A residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) oferece uma formação diferenciada, com oportunidades para discussão aprofundada de casos clínicos com preceptores, uma variedade de estágios e ambulatórios, além de uma forte ênfase na atenção primária, saúde suplementar, gestão e ensino. Quer saber mais sobre como funciona a residência em MFC da UNIFESP? Continue lendo e descubra os detalhes deste programa!
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A residência em Medicina de Família e Comunidade na UNIFESP
Para entendermos melhor como funciona o programa de Medicina de Família e Comunidade na UNIFESP, o Estratégia MED conversou com Victor Raphael, residente do primeiro ano da especialidade. Segundo ele, a residência ocorre em seis unidades distribuídas pela cidade de São Paulo, quatro na zona sul e duas na zona leste. As atividades são divididas entre unidades básicas de saúde e ambulatórios parceiros, como o Hospital São Paulo.
Para Victor, o programa de MFC ofertado pela UNIFESP oferece uma visão abrangente dos diferentes contextos epidemiológicos e sociais, passando por unidades com estratégias variadas, desde equipes de Saúde da Família até Unidades Básicas de Saúde (UBS) tradicionais e AMAs integradas. Esta diversidade permite aos residentes entenderem as particularidades de cada território e se adaptarem às suas demandas. Victor destaca que o fácil acesso às unidades por transporte público facilita o deslocamento e a integração entre as diferentes realidades da cidade.
Estrutura do programa
Durante o primeiro ano, os residentes passam dois meses em cada UBS prevista, proporcionando uma vivência rica e diversificada. Além disso, a UNIFESP oferece um acompanhamento próximo dos preceptores, com turmas menores, de seis residentes por ano, permitindo um aprendizado aprofundado e personalizado. O modelo favorece o desenvolvimento de habilidades de comunicação e a realização de consultas de qualidade, essenciais na prática da Medicina de Família.
A estrutura do programa, com períodos divididos entre atividades na unidade e ambulatórios, garante uma formação completa, atendendo às demandas tanto de pacientes idosos quanto de crianças e gestantes.
Rotina no R1
Durante o primeiro ano (R1), os residentes passam por ambulatórios de Cirurgia Pediátrica, dermatopediatria, Nutrologia Pediátrica, saúde familiar, diabetes, saúde indígena, Ginecologia geral, obesidade, além de prontos-socorros de Clínica Médica, Otorrinolaringologia, Neurologia e de instituições especializadas, como o Instituto de Geriatria e Gerontologia.
A diversidade de ambulatórios proporciona uma formação rica ao permitir que os residentes adquiram conhecimentos específicos de cada especialidade, essenciais para o atendimento integral na atenção primária. Ainda, a UNIFESP com seu renomado Projeto Xingu oferece uma experiência única em saúde indígena, valorizando a competência cultural no atendimento aos pacientes.
A carga horária é bem distribuída entre as atividades nas unidades básicas de saúde (UBS) e nos ambulatórios, garantindo que os residentes possam ter uma visão completa e integrada da prática clínica. No segundo mês de cada bloco bimestral, os residentes dividem seu tempo entre os turnos na UBS e os ambulatórios, proporcionando uma rotina dinâmica.
O contato direto com especialistas nos ambulatórios é uma oportunidade valiosa para tirar dúvidas e aprender com profissionais de destaque, como os do Hospital São Paulo. Essa interação enriquece a formação dos residentes, tornando-os mais resolutivos e completos na prática clínica.
Rotina no R2
A rotina e as responsabilidades mudam significativamente do primeiro ano (R1) para o segundo ano (R2). No R1, não há plantões, enquanto no R2, os residentes começam a assumir plantões, incluindo finais de semana, especialmente em áreas como Psiquiatria e Ginecologia e Obstetrícia.
Durante o R2, os residentes passam a ter uma UBS fixa, escolhida com base na experiência prévia e preferência, o que favorece a continuidade do cuidado – longitudinalidade – e o fortalecimento dos vínculos com os pacientes e a equipe. A permanência em uma única UBS ao longo do ano permite que o residente acompanhe os pacientes desde o diagnóstico até o tratamento, promovendo uma experiência prática e rica em diversas áreas, como a interação com agentes de saúde, enfermeiros e gestores.
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Além da UBS fixa, o R2 inclui passagens por vários ambulatórios especializados. Entre eles, estão:
- Ginecologia geral;
- Mastologia;
- Climatério;
- Planejamento familiar;
- Psiquiatria infantil e geral;
- Atendimento à dependência química;
- Saúde da população de rua;
- Nefrologia;
- Cuidados Paliativos; e
- Atendimento à população trans.
Essas experiências permitem que os residentes adquiram um conhecimento profundo em várias especialidades, tornando-os mais preparados para atender na atenção primária.
A divisão do tempo entre UBS e ambulatórios é bem organizada, geralmente com um mês dedicado a cada ambulatório, o que pode incluir turnos específicos durante a semana. Além disso, o R2 oferece um estágio optativo de um mês, permitindo que os residentes escolham áreas de interesse para complementar sua formação, como gestão, saúde indígena ou atenção domiciliar.
Carga horária e parte teórica
A residência na UNIFESP, voltada para a parte acadêmica, oferece uma carga horária respeitada, permitindo que os residentes possam se organizar para atividades complementares, como plantões fora do horário da residência. Como a carga horária não ultrapassa 60 horas semanais, os residentes têm a flexibilidade para buscar complementação financeira e aprimorar sua formação.
A parte teórica da residência é igualmente completa, seguindo o currículo da Sociedade Brasileira de MFC. Inclui módulos sobre comunicação clínica, hipertensão, diabetes, saúde da mulher, pré-natal, e saúde do idoso, entre outros. Os residentes também participam de atividades de educação a distância vinculadas à UNIFESP e à UnaSUS, além de grupos que discutem saúde mental e complexidade dos casos clínicos.
A grade teórica é distribuída ao longo da semana, com segundas e quintas reservadas para aulas e discussões teóricas, enquanto as sextas-feiras no R1 são dedicadas ao planejamento estratégico situacional, abordando territorialização e gestão de sistemas de saúde. No final do R2, os residentes apresentam um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), consolidando o aprendizado teórico e prático da residência.
Como os residentes em MFC da UNIFESP não têm uma agenda tão apertada, eles podem aproveitar mais tempo para discutir casos com seus preceptores. No início, os residentes discutem condutas e esclarecem dúvidas sobre atendimentos específicos. Os preceptores muitas vezes recomendam leituras adicionais, como artigos relevantes, para que os residentes possam aprofundar seus conhecimentos e discutir os casos com mais detalhes posteriormente.
Mercado de trabalho
Após a residência, o mercado de trabalho é promissor. A residência é um grande diferencial e abre muitas portas, tanto no Sistema Único de Saúde (SUS), em que a maioria das oportunidades está, devido à vasta rede de unidades básicas de saúde espalhadas pelo Brasil, quanto na saúde suplementar – privada. Na saúde suplementar, médicos de família são cada vez mais valorizados para triagem inicial, evitando consultas desnecessárias com especialistas e reduzindo custos para o sistema privado.
Além da atenção primária e da saúde suplementar, médicos de família também podem seguir carreiras em gestão, preceptoria e ensino. A residência na UNIFESP proporciona uma formação robusta e abrangente, preparando os médicos para diversas oportunidades de carreira.
No geral, a residência em MFC na UNIFESP é muito bem avaliada pelos residentes, que destacam o cuidado com a formação e a atenção dos preceptores. Descubra mais sobre o programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade na UNIFESP com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Victor Raphael, residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:
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