Publicada lei que prioriza atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica no SUS

Publicada lei que prioriza atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica no SUS

Mulheres em situação de violência doméstica receberão assistência prioritária, bem como prioridade em cirurgias plásticas reparadoras

Publicada hoje (13) no Diário Oficial da União (DOU), a Lei nº 14.887, de 12 de junho de 2024, estabelece prioridade na assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). O texto da nova lei altera a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) e a Lei nº 13.239/2015. Confira o documento na íntegra:

Atendimento prioritário e cirurgias plásticas reparadoras

Com a nova lei, o artigo 9º da Lei Maria da Penha passa a garantir que a assistência a mulheres em situação de violência doméstica será prestada em caráter prioritário, de forma articulada com os princípios e diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social, a Lei nº 8.742/1993. Este atendimento deverá ser emergencial, quando necessário, assegurando proteção e suporte imediato às vítimas.

Além disso, a Lei nº 13.239/2015 foi alterada para incluir que mulheres vítimas de violência terão atendimento prioritário para cirurgia plástica reparadora entre os casos de mesma gravidade. Assim, a lei visa proporcionar a recuperação física e psicológica das vítimas, garantindo que o tratamento necessário seja garantido sem demora.

Inscreva-se em nossa newsletter!

Receba notícias sobre residência médica e revalidação de diplomas, além de materiais de estudo gratuitos e informações relevantes do mundo da Medicina.

Pesquisa Estadual de Violência contra a Mulher

Conforme dados da décima edição da Pesquisa Estadual de Violência contra a Mulher DataSenado, divulgada em 2024, cerca de 30% das mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica ou familiar causada por homens. Esse percentual se mantém relativamente constante em todo o território nacional, considerando as margens de erro. 

No entanto, em alguns estados, os índices são ainda mais alarmantes. No Rio de Janeiro, 36% das mulheres relatam ter sofrido violência desse tipo. Em Rondônia, esse número sobe para 37%, e no Amazonas, atinge 38%.

Imagem: DataSenado

O levantamento, conduzido em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV), apresenta um panorama abrangente sobre a desigualdade de gênero e a violência contra mulheres no Brasil. As entrevistas foram realizadas por telefone entre agosto e setembro de 2023, com 21.787 brasileiras com 16 anos ou mais

Saiba mais: 

Para não perder nenhuma atualização no universo da medicina e ficar por dentro dos seletivos de Residência Médica, de revalidação de diplomas e conteúdos técnicos, continue acessando o Portal do Estratégia MED!

Texto em colaboração de Arion Wolff

Banco de questões Medicina
Você pode gostar também