Tofacitinibe: conheça o medicamento produzido pela Pfizer que reduz em 37% risco de morte por Covid-19

Tofacitinibe: conheça o medicamento produzido pela Pfizer que reduz em 37% risco de morte por Covid-19

Um estudo realizado no Brasil pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa, do Hospital Israelita Albert Einstein, em conjunto com a Pfizer, mostrou que o ​tofacitinibe – vendido como Xeljanz – reduz em quase 40% a mortalidade de pacientes hospitalizados com Covid-19. Se você quer saber mais sobre essa novidade, não saia deste artigo do Estratégia MED!

Sobre o estudo

A pesquisa realizada no Brasil, durante 28 dias, teve apoio da Pfizer e utilizou as Boas Práticas Clínicas e os princípios da Declaração de Helsinque. O estudo abrangeu 289 pacientes adultos que estavam internados em 15 diferentes instituições de tratamento em todo País. 

Como resultado, os pacientes que receberam o tofacitinibe via oral (18,1%) tiveram menor ocorrência de falência respiratória e óbitos, reduzindo esses episódios em 37%. Já aqueles que receberam placebo (29%) não geraram o mesmo resultado.

É importante ressaltar que o fármaco foi administrado nos três primeiros dias após a internação da pessoa e grande parte desses pacientes já apresentava um quadro de pneumonia causada pela Covid-19. Outro ponto essencial desse estudo é que 89,3% dos pacientes estavam sendo medicados com os glicocorticoides, ou seja, o tratamento já utilizado nos hospitais não foi descartado.

O medicamento

O tofacitinibe costuma ser o medicamento utilizado nos tratamentos de retocolite ulcerativa, artrite reumatoide e artrite psoriásica. O fármaco é administrado em pacientes no segundo estágio da evolução da Covid-19, logo após o aparecimento dos primeiros sintomas e, consequentemente, da resposta inflamatória do organismo, que acaba lesionando o pulmão e os rins. 

Ao entrar em contato com o vírus, o fármaco aciona o sistema imune e assim impede uma resposta inflamatória tão agressiva. Tanto os pacientes que receberam os medicamentos quanto aqueles que receberam placebo tiveram efeitos adversos parecidos.

Mesmo com o resultado positivo, o médico e coordenador da pesquisa, Otavio Berwanger, alerta que o ​tofacitinibe não é uma cura e nem vai resolver tudo, mas que o resultado é muito importante para o cenário atual e para a ciência.

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