Como é a Residência Médica de Pediatria do HIAS
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência Médica de Pediatria do HIAS

Para conhecer melhor a rotina dos residentes de Pediatria no HIAS, o Estratégia MED conversou com Rebecca Azulay, residente do segundo ano do programa na instituição

A residência médica em Pediatria no Hospital Infantil Albert Sabin (HIAS) apresenta uma série de experiências e desafios que ajudam o médico a moldar sua formação na especialidade. Para conhecer melhor a residência, confira junto ao Estratégia MED como é a estrutura do HIAS, a parte teórica do programa, a rotina através dos anos, bem como a distribuição dos plantões. Continue no texto para saber mais!

A residência em Pediatria no HIAS

Para conhecer melhor a rotina dos residentes de Pediatria no HIAS, o Estratégia MED conversou com Rebecca Azulay, residente do segundo ano do programa na instituição. Rebeca compartilhou sua experiência desde a aprovação até a rotina na residência no HIAS, em Fortaleza, no Ceará.

O Hospital Infantil Albert Sabin tem uma estrutura robusta, composta por dois prédios distintos. Um deles abriga a emergência, enfermarias de Pediatria e especialidades, enquanto o outro é dedicado inteiramente ao Centro Pediátrico do Câncer, com foco em Oncologia e Hematologia. Com um total de 462 leitos, incluindo os da emergência e os de atendimentos domiciliares, o hospital oferece uma gama abrangente de serviços, incluindo acompanhamento médico semanal e fisioterapia para pacientes ventilados e não ventilados.

Destaca-se o pronto-socorro, único na região de Fortaleza e arredores, que é porta aberta para atender às demandas pediátricas emergenciais. Além disso, o hospital conta com três Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), distribuídas entre os dois prédios, para atender às necessidades específicas dos pacientes, incluindo uma UTI dedicada exclusivamente à Oncologia.

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Rotina através dos anos

No primeiro ano de residência médica no HIAS, os residentes são expostos a uma variedade de estágios clínicos. Inicialmente, passam quatro meses nas enfermarias de Pediatria Geral, com dois meses na emergência, entre pronto atendimento e sala de decisão clínica. Seguem-se três meses de Neonatologia, divididos entre o próprio hospital e a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, fora das instalações do Sabin. Adicionalmente, dedicam um mês aos ambulatórios gerais e outro à enfermaria de Cirurgia Pediátrica, focando no pós-operatório dos pacientes.

Dinâmica do R2 e R3

No segundo ano de residência (R2), os residentes se aprofundam nas especialidades médicas, deixando para trás a Pediatria Geral do primeiro ano. No Hospital Sabin, conhecido por abrigar a maioria das especialidades, os residentes têm a oportunidade de rodar em diversas áreas, incluindo Cardiologia, Pneumologia, Reumatologia, Gastrologia, Nefrologia e Onco-Hematologia. Destaca-se também um mês dedicado aos cuidados paliativos, além de dois meses intensivos em Neonatologia, incluindo a UTI Neonatal e a sala de parto. O aprendizado se estende à UTI pós-operatória, abrangendo diversas especialidades cirúrgicas, e à sala de reanimação, considerada um ambiente de aprendizado único e desafiador.

No terceiro ano de residência os residentes assumem um papel mais ativo na preceptoria. O programa inclui três meses de enfermaria pediátrica, onde os residentes se dedicam à organização de pacientes e apoiam os colegas de anos anteriores. Além disso, participam do Time de Resposta Rápida (TRR) e rodam em hospitais como o Instituto José Frota (IJF) e o Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM), onde têm a oportunidade de trabalhar com crianças em contextos específicos. Este ano, o programa foi atualizado para incluir um mês adicional de Neonatologia e um mês de Endocrinologia no ambulatório, visando oferecer uma formação mais abrangente aos futuros pediatras.

Plantões e parte teórica

Os plantões no R1, parte essencial da formação, consistem em dois a três plantões de 12 horas mensais, além de alguns plantões de seis horas à tarde. Os residentes da enfermaria de Pediatria Geral também realizam prescrições aos sábados e alguns domingos. Embora se busque respeitar o limite de 60 horas semanais, ocasionalmente, tarefas adicionais podem estender o horário, embora raramente ultrapasse esse limite. Enquanto alguns residentes optam por trabalhar extra, outros preferem dedicar-se inteiramente à experiência do R1, aproveitando cada oportunidade de aprendizado e interação com os pacientes.

No R2, os plantões ocorrem em média duas vezes por mês, alternando entre períodos de 12 e 6 horas. Os finais de semana são geralmente livres, sem plantões às sextas e domingos. A carga de trabalho é intensa, com foco em especialidades médicas e atendimento a pacientes graves e complexos, característicos do Hospital Sabin. Já no R3, não há plantões, proporcionando aos residentes uma tarde dedicada ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e outra tarde livre.

Quanto à parte teórica, as aulas são realizadas diariamente de manhã, seguindo um formato online devido à falta de espaço físico adequado, causada por obras de reforma no hospital. Tanto no R2 quanto no R1, as atividades acadêmicas são integradas aos serviços e especialidades, proporcionando aprendizado prático e teórico simultaneamente. A ênfase recai na experiência clínica, interação com os preceptores e aproveitamento dos recursos disponíveis, incluindo uma ampla variedade de exames e materiais de estudo.

Clima entre os residentes

O ambiente interno é marcado pela colaboração entre os residentes, onde não há distinção hierárquica entre os diferentes anos de residência. A relação entre eles é descrita como próxima e colaborativa, com apoio mútuo e camaradagem. Já com os staffs, há um clima de respeito e proximidade, evidenciado pela disponibilidade constante para fornecer orientações e feedbacks, refletindo uma dinâmica de trabalho fluida e colaborativa.

Mercado de trabalho

Quanto ao mercado de trabalho, a Pediatria volta-se cada vez mais para o consultório, havendo oportunidade de conhecer e possivelmente entrar na clínica de membros dos staffs. Além disso, a crescente demanda por especialistas em áreas específicas, como Medicina Intensiva e Neonatologia, cria novas perspectivas de carreira. A decisão entre seguir para o R4 ou ingressar diretamente na prática clínica depende das preferências individuais e das oportunidades disponíveis, mas os residentes do Sabin estão bem preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado de trabalho em Pediatria.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Pediatria no HIAS com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Rebecca Azulay, atual residente dessa especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

Por fim, se você quer ficar por dentro de mais conteúdos relevantes sobre a área médica, continue acompanhando o material preparado pelo Portal de Notícias do Estratégia MED. Aqui, você encontrará informações atualizadas sobre residências, carreira médica e muito mais.

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