Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade: rotina, remuneração, estudos e mais!

Residência Médica em Medicina da Família e Comunidade: rotina, remuneração, estudos e mais!

Quer descobrir todos os detalhes sobre essa especialidade? Saiba o que é Medicina da Família e Comunidade, o que faz o profissional da área, sua residência, locais de atuação, qual a remuneração e muito mais com o Estratégia MED!

O que é Medicina da Família e Comunidade?

A Medicina de Família e Comunidade (MFC) é uma especialidade médica focada na saúde contínua e abrangente, prestando assistência aos cidadãos de uma maneira versátil. Para conseguir esses resultados, o médico enfatiza o tratamento na família e na pessoa, além de orientar toda a comunidade.

A idade e condições dos pacientes atendidos são as mais variadas: desde bebês até idosos e grávidas. Além disso, o profissional não age apenas quando surge algum problema de saúde, ele também pode atuar na prevenção, cura e reabilitação de distúrbios crônicos, por exemplo.

Um dos propósitos da profissão é estabelecer com o paciente uma boa comunicação, centrada na abordagem familiar e comunitária, reconhecendo que as interações com outros é uma parte fundamental dos processos de saúde e tratamentos.

O que o médico da família e comunidade faz?

Na sua rotina, o médico especialista em Medicina de Família e Comunidade lida diretamente com os pacientes e suas famílias, além de desenvolver atividades em grupo e intervenções comunitárias.

Outras funções desempenhadas pelo médico de família e comunidade incluem o tratamento e prevenção de doenças, redução de danos, reabilitação, promoção e proteção da saúde como um todo.

Um dos principais objetivos deste profissional é garantir a continuidade do cuidado que promove. Para isso, ele deve trabalhar, também, na organização social das comunidades onde desempenha sua função.

Por isso, para manter um bom auxílio à comunidade, é interessante que o médico tenha algumas qualidades e traços determinados, veja alguns exemplos:

  • Empatia;
  • Atenção;
  • Ser um bom ouvinte;
  • Preocupação;
  • Ter espírito de equipe;
  • Organização;
  • Visão social e comunitária;
  • Disponibilidade;
  • Interação;
  • Ter boa comunicação; e
  • Ser observador.

Para desenvolver o seu papel, o médico da família e comunidade realiza visitas domiciliares, reuniões com a equipe de enfermeiros e atividades comunitárias, além de pequenos procedimentos e atendimentos ambulatoriais.

Muitas vezes, este profissional pode fazer o primeiro contato com o paciente, e assim, encaminhá-lo, quando for necessário, a outro profissional da medicina, a fim de analisar seu caso. Porém, é sugerido que o médico da família e comunidade siga acompanhando o caso e mantendo contato com os outros médicos para obter melhores resultados.

Áreas de atuação

Geralmente, a atuação do especialista vai ocorrer em postos de saúde e seu trabalho será acompanhado por uma equipe de enfermeiros ou técnicos de enfermagem, além de agentes comunitários de saúde e assistentes sociais.

Entretanto, como o médico da família e comunidade possui uma visão abrangente e integrada das redes de saúde e de cuidado, capacidade de ensinamento e coordenação de tratamentos, há outras oportunidades para o especialista. São elas:

  • Gestão e regulação de redes de atenção à saúde e seus processos;
  • Tutoria a outros profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS);
  • Atividade docente em universidades;
  • Assistência aos residentes e graduandos em unidades de APS;
  • Desenvolvimento de pesquisas locais;
  • Assistência em unidades hospitalares de complexidade baixa à alta; e
  • Assistência em consultório.

Atualmente, a profissão possui alto potencial de crescimento. Isso ocorre por conta das inúmeras ações sociais e pelo apelo público das comunidades carentes. O médico de Família e Comunidade está presente nos mais variados locais, como centros urbanos, áreas de risco, rurais, indígenas, ribeirinhas e quilombolas. Em cada uma dessas regiões do país existe uma cultura, por isso, os campos de trabalho e funções do médico podem variar para se adequar ao local.

Da mesma forma, o especialista em Medicina da Família e Comunidade desempenha um papel fundamental na Atenção Primária em Saúde (APS), que está em alta. Isso se deve, especialmente, por conta de a APS ser uma estratégia de atuação que faz parte das políticas públicas, programas e serviços que o Sistema Único de Saúde (SUS) estrutura de modo adicional.

Quanto ganha um médico da família e comunidade?

A Medicina da Família e Comunidade é uma das especialidades que mais vem crescendo na medicina. De acordo com um levantamento do Conselho Federal de Medicina, o número de especialistas na área cresceu 30% em dois anos e atualmente, existem, em média, 7 mil médicos especializados em Medicina da Família e Comunidade no país.

De acordo com o site Salário, a remuneração média de um Médico da Família e Comunidade, no Brasil, fica em torno de R$ 11.188,18 para uma carga horária semanal de 34 horas. Porém, os números podem variar dependendo da função do profissional, seja no campo da assistência à saúde ou das atividades de ensino, gestão ou pesquisa. Outro fator que pode influenciar é a região onde o médico trabalha.

Residência médica

O programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade tem duração de dois anos e é de acesso direto.

Como foi dito, essa especialidade vem se mostrando em alta nos últimos anos, o que refletiu em mais vagas de residência ofertadas pelas instituições. O número de vagas disponibilizadas aumentou mais de 178% em apenas quatro anos, de 2014 a 2018, segundo levantamento realizado pelo Ministério da Educação. Porém, a concorrência ainda pode ser alta, a depender da instituição.

A especialidade de Medicina da Família e Comunidade pode ser considerada como pré-requisito para ingresso em três programas de residência, que são:

  1. Hansenologia: um ramo da Dermatologia que estuda a hanseníase, uma doença infecciosa crônica; e
  2. Medicina Paliativa: tem base nas condutas para melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares por meio da prevenção de doenças e tratamentos precoces.
  3. Alergia e Imunologia: a inclusão de MFC como pré-requisito para esta especialidade é recente e foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB) no dia 30 de setembro de 2022. Agora, só resta a analise da Comissão Mista de Especialidades (CME) ser finalizada para liberação das inscrições. Hoje são aceitos apenas os especialistas em Clínica Médica para realização do programa de Alergia e Imunologia, que tem duração de 2 anos.

Além disso, o conteúdo de Medicina da Família e Comunidade é um dos mais cobrados nos processos de residência médica, inclusive para outras especialidades e até mesmo na prova do Revalida. O tema central desta especialidade é indispensável em qualquer profissão da medicina.

E então? Gostou de aprender um pouco mais sobre essa especialidade com o Estratégia MED? Não fique por fora das dicas de estudo que trazemos aqui no Blog! Nos acompanhe para receber as novidades dos processos seletivos de residência médica e estude conosco. Clique no banner abaixo e venha ser aprovado, futuro residente!

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