Como é a residência médica de Dermatologia na Universidade de Pernambuco
Créditos: Estratégia MED

Como é a residência médica de Dermatologia na Universidade de Pernambuco

A residência médica em Dermatologia da Universidade de Pernambuco (UPE) se destaca pela forte ênfase prática em cosmiatria e cirurgia, além de uma rotina estruturada que prepara o médico para atuar de forma ampla no mercado. Neste texto, você vai conhecer em detalhes como funciona cada ano da residência, a carga horária, os rodízios, os diferenciais do serviço e as oportunidades de formação que aguardam os futuros dermatologistas. Confira!

A residência em Dermatologia na Universidade de Pernambuco

A residência de Dermatologia da UPE, vinculada à Faculdade de Ciências Médicas (FCM), tem duração de três anos e oferece três vagas por ano, totalizando nove médicos em treinamento ao considerar R1, R2 e R3. Para entendermos melhor como funciona o programa e qual sua rotina, conversamos com o Dr. André Negromonte, formado na UPE. 

De acordo com André, o programa garante contato direto com pacientes em diferentes cenários, que vão desde ambulatórios gerais até procedimentos mais complexos, como cirurgias oncológicas e aplicação de biológicos. A carga horária respeita, em geral, o limite de 60 horas semanais, podendo variar de acordo com os rodízios e a disponibilidade dos residentes em cada serviço. 

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Estrutura do serviço

A residência funciona em um serviço estruturado com seis salas de ambulatório, além de sala de procedimentos e de cirurgia. Durante a reorganização hospitalar na pandemia de Covid-19, o programa perdeu leitos exclusivos, mas os residentes seguem acompanhando pacientes internados em outras clínicas, por meio de interconsultas ou em leitos emprestados.

O fluxo de atendimento inclui pacientes encaminhados por outras clínicas do hospital, por regulação da prefeitura do Recife e do governo estadual, além de casos agudos recebidos em pronto atendimento específico para doenças dermatológicas, realizado uma vez por semana.

Apesar de o hospital ser antigo, está em processo de modernização e mantém boa estrutura assistencial, sem registro de falta de insumos para cirurgias ou biópsias.

Rotina do primeiro ano (R1)

Nos cinco primeiros meses, os residentes passam por rodízios em áreas afins: dois meses em Clínica Médica, dois meses em Infectologia e um mês em Reumatologia. Nesse período, também realizam plantões de intercorrência hospitalar, em média um por semana.

Ao ingressarem na Dermatologia, os R1 passam a auxiliar em ambulatórios gerais e de especialidades, atendendo pacientes sob supervisão de colegas mais experientes e dos preceptores. Já realizam pequenos procedimentos, como retirada de lesões benignas e infiltrações, e participam ativamente da rotina teórica, com produção de seminários e discussões científicas.

Segundo ano (R2)

No R2, os residentes passam a atender pacientes em ambulatórios gerais e assumem agenda própria, com supervisão dos preceptores. Essa estrutura permite acompanhamento longitudinal dos casos, ampliando a experiência clínica.

Os rodízios incluem áreas como fototerapia e cosmiatria inicial, com prática em peelings. Nesse ano também têm início as atividades cirúrgicas, com procedimentos dermatológicos mais complexos, como fusos e pequenos retalhos. A participação em interconsultas complementa a formação.

Dia a dia do terceiro ano (R3)

O R3 é dedicado ao aprofundamento em procedimentos cirúrgicos e cosmiatria, além do manejo de terapias com biológicos. A semana é organizada da seguinte forma:

  • Segunda-feira: fototerapia pela manhã e cirurgia à tarde;
  • Terça-feira: reunião clínica com discussão de casos complexos pela manhã e ambulatório à tarde;
  • Quarta-feira: ambulatórios de cosmiatria e psoríase/biológicos;
  • Quinta-feira: pela manhã, treinamento prático em laser em clínica conveniada; à tarde, turno livre; e
  • Sexta-feira: pela manhã, ambulatório geral; à tarde, pronto atendimento dermatológico.

A ênfase cirúrgica recai no último ano principalmente sobre o tratamento de tumores cutâneos, como câncer de pele. Os residentes realizam fusos, retalhos simples e, eventualmente, drenagens. Um diferencial é a possibilidade de acompanhar, em média uma vez por mês, cirurgias de Mohs conduzidas pela chefia, que possui especialização na técnica.

Outro diferencial do programa é a possibilidade de realizar um mês eletivo no R3, em que o residente pode escolher outro serviço para complementar sua formação. Essa experiência promove troca entre instituições e amplia o contato com diferentes práticas dermatológicas no país.

Cosmiatria: ênfase prática ao longo do programa

A cosmiatria é um dos pontos fortes da residência da UPE. Desde o R2, os médicos treinam peelings superficiais e médios, com progressão para procedimentos injetáveis no R3, como toxina botulínica, preenchedores e bioestimuladores. Além do ambulatório específico, há também prática semanal de laser, acompanhada por todos os R3.

Atividades teóricas diárias

A carga teórica é intensa e distribuída ao longo da semana:

  • Segunda-feira: sessão iconográfica com discussão diagnóstica baseada em imagens clínicas; 
  • Terça-feira: atividade de tricoscopia conduzida pelos R2;
  • Quarta-feira: seminário do R2;
  • Quinta-feira: discussão de artigos, especialmente sobre laser em pele negra, e atividades de dermatoscopia; e
  • Sexta-feira: seminário dos R3, baseado no livro Bolognia.

O cronograma é progressivo, permitindo que os R1 assumam gradualmente responsabilidades acadêmicas.

Além das atividades programadas, há espaço para discussões clínicas diárias, abrangendo desde casos comuns até diagnósticos mais raros. O aprendizado prático em hospital público-escola permite contato amplo com a realidade assistencial e reforça a formação crítica dos residentes.

Formação para atuação profissional

Ao concluir a residência, os médicos relatam sentir-se aptos para atuar em cosmiatria e em procedimentos cirúrgicos comuns à rotina dermatológica, embora reconheçam que técnicas mais avançadas exigem aperfeiçoamento contínuo. A formação prática garante segurança para ingressar no mercado de trabalho logo após o término do programa.

Quer saber ainda mais sobre o programa? Descubra com o bate-papo “Vida de Residente” entre a Professora Ana Luiza Viana e o Dr. André Negromonte, que realizou a sua residência em Dermatologia pela UPE, no vídeo abaixo:

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