diagnósticos para tal condição. 

No entanto, a literatura existente sobre o assunto é muito restrita atualmente, inclusive para apoiar sua existência, mas estudos de caso demonstram um possível padrão de risco nessas vítimas. Por este motivo, existem poucos estudos baseados em relatos de casos que trazem poucas evidências de que a síndrome de Estocolmo descreve uma síndrome psiquiátrica específica.

Além disso, há pouca base científica para apoiar algum tratamento específico ou que atribua a síndrome de Estocolmo implicações de longo prazo para a saúde mental ou seja fator de risco para desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático ou outros transtornos mentais em suas vítimas.  

O apoio psicológico é indicado para essas vítimas, mas como estratégia de prevenção ou tratamento do transtorno de estresse pós-traumático ocasionado pelo evento estressor.  

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Veja também:

Referências bibliográficas:

  • Narfin R. Ly. Stockholm syndrome. Rev Infirm. 2012 Feb;(178):49-50. French. PMID: 22400406. Disponível em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22400406/
  • LAMBERT, Laura. “Síndrome de Estocolmo”. Enciclopédia Britânica , Data Inválida, https://www.britannica.com/science/Stockholm-syndrome.
  • Crédito da imagem em destaque: Pexels
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