Como é a Residência de Cirurgia Geral no Instituto Dr. José Frota
Estratégia MED

Como é a Residência de Cirurgia Geral no Instituto Dr. José Frota

Para conhecer melhor a rotina dos residentes de Cirurgia Geral no IJF, o Estratégia MED conversou com Matheus Bezerra, residente do primeiro ano de Cirurgia Geral na instituição

Neste texto, exploramos a experiência da residência médica em Cirurgia Geral no Instituto Doutor José Frota (IJF), conhecendo a dinâmica dos três anos de residência, a organização dos plantões, estrutura do hospital, parte teórica oferecida, bem como os pontos positivos e desafios encontrados ao longo do programa. Descubra com o Estratégia MED por que o IJF se destaca como uma escolha significativa para aqueles que desejam se especializar em Cirurgia Geral.

A residência em Cirurgia Geral no IJF

Para conhecer melhor a rotina dos residentes de Cirurgia Geral no IJF, o Estratégia MED conversou com Matheus Bezerra, residente do primeiro ano de Cirurgia Geral na instituição. Matheus compartilhou sua experiência desde a aprovação até a rotina na residência no IJF, em Fortaleza, no Ceará.

O IJF, com seus 86 anos de história, é um dos grandes hospitais de Fortaleza, recebendo pacientes de todo o Ceará e ocasionalmente de outros estados. Reconhecido por seu atendimento de trauma, o hospital também se destaca por suas cirurgias eletivas, incluindo programas de residência em Traumatologia, Anestesiologia e Medicina Intensiva, além da Cirurgia Geral.

Com a inauguração da segunda unidade do IJF em 2020, houve uma significativa expansão das instalações, incluindo a capacidade de leitos e salas cirúrgicas. Atualmente, o hospital conta com 10 salas cirúrgicas em cada bloco, operando 24 horas por dia para atender a demanda da população.

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Rotina através dos anos

Durante o primeiro ano de residência, os plantões na emergência são predominantes, oferecendo oportunidades significativas para intervenções cirúrgicas. Enquanto as cirurgias eletivas são mais comumente realizadas pelos residentes de anos posteriores, os residentes do primeiro ano têm chances de participar ativamente de diversos procedimentos, contribuindo para um volume de experiência considerável.

Os R1 se dedicam principalmente aos plantões de enfermaria, atendendo pacientes admitidos pela emergência, incluindo aqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos como laparotomias ou dreno toráxico. Além disso, eles participam dos rodízios na UTI e fazem pareceres cirúrgicos, ampliando sua exposição a uma variedade de casos.

Com um mês dedicado à emergência e outro ao centro cirúrgico, os residentes do primeiro ano são introduzidos à prática cirúrgica desde cedo. Enquanto isso, os residentes do segundo e terceiro anos passam mais tempo no centro cirúrgico, aprimorando suas habilidades em cirurgias eletivas, incluindo hérnias, colecistectomias e cirurgias oncológicas.

O uso de cirurgia por vídeo tem sido cada vez mais comum no IJF, com a instituição investindo em equipamentos modernos para ampliar esse tipo de procedimento. Além disso, o serviço de ambulatório atende a uma grande demanda semanal, recebendo pacientes encaminhados de postos de saúde, bem como aqueles que retornam após internações ou visitas à emergência. Entretanto, o IJF tem a necessidade de filtrar os casos de trauma de alta complexidade devido à alta demanda na emergência.

Como funciona o R2 e o R3

Enquanto o segundo ano é voltado para o aprendizado prático, o terceiro é dedicado ao aprimoramento e refinamento das técnicas cirúrgicas, em que são priorizados procedimentos mais complexos e cirurgias oncológicas.

Além das atividades no hospital, os residentes do terceiro ano têm a oportunidade de realizar rodízios externos em outras instituições de saúde. Essa diversificação de experiências inclui parcerias com hospitais como o Frotinha da Parangaba – para casos de abdome agudo – e este ano, uma novidade: rodízio vascular no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), além de especialização em Coloproctologia na Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza e no Instituto do Câncer do Ceará (ICC).

Plantões e carga horária

Quanto aos plantões, dada a natureza do IJF como hospital de atendimento contínuo, os residentes se dividem para garantir cobertura em todos os turnos, tanto durante a semana quanto nos finais de semana. Os plantões, embora desafiadores devido à alta demanda, proporcionam uma valiosa oportunidade de aprendizado prático.

A frequência de plantões varia de acordo com o ano de residência e a disponibilidade dos residentes, geralmente com os do primeiro ano assumindo uma  média de sete a oito plantões. Seguidos, respectivamente, pelos do segundo e terceiro ano, com quatro e três.

A carga horária na residência médica no IJF varia de acordo com o rodízio de cada mês. Por exemplo, nos meses dedicados à emergência, os residentes podem trabalhar em plantões de segunda a sexta, totalizando cerca de 60 horas semanais. Já nos rodízios de UTI, embora o horário regular seja de segunda a sexta até as 19h, os plantões noturnos adicionam um pouco mais de carga horária. Por outro lado, nos rodízios de enfermaria, em que as atividades podem ser resolvidas durante o dia, a carga horária tende a ser um pouco menor, embora ainda exceda as 60 horas semanais, especialmente para os residentes do primeiro ano.

Ensino teórico

As aulas semanais no IJF são ministradas com os próprios residentes apresentando temas relevantes para a Cirurgia Geral, desde anatomia até técnicas cirúrgicas e doenças, com foco especial em cânceres. Além disso, toda sexta-feira ocorre a sessão clínica, em que casos clínicos interessantes são discutidos e temas relevantes são abordados. Os staffs também promovem atividades diferenciadas, como parcerias com empresas para testar novos materiais cirúrgicos e de vídeo.

Pontos positivos e negativos

O IJF oferece uma gama de recursos tecnológicos avançados, incluindo equipamentos para cirurgias por vídeo e grampeadores cirúrgicos. No entanto, como hospital público de alta demanda, enfrenta desafios como falta ocasional de insumos básicos e superlotação na sala de recuperação. A escassez de pessoal, especialmente na equipe de enfermagem, também pode resultar em atrasos ou adiamentos de procedimentos cirúrgicos.

Apesar desses obstáculos, o IJF mantém um volume cirúrgico robusto, realizando cerca de quatro cirurgias por dia em duas salas cirúrgicas, a cada turno. Seu grande diferencial reside na diversidade e volume de casos que os residentes enfrentam, beneficiando-se do ambiente colaborativo e acolhedor do hospital.

Segundo Matheus, a escolha do IJF para a especialidade cirúrgica é justificada pela ampla experiência prática oferecida, decorrente do fluxo contínuo de pacientes e variedade de procedimentos. Além disso, o ambiente de trabalho positivo e receptivo contribui para uma experiência de aprendizado mais gratificante.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Cirurgia Geral no IJF com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Matheus Bezerra, atual residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

Por fim, se você quer ficar por dentro de mais conteúdos relevantes sobre a área médica, continue acompanhando o material preparado pelo Portal de Notícias do Estratégia MED. Aqui, você encontrará informações atualizadas sobre residências, carreira médica e muito mais.

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