Medalha de Mérito Oswaldo Cruz: entenda sua história e importância para a saúde pública
Estratégia Med | Foto: Walterson Rosa/MS

Medalha de Mérito Oswaldo Cruz: entenda sua história e importância para a saúde pública

A Medalha de Mérito Oswaldo Cruz reconhece contribuições excepcionais à saúde pública no Brasil, destacando-se recentemente pelo incentivo à recuperação das taxas de vacinação no país

A Medalha de Mérito Oswaldo Cruz é uma honraria instituída pelo Governo Federal em 1970, destinada a reconhecer pessoas e instituições que se destacam em atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas à saúde pública e à higiene no Brasil. O objetivo principal da medalha é valorizar contribuições notáveis que impactam o bem-estar físico e mental da população brasileira, reforçando o compromisso com o progresso sanitário e a saúde pública.

A cerimônia mais recente de condecoração ocorreu em 4 de setembro de 2024, quando 22 pessoas e 10 instituições foram agraciadas com a Medalha de Ouro. Os homenageados desempenharam um papel notável no fortalecimento da cobertura vacinal no Brasil, revertendo a tendência de queda nas taxas de imunização, que estavam em declínio desde 2016.

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O resultado desse esforço coletivo foi a retirada do Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas, conforme dados da UNICEF. Entre os condecorados estão figuras como a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, que atuou publicamente na promoção do Movimento Nacional pela Vacinação, e o presidente da Fiocruz, Mário Moreira, cuja instituição foi fundamental na produção de vacinas. Confira abaixo a lista de autoridades, personalidades e instituições homenageadas:

  • Aparecida dos Santos Bezerra, Enfermeira com atuação na saúde indígena e vacinadora no Polo Base Baía da Traição, Paraíba;
  • Atila Iamarino, Biólogo, doutor em microbiologia e pesquisador brasileiro;
  • Cristiana Maria Toscano Soares, médica, vice-chefe do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Goiás – UFG e membro do Comitê Crise Covid-19 da UFG;
  • Daiane Garcia dos Santos, Ginasta e embaixadora do Movimento Nacional pela Vacinação do Ministério da Saúde;
  • Dorinaldo Barbosa Malafaia, deputado federal e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Vacina da Câmara dos Deputados;
  • Esper Georges Kallás, diretor do Instituto Butantan;
  • Fabio Baccheretti Vitor, Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass e Secretário Estadual de Saúde de Minas Gerais;
  • Fernando Zasso Pigatto, Presidente do Conselho Nacional de Saúde – CNS e Diretor de Saúde da Confederação Nacional das Associações de Moradores – CONAM;
  • Francisco De Assis De Oliveira Costa, deputado federal e Presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados;
  • Hisham Mohamad Hamida, Presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde – Conasems e Secretário Municipal de Saúde de Pirenópolis (GO);
  • Humberto Sérgio Costa Lima, Senador da República e Presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal;
  • Ivan Baron, Pedagogo, influenciador e ativista anticapacitista potiguar;
  • Jayme Martins De Oliveira Neto, Juiz Titular do Tribunal de Justiça de São Paulo – TJSP e membro da Comissão de Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP;
  • José Cassio De Moraes, Médico e Professor Titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo;
  • Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, Empresária;
  • Margareth Maria Pretti Dalcolmo, Pesquisadora e membro da Academia Nacional de Medicina – ANM;
  • Maria da Graça Xuxa Meneghel, atriz, apresentadora, cantora, empresária e embaixadora do Movimento Nacional pela Vacinação do Ministério da Saúde;
  • Mario Santos Moreira, Presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
  • Meiruze Sousa Freitas, Farmacêutica e Diretora da Segunda Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – (Anvisa);
  • Renato Kfouri, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações – SBIm e Presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP
  • Rosangela Lula Da Silva, primeira-dama do Brasil;
  • Rosileia Maria de Souza, Presidente da Associação do Quilombo Lagoinha, no município de Gentio do Ouro, Bahia; e
  • Sirlene de Fátima Pereira, Enfermeira em atuação no Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
  • Agência de Notícias Das Favelas – ANF;
  • Associação Brasileira De Saúde Coletiva – ABRASCO;
  • Associação Brasileira De Enfermagem – ABEn;
  • Confederação Nacional Dos Agentes Comunitários De Saúde – CONACS;
  • Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef);
  • Instituto Todos Pela Saúde – ITpS;
  • Organização Pan-Americana Da Saúde (Opas);
  • Rotary Clubs;
  • Sociedade Brasileira De Pediatria – SBP;
  • Sociedade Brasileira De Imunizações – SBIm. 

Além dos homenageados anteriores, nesta quarta-feira, 11 de setembro, Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), será agraciado com a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz em uma cerimônia no Palácio do Planalto. A medalha será entregue pelo Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, e pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, em reconhecimento a atuação do conselho no fortalecimento das coberturas vacinais no Brasil, especialmente durante a pandemia de Covid-19, quando o CNS desempenhou um papel crucial na disseminação de informações científicas e no combate à desinformação sobre vacinas.

A condecoração possui três níveis: ouro, prata e bronze, sendo entregue pelo Presidente da República ou, em seu nome, pela Ministra da Saúde. Nos estados, a entrega pode ser realizada pelos governadores, e no exterior, por autoridades diplomáticas.

Quem foi Oswaldo Cruz

O nome da medalha é uma homenagem a Oswaldo Cruz, um dos pioneiros da saúde pública no Brasil. Nascido em São Paulo, no dia 5 de agosto de 1872, ele foi responsável por campanhas sanitárias que erradicaram a peste bubônica e reduziram drasticamente a incidência de febre amarela e varíola. Seu trabalho no saneamento do Rio de Janeiro ganhou reconhecimento internacional, incluindo uma medalha de ouro no Congresso Internacional de Higiene em 1907.

Sua atuação começou em 1894, durante uma epidemia de cólera, e ele logo se destacou ao combater a peste bubônica em 1899 ao lado de figuras como Vital Brazil e Adolpho Lutz. Em 1900, fundou o Instituto Soroterápico Federal, que mais tarde se tornou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Entre seus maiores feitos, destacam-se a erradicação de epidemias como a febre amarela, com o controle do mosquito Aedes aegypti, e o combate à varíola por meio de campanhas de vacinação. Sua atuação como Diretor Geral de Saúde Pública (1903-1909) foi fundamental para a reformulação das políticas sanitárias do Brasil.

Cruz também liderou campanhas de saneamento, erradicou doenças em regiões como o Pará e a Amazônia, e participou ativamente da luta contra a malária. Em seus últimos anos, foi prefeito de Petrópolis (RJ), onde morreu em 1917 aos 44 anos, por insuficiência renal.

No dia 5 de agosto de 2022, foi celebrado o aniversário de 150 anos de Oswaldo Cruz, médico, bacteriologista e sanitarista que revolucionou a saúde pública no Brasil. Sua atuação foi tão marcante que a data também foi escolhida para representar o Dia Nacional da Saúde, em homenagem às suas contribuições no combate a epidemias e ao avanço da medicina no país.

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