Quer saber mais sobre Toxoplasma gondii? O Estratégia MED separou para você as principais informações sobre o assunto. Acompanhe este texto e descubra!
Navegue pelo conteúdo
O que é Toxoplasma gondii?
Toxoplasma gondii é um protozoário do filo Apicomplexa e é o agente causador da toxoplasmose em humanos. Seu hospedeiro definitivo são os felinos, enquanto os intermediários, são outros animais.
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma zoonose presente em todo o planeta Terra e em diversas regiões do globo a prevalência da infecção pelo Toxoplasma gondii é bastante alta. Vale ressaltar que há diversas distinções entre toxoplasmose e a infecção latente por Toxoplasma gondii.
Ciclo biológico do Toxoplasma gondii
Para entendermos melhor como se dá a infecção pelo Toxoplasma gondii em humanos, é fundamental a compressão do ciclo biológico desse protozoário.
Nos felinos, ocorre a reprodução sexuada destes protozoários. A partir disso são produzidos os oocistos, que são eliminados pelas fezes do animal contaminado. Esses oocistos podem contaminar terra, vegetais, água, entre outros.
Quando o ser humano tem contato com alimentos ou água contaminada pelos oocistos, estes liberam esporozoítos, que se diferenciam nos humanos em taquizoítos e invadem diversas células. Além disso, eles se reproduzem assexuadamente de forma bastante rápida, pela formação dos vacúolos parasitóforos dentro das células.
Essa rápida reprodução ativa o sistema imunológico, que por meio da resposta humoral e celular, consegue frear a reprodução dos taquizoítos. Assim, a infecção em pessoas imunocompetentes se torna latente com a presença de uma nova forma do Toxoplasma gondii, o bradizoíto.
Sintomas da toxoplasmose
A maioria das infecções agudas — em torno de 80 a 90% — acaba por ser assintomática ou oligossintomática em pessoas imunocompetentes, evoluindo na sequência para uma infecção crônica latente. No entanto, quando sintomática, a infecção se manifesta como uma linfadenomegalia febril, com o aumento de diversas cadeias linfonodais.
É possível também que haja outras manifestações, tais como: hepatoesplenomegalia, cefaleia, cansaço e dores musculares. Nos imunocompetentes, a evolução geralmente é boa e o curso da doença é autolimitado.
Entretanto, há uma forma mais grave, relacionada a algumas cepas de Toxoplasma gondii, que é a toxoplasmose ocular, que tipicamente se manifesta por uma coriorretinite focal necrosante.
Já em pessoas imunodeprimidas, como pacientes com AIDS ou imunossuprimidos, a toxoplasmose é bem menos indolente. Nesses pacientes, uma forma relativamente comum de manifestação da toxoplasmose é a encefalite, seguida da toxoplasmose ocular.
A encefalite, conhecida como neurotoxoplasmose, pode causar déficit motor, afetar os pares de nervos cranianos, disfunção cerebelar, síndrome extrapiramidal, convulsões, entre outros sintomas.
Por fim, há a toxoplasmose congênita, que ocorre pela transmissão placentária do Toxoplasma gondii em mães com infecção ativa. Essa manifestação da doença, além de causar desfechos negativos na gestação, como aborto e prematuridade, pode levar ao comprometimento irreversível da visão e do sistema nervoso central do recém-nascido.
Diagnóstico da toxoplasmose
O diagnóstico é feito por sorologia, em que anticorpos antitoxoplasma são buscados. Os anticorpos IgM aparecem cerca de 2 semanas após a infecção e se manifestam durante a infecção aguda. Após 3 semanas da produção dos anticorpos IgM, é possível encontrar anticorpos IgG na corrente sanguínea.
No entanto, a mera presença de anticorpos IgM concomitantemente a anticorpos IgG não exclui a possibilidade de infecção crônica. Para isso, faz-se necessário o teste de avidez IgG. Assim, na presença de alta avidez dos anticorpos IgG, independentemente da presença dos anticorpos IgM, tem-se o diagnóstico de infecção crônica por Toxoplasma gondii.
Outra forma laboratorial utilizada para diagnosticar a toxoplasmose em pacientes imunocomprometidos é o PCR — reação em cadeia da polimerase —, com o objetivo de encontrar o DNA do protozoário na corrente sanguínea, pois nesses casos, a produção de anticorpos pelo indivíduo pode não ser adequada.
Já para diagnóstico de neurotoxoplasmose e de toxoplasmose ocular, outros exames são importantes, como tomografia computadorizada e ressonância magnética no primeiro caso, e exame de fundo de olho, no segundo.
Tratamento da toxoplasmose
O tratamento da toxoplasmose é feito com a combinação de pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico, com doses e duração variáveis conforme o paciente e qual o acometimento da toxoplasmose, sendo que em pessoas imunocompetentes que não estejam grávidas, o tratamento é opcional.
Gostou do conteúdo que o Estratégia MED trouxe? Então aproveite as oportunidades de estudo que preparamos para você! Se você tem o objetivo de ingressar em uma das residências mais concorridas do país, então o Curso Extensivo de Estratégia MED é o seu principal aliado.
Com ele, você tem acesso a aulas voltadas para a residência médica, material completo e constantemente atualizado, faz diversas questões, monta seus próprios simulados e organiza seus estudos da forma que mais combina com você. Se interessou? Clique no banner abaixo e saiba mais.