Anatomicamente o sistema reprodutor masculino é formado por estruturas internas (testículos, epidídimo, canais deferentes e próstata) e as estruturas externas (escroto e o pênis), com a função de produzir andrógenos, como a testosterona, que mantêm a função reprodutiva masculina promovendo a espermatogênese e o transporte para o sistema reprodutor feminino para fertilização.
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Embriologia e anatomia do sistema reprodutor masculino
A definição do sexo masculino é determinado pela presença do cromossomo Y, que leva a formação dos testículos e produção de testosterona, hormônio essencial para desenvolvimento da estrutura sexual masculina.
Os testículos desenvolvem células de Sertoli que produzem o hormônio da substância inibidora Mulleriana (SIM) para induzir a regressão dos ductos Mullerianos, que formam o trato reprodutivo feminino. Os testículos também desenvolvem células de Leydig que produzem testosterona, o principal andrógeno masculino. A testosterona também estimula o desenvolvimento dos ductos de Wolff no feto masculino, que se tornam os testículos, epidídimo, canais deferentes e vesículas seminais.
Os testículos inicialmente se desenvolvem na parede abdominal e descem para o escroto com o avançar do desenvolvimento embrionário ou no período pós-natal imediato.
#Ponto importante: Criptorquidia é a condição em que um ou ambos os testículos não descem para o saco escrotal.
Os testículos atuam como órgãos endócrinos e exócrinos pois são responsáveis pela produção de andrógenos e produção e transporte de espermatozoides. Eles são parcialmente cobertos pela túnica vaginal, onde internamente há uma cápsula fibrosa branca composta de tecido conjuntivo denso não modelado – a túnica albugínea, que se estende para dentro e forma septos que dividem cada testículo na série de compartimentos internos chamados lóbulos. Cada um dos 200 a 300 lóbulos contém 1 a 3 túbulos densamente espiralados, os túbulos seminíferos, onde são produzidos os espermatozoides.
Os espermatozoides são imóveis inicialmente e são liberados nos túbulos para viajar até o epidídimo para maturação. O epidídimo é uma estrutura enrolada que consiste em uma cabeça, corpo e cauda, que se junta ao ducto deferente fornecendo uma saída para a ejaculação de espermatozoides maduros.
Fisiologia do sistema reprodutor masculino
O sistema reprodutor masculino é comandado para o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, onde o hipotálamo secreta GnRH no sistema portal hipotálamo-hipofisário para estimular a hipófise anterior a liberar FSH e LH.
Esses hormônios liberados no sangue pela hipófise são gonadotrópicos e atuam nos receptores de membrana nas células de Leydig e Sertoli dos testículos, respectivamente.
A função do LH é estimular as células de Leydig dos testículos a produzir testosterona a partir do colesterol. Isso passa a produzir dois intermediários andrógenos fracos principais, a dehidroepiandrosterona (DHEA) e androstenediona, que serão convertidos pela enzima 17-beta-hidroxiesteróide desidrogenase em testosterona.
O FSH se relaciona com a produção de esperma, liberação de inibina B e hormônio anti mulleriano através da estimulação das células de Sertoli. A inibina serve como controle de feedback negativo que as células de Sertoli exercem no sistema hipotálamo-hipofisário para diminuir a liberação de FSH. Além disso, o FSH auxilia no fornecimento de testosterona às células germinativas durante a espermatogênese.
Espermatogênese
A formação do esperma é iniciado na puberdade. Um espermatozoide maduro consiste em uma cabeça, peça intermediária e cauda. O primeiro estágio da espermatogênese começa com a mitose da espermatogônia diploide em espermatócitos primários. Esses espermatócitos sofrem meiose I para produzir espermatócitos secundários haploides, que sofrem meiose II para formar espermátides haploides.
#Ponto importante: Cerca de 300 milhões de espermatozoides amadurecem por dia.
Após redução do citoplasma, essas espermátides transformam-se em espermatozoides por redução do citoplasma e são enviados para o epidídimo para maturação, o que leva cerca de 12 dias para amadurecer e desenvolver motilidade. Eles são então armazenados na cauda do epidídimo até que ocorra a ejaculação.
Sistema reprodutor masculino: mecanismo de ejaculação
Durante a excitação sexual (física ou psicológica), a vasodilatação leva sangue ao pênis. O pênis contém corpos cavernosos e um corpo esponjoso onde o sangue flui para aumentar e o erigir. À medida que a estimulação sexual continua, o sangue continua a fluir para os órgãos genitais e os testículos aumentam em preparação para a ejaculação.
A figura 1 traz todo o trajeto anatômico a partir da saída dos testículos. A ejaculação ocorre através das contrações do músculo liso do epidídimo que empurram o esperma para o ducto deferente (vaso deferente) que fica no cordão espermático.
O ducto deferente entrega o esperma ao ducto ejaculatório, unindo-se ao ducto da vesícula seminal próximo à próstata. As vesículas seminais produzem frutose, que fornece energia para a motilidade dos espermatozoides e é liberado dentro de um fluido que se mistura com o esperma para formar o sêmen. Uma vez no ducto ejaculatório, o sêmen passa pela próstata que secreta um fluido alcalino ajudando a engrossar o sêmen para que o esperma possa permanecer melhor no sistema reprodutor feminino.
O sêmen então passa pelas glândulas bulbouretrais ou glândulas de Cowper, que liberam um líquido espesso que lubrifica a abertura uretral e limpa a uretra de qualquer resíduo de urina, e então, é ejaculado.
Veja também:
- Resumo de Anatomia e embriologia do sistema reprodutor feminino
- Resumo de glândulas de Tyson: diagnóstico, tratamento e mais!
- Resumo de epididimite aguda: diagnóstico, tratamento e mais!
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- Resumo técnico de balanopostite:
- Resumo de hidrocele: diagnóstico, tratamento e mais!
Referências bibliográficas:
- Gurung P, Yetiskul E, Jialal I. Physiology, Male Reproductive System. [Updated 2022 May 8]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2023 Jan-. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK538429/
- TORTORA, Gerard J.. Principios de anatomia e fisiologia . 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, 950 p.
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