ResuMED de indicadores de morbidade: incidência, prevalência e mais!
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ResuMED de indicadores de morbidade: incidência, prevalência e mais!

Bom dia, boa tarde e boa noite futuro residente! Se você está estudando para a prova de residência, saiba que é necessário dominar os indicadores de morbidade, pois é um dos temas mais cobrados em sua prova. Pesquisas revelam que 8,6% das questões de medicina preventiva englobam medidas de saúde coletiva e metade dessas são sobre indicadores de morbidade. Esse tema irá estar na sua prova! 

Para saber tudo sobre esse tema e muito mais acesse o conteúdo sobre indicadores de morbidade do Estratégia MED. Veja o texto a seguir e vamos começar nesse mundo da epidemiologia!

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Indicadores de morbidade

Os indicadores de morbidade são indicadores que quantificam a carga de doença. Dessa forma, é por meio deles que iremos estudar a população doente, seja por casos antigos ou casos novos. 

Nós podemos avaliar a morbidade vendo apenas uma doença, por meio do chamado coeficiente de morbidade específica, ou de maneira geral, o coeficiente de morbidade geral. Mas, não se preocupe, nossa equipe avaliou mais de 130.000 questões e, destas, haviaapenas uma questão mencionando o coeficiente de morbidade geral. Dessa forma, iremos focar nos coeficientes de morbidade específica: incidência e prevalência

Incidência 

O primeiro coeficiente de morbidade específica que iremos estudar será a incidência. Ela mede o número de casos novos em relação à população suscetível! Dessa forma, é muito importante observar que casos de pessoas já doentes não entram na conta. Assim, avalia-se a mudança de status de saudável para enfermo em um determinado período de tempo

Vejamos um exemplo a seguir: 

Iremos calcular a incidência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) em uma empresa na cidade de São Paulo. Nessa empresa, no início de 2019, havia 10.000 funcionários, dentre os quais 1.000 deles já foram diagnosticados com   hipertensão. Ou seja, temos 9.000 funcionários suscetíveis a desenvolver Hipertensão. 

  • No final de 2019, observamos que o total de empregados com Hipertensão somava 1.600. Portanto, a incidência de HAS em 2019 foi de 6,67%. (600 casos novos /9.000 pessoas suscetíveis). 
  • Durante o ano de 2020, ninguém foi demitido ou contratado. No final de 2020, observamos um total de 2.440 funcionários com HAS. Logo, a incidência de HAS em 2020 foi de 10% – 840 casos novos/8.400 pessoas suscetíveis. 

Vamos agora explorar os principais tipos de incidência que, certamente, estarão na sua prova: incidência acumulada, densidade de incidência e coeficiente de ataque

Incidência acumulada

A incidência acumulada, também conhecida como coeficiente de incidência, representa o cálculo de incidência em populações estáticas. Analisando o nosso exemplo anterior, a população de funcionários da empresa sempre manteve o mesmo. Dessa forma, podemos assumir que a incidência acumulada representa o risco médio de se contrair a doença

Densidade de incidência 

A densidade de incidência representa o cálculo de incidência em populações dinâmicas. Dessa forma, diferente de nosso exemplo, a população em risco apresenta muita diferença de tempo de acompanhamento. Como não há o mesmo tempo de exposição, o denominador irá representar o tempo total que a população ficou exposta. 

Futuro residente: tome nota e não se confunda; se nos referirmos à população estática, então estamos tratando de incidência acumulada. Se nos referirmos à população dinâmica, então estamos tratando de densidade de incidência. 

Coeficiente de ataque 

O coeficiente de ataque é um nome diferente para a incidência acumulada, especificamente, quando  a incidência é gerada por um surto. No surto, toda a população suscetível está exposta a um insulto ao mesmo tempo

Importante destacar que há diferença entre coeficiente de ataque e taxa de ataque, porém as provas irão usá-las como sinônimos! Cuidado!

Prevalência

O nosso segundo indicador de morbidade estudado será a prevalência. Ela mede o total de número de casos em uma região. Dessa forma, é muito importante observar que ela não permite avaliar a evolução no tempo ou mudança de status. Por isso, ela não avalia risco

Algo muito importante na interpretação da prevalência é o fato dela ser uma medida pontual. Portanto, devemos sempre ficar atentos ao exato período no tempo que está sendo avaliado, pois  a avaliação equivocada do período exato pode resultar em erros inadvertidos, ou seja, que podem ser evitados com um pouco de atenção. 

Tome nota, porque diversas questões do seu processo seletivo irão perguntar qual a prevalência, mas exigirão a contabilização da mudança de número de pessoas com a doença. Vejamos um exemplo: 

Em uma determinada cidade, no dia 1º de janeiro de 2021, havia 100.000 habitantes e desse número, 10.000 estavam com tuberculose. Logo, chegamos a uma prevalência de 10%. 

Durante o ano de 2021, tivemos um total de 2.000 casos, com 1.000 óbitos e 3.000 pacientes curados. Assim, no início de 2022, teremos um total de 8.000 casos, com prevalência de 8%. 

Diferenciando incidência e prevalência

Preste atenção nas diferenças entre estes dois indicadores de morbidade. Dominar esses conceitos será importantíssimo em sua prova! 

  • Incidência é a medida de casos novos em população suscetível; e
  • Prevalência é a medida de todos os casos em uma população.

Portanto, a  primeira mede risco, já que avalia os casos no tempo, enquanto a segunda é um retrato pontual. A seguir, uma imagem que ilustra essa diferença: uma avaliação em apenas um intervalo de tempo e outra avaliação por uma duração de tempo. 

Relações entre incidência e prevalência

Para melhor compreensão dos indicadores de morbidade devemos sempre pensar nos fatores que influenciam a incidência e prevalência, além de pensar como eles se relacionam entre si. Há uma fórmula matemática que correlaciona ambos: 

Atente-se, futuro residente, pois nem sempre uma maior incidência resulta em maior prevalência e vice-versa. Isso porque, principalmente em doenças infecto-contagiosas, a duração das enfermidades podem ser curtas. Nesses casos, há muitos óbitos ou resolução espontânea. Já em doenças crônicas, às vezes, existe uma incidência baixa com alta prevalência, já que tais patologias sempre duram muitos anos. 

Complementando nosso raciocínio, quaisquer fatores ambientais que influenciem a população estudada também devem ser levados em consideração. Nesse caso, os principais fatores são: emigração, imigração, óbitos, curas e letalidade

Aprendeu tudo sobre indicadores de morbidade, incidência e prevalência, futuro residente? Para mais conteúdo como esse e um enorme banco de questões, acesse o nosso site e faça parte da nossa turma!

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Veja também:

Referências Bibliográficas 

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