Com uma rotina intensa, casos clínicos raros e um ambiente que combina rigor acadêmico e apoio entre colegas, a residência médica em Infectologia da USP-SP é reconhecida como uma das mais completas e desafiadoras do país. Ao lado de um dos maiores complexos hospitalares da América Latina, o programa oferece desde ensino teórico estruturado até oportunidades de pesquisa de ponta, sempre com contato direto com pacientes de alta complexidade. Quer saber como é, na prática, vivenciar essa formação de excelência? Confira a seguir todos os detalhes.
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A residência em Infectologia na USP-SP
A residência médica em Infectologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC USP-SP) é reconhecida pela tradição, diversidade de casos e estrutura robusta. O programa oferece oito vagas anuais pelo processo seletivo principal, além de receber médicos estrangeiros, especialmente da América Latina e da África. Com isso, a equipe costuma ter entre 26 e 30 residentes no total, distribuídos entre R1, R2 e R3.
Para compreender melhor a rotina do programa, conversamos com o Dr. Diego Diovanny Polonio, ex-residente da especialidade. Ele compartilhou detalhes sobre o funcionamento do serviço, a vivência prática e os diferenciais do programa. Acompanhe abaixo!
Estrutura do serviço
O Hospital das Clínicas da USP é o maior complexo hospitalar-escola da América Latina, com cerca de 2.200 leitos distribuídos em diversos institutos. A Infectologia está localizada no Instituto Central e é composta por ambulatório, enfermaria e UTI dedicados a moléstias infecciosas e parasitárias.
A enfermaria dispõe de 20 leitos, mas, devido à necessidade de isolamento em alguns casos, o número real de pacientes internados costuma variar entre 16 e 18. Já a UTI tem capacidade para 10 leitos. O ambulatório abriga diversos serviços simultâneos e de diferentes subáreas da Infectologia.
Estrutura do programa
A residência tem duração de três anos e busca oferecer uma visão abrangente da Infectologia.
No R1, o serviço combina Clínica Médica (enfermaria, pronto-socorro, cuidados paliativos, radiologia) e estágios de Infectologia (enfermaria, UTI, microbiologia, epidemiologia e um mês de eletivo interno).
Já no R2, há um foco maior na Infectologia, com passagens por UTI, enfermaria, Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRI), pronto-socorro do Emílio Ribas, Medicina Tropical, entre outros. Também está incluso um mês de eletivo que pode ser externo.
Por fim, no R3, a ênfase se dá em ambulatórios de diferentes especialidades dentro da Infectologia e interconsultas em diversos institutos, como o do Câncer, de Ortopedia e do Coração. Há também dois meses de eletivo, com possibilidade de estágio no exterior.
Carga horária e qualidade de vida
Embora haja períodos em que a demanda ultrapasse as 60 horas semanais, o serviço mantém uma cultura de cuidado com o residente. Segundo Diego, os chefes costumam intervir para evitar sobrecarga e preservar a saúde mental da equipe, incentivando o equilíbrio entre aprendizado e bem-estar.
Já o ambiente é descrito como acolhedor, tanto entre residentes quanto com os preceptores e professores. Há proximidade no dia a dia, liberdade para discutir casos e disposição dos chefes para ouvir e orientar. A receptividade se estende desde o primeiro contato, com ações que visam integrar rapidamente os novos residentes ao grupo.
Ensino teórico e avaliação frequente
A residência valoriza fortemente o ensino teórico. Cada rodízio, como o da enfermaria, é dividido em grupos menores para permitir melhor acompanhamento dos chefes. Há também eventos que reúnem todos os residentes e preceptores para apresentação e discussão de casos clínicos, com feedback construtivo e clima descontraído.
O programa conta com módulos temáticos — como HIV, tuberculose, antimicrobianos, fungos e controle de infecção hospitalar — e provas semanais baseadas no conteúdo das aulas e na prática vivida. As avaliações são consideradas justas e funcionam como incentivo ao estudo contínuo.
Incentivo à produção acadêmica
Os residentes têm ampla abertura para participar de projetos de pesquisa e publicações científicas. Professores e chefes estimulam a iniciativa e facilitam o contato com pesquisadores da pós-graduação, fortalecendo a formação acadêmica.
Pontos de atenção e desafios
Entre os desafios, está o alto custo de vida em São Paulo, que exige planejamento financeiro. O fornecimento de refeições no hospital é restrito a horários específicos e não inclui café da manhã.
Do ponto de vista curricular, alguns residentes sentem falta de maior tempo em estágios fora da Infectologia, especialmente na Clínica Médica, devido à complexidade dos pacientes atendidos no HC. No entanto, essa limitação se deve à necessidade de concentrar, em apenas três anos, uma formação abrangente na especialidade.
Conheça os Sprints de Residência Médica
Sprint de Reta Final para Residência Médica da FMABC
Sprint de Reta Final para Residência Médica USP Ribeirão Preto
Combo Três Sprints (Leve 5) - Reta Final
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Todos os Sprints de Reta Final para Residência Médica (+10.000 questões!)
Sprint de Reta Final para Residência Médica UNIFESP
Sprint de Reta Final para Residência Médica Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Sprint de Reta Final para Residência Médica Santa Casa de São Paulo
Sprint de Reta Final para Residência Médica SUS-SP
Sprint de Reta Final para Residência Médica SES-PE
Sprint de Reta Final para Residência Médica UNESP
Sprint de Reta Final para Residência Médica USP-SP
Sprint de Reta Final para Residência Médica Unicamp
Sprint de Reta Final para Residência Médica SUS-BA
Sprint de Reta Final para Residência Médica UERJ
Sprint de Reta Final para Residência Médica PSU-MG
Sprint TEP (Título de Especialista em Pediatria)
Sprint de Reta Final para Residência Médica ENAMED / ENARE
Diversidade de casos clínicos
Por outro lado, a diversidade de casos é um dos principais pontos positivos. A enfermaria é marcada por uma grande variedade de patologias, que vão muito além do HIV. Entre os casos atendidos estão tuberculose em diferentes apresentações, infecções fúngicas invasivas, leishmaniose cutânea, doenças virais graves como febre amarela, infecções tropicais e situações de imunossupressão grave. A proximidade com outras especialidades dentro do HC facilita o manejo multidisciplinar de casos complexos.
Quer saber ainda mais sobre o programa? Descubra com o bate-papo “Vida de Residente” entre a Professora Ana Luiza Viana e o Dr. Diego Diovanny Polonio, formado na especialidade pela instituição, no vídeo abaixo:
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