Este texto oferece uma visão abrangente da residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), explorando os diferentes estágios, desafios e oportunidades de aprendizado. Separamos aqui informações sobre a estrutura da residência, a evolução das responsabilidades ao longo dos anos e as áreas específicas de atuação. Então, se você quer ficar por dentro deste programa, siga no texto!
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A residência em Otorrinolaringologia no HGF
Para detalhar como funciona o programa de Otorrinolaringologia no HGF, o Estratégia MED entrevistou o Gabriel Mororó, ex-residente da especialidade na instituição. Gabriel concluiu sua residência no início de 2023 após três anos de programa e compartilhou conosco insights essenciais sobre a estrutura e sua experiência no programa desta renomada instituição médica cearense.
Estrutura do HGF
O HGF possui salas cirúrgicas disponíveis em todos os turnos da semana, geralmente operando em uma única sala por turno, com exceção de algumas situações específicas. Em termos de leitos, oficialmente, a Otorrinolaringologia dispõe de cinco leitos, mas a quantidade pode variar dependendo das demandas clínicas e cirúrgicas, com ajustes realizados de acordo com a necessidade.
É importante destacar que o HGF não possui um pronto-socorro específico para Otorrinolaringologia. No entanto, o hospital atua como uma unidade de atendimento de emergência clínica e cirúrgica geral, em que os otorrinolaringologistas são consultados quando necessário, embora não estejam permanentemente presentes no pronto-atendimento.
Ainda, os residentes do Hospital Geral de Fortaleza podem contar com o Hospital Universitário (HU) e o Instituto José Frota (IJF) como locais de formação.
Rotina do residente do HGF
Em geral, os dois primeiros anos da residência abrangem otologia, rinologia e cirurgia de cabeça e pescoço, enquanto o terceiro ano se concentra em áreas mais especializadas, como a via aérea pediátrica e a laringologia. Cada uma dessas áreas é subdividida em diversas subespecialidades, proporcionando uma ampla gama de experiências clínicas. Confira abaixo os detalhes.
Primeiro ano (R1)
No primeiro ano (R1), os residentes desempenham funções cruciais na coordenação de mapas cirúrgicos e organização de filas de cirurgias. Embora essa fase envolva tarefas administrativas, ela é considerada uma oportunidade de amadurecimento para os futuros especialistas.
O R1 tem a responsabilidade de girar entre ambulatórios e participar de cirurgias mais simples, como adenoide e amígdala na otologia, além de procedimentos relacionados à rinologia. No campo de cabeça e pescoço, o R1 auxilia em procedimentos como biópsias de lesões de cordas vocais e laringe. A experiência prática começa a se solidificar nesse estágio, preparando-os para procedimentos mais avançados nos anos subsequentes.
Embora o R1 possa inicialmente achar a parte administrativa entediante, Gabriel destaca sua importância na formação médica, proporcionando aos residentes uma compreensão abrangente da gestão de pacientes e procedimentos. À medida que avançam na residência, os residentes têm a oportunidade de realizar procedimentos cirúrgicos e aprimorar suas habilidades práticas, ganhando confiança em seu papel como futuros otorrinolaringologistas.
Segundo ano (R2)
O R2 é um ano considerado mais tranquilo no HGF, já que os residentes se afastam das responsabilidades burocráticas, ainda deixadas principalmente para os R3. Neste ano, o foco se volta para o aprendizado teórico e prático, permitindo que os residentes se aprofundem em seus estudos. Na prática, o R2 começa a realizar cirurgias mais avançadas, como toracotomias e septoplastias na rinologia, e participar de microcirurgias de laringe, alternando com os R3.
Terceiro ano (R3)
O último ano, R3, é marcado por um crescimento exponencial no aprendizado prático e cirúrgico. O volume de cirurgias aumenta significativamente, abrangendo desde cirurgias de base do crânio até procedimentos mais complexos como a remoção de tumores. Na rinologia, os R3 realizam uma variedade de cirurgias, incluindo cirurgias plásticas estéticas da face.
Na otologia, eles enfrentam procedimentos mais desafiadores, como cirurgias para implante coclear e tumores da base lateral do crânio. Na laringologia, o R3 executa cirurgias que vão desde procedimentos simples, como a remoção de pólipos, até reconstruções complexas das vias respiratórias.
A jornada da residência em Otorrinolaringologia é diversificada e repleta de oportunidades para aprimorar habilidades clínicas e cirúrgicas. É uma especialização vasta e altamente especializada, com uma ampla gama de procedimentos e áreas de atuação para os futuros otorrinolaringologistas explorarem.
Descubra mais sobre o programa de residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Gabriel Mororó, atual residente da especialidade na instituição, no vídeo abaixo:
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