Neste texto, exploraremos a jornada de residência médica em Pediatria na Universidade de São Paulo (USP-SP) através da perspectiva de Bianca Ratts, residente do primeiro ano. Discutiremos as diversas etapas do programa, desde o R1 até o R3, bem como a carga horária, os desafios, os pontos fortes e o que torna esta residência uma experiência única e altamente valorizada no cenário médico brasileiro. Siga no texto!
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A residência em Pediatria da USP-SP
O Estratégia MED conversou com Bianca Ratts, residente do primeiro ano do programa de residência médica de Pediatria na Universidade de São Paulo (USP). Ela compartilhou conosco sua jornada e experiências na residência, que tem duração de três anos e oferta 40 vagas anuais para Pediatria.
A residência é centrada em emergência e UTI, proporcionando uma formação intensiva nesses campos. Embora a parte ambulatorial não seja o foco principal, a residência é considerada abrangente e os residentes se apoiam mutuamente para enfrentar os desafios.
Clima e dia a dia
A atmosfera entre os residentes é descrita como positiva e colaborativa. Bianca inclusive destacou que a hierarquia entre os residentes não é uma barreira e todos se apoiam como uma família. Os chefes de departamento, muitos dos quais foram formados pela própria instituição, entendem as demandas dos residentes e são empáticos em relação às dificuldades enfrentadas.
A residência em Pediatria na USP funciona com rotações de seis semanas em diversos hospitais. Os principais hospitais são o Hospital Universitário, próximo ao Butantã, e o Instituto da Criança e do Adolescente (ICR), localizado perto do Hospital das Clínicas. É no ICR que os casos mais complexos são tratados, proporcionando aos residentes uma experiência única em cuidados intensivos pediátricos.
A estrutura da residência é notável, com um prédio exclusivo para Pediatria, onde os residentes têm acesso a uma formação abrangente e focada, preparando-os para os desafios da prática pediátrica.
Aprendizado através dos anos
O primeiro ano da residência é repleto de rodízios em diversas áreas, incluindo Neonatologia, Alojamento Conjunto, Enfermaria do HU, e duas emergências, uma no ICR e outra no Pronto Atendimento (PA). O programa é rigoroso, com carga horária variável, podendo chegar a até 60 horas semanais, dependendo do rodízio. Os plantões noturnos e de final de semana também fazem parte da rotina dos residentes.
O segundo ano (R2) concentra-se mais no ICR, com ênfase em UTI, pronto atendimento e plantões. A atenção primária não faz parte deste estágio. O apoio entre os residentes é forte, formando uma espécie de “família” que ajuda a enfrentar os desafios.
No terceiro ano (R3), a carga horária geralmente melhora, e os residentes se concentram em especialidades pediátricas. A atenção primária não é mais parte do programa, permitindo que os residentes explorem áreas de seu interesse.
A formação na USP é amplamente acadêmica, abrangendo tanto a parte teórica quanto prática. Os residentes têm a oportunidade de revisar conceitos, participar de aulas e se envolver em atividades acadêmicas, incluindo a possibilidade de fazer doutorado.
Além disso, a USP oferece uma abordagem longitudinal do cuidado, com um ambulatório de Pediatria Geral e acompanhamento de pacientes por um ano. Isso proporciona uma experiência valiosa na atenção primária.
Ensino na USP-SP
A formação na USP é amplamente acadêmica, abrangendo tanto a parte teórica quanto prática. Os residentes têm a oportunidade de revisar conceitos, participar de aulas e se envolver em atividades acadêmicas, incluindo a possibilidade de fazer doutorado.
Além disso, a USP oferece uma abordagem longitudinal do cuidado, com um ambulatório de Pediatria Geral e acompanhamento de pacientes por um ano. Isso proporciona uma experiência valiosa na atenção primária.
Ela enfatiza que a residência é ideal para quem busca experiências em emergências e especialidades, mas pode não ser a melhor escolha para quem procura uma abordagem mais ambulatorial ou de Puericultura.
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para os futuros especialistas da USP-SP é promissor. Como o prestígio da USP no cenário médico é notável, ex-residentes acabam encontrando oportunidades em grandes centros médicos, como o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital Sírio-Libanês. A maioria dos staffs desses hospitais é formada pela USP, o que reflete o valor dessa residência.
Em resumo, a residência na USP oferece uma formação sólida e prepara os residentes para uma carreira bem-sucedida, mas requer dedicação devido à carga horária intensiva. É uma jornada desafiadora, porém gratificante, que vale a pena para quem deseja se destacar na Pediatria.
Descubra mais sobre o programa de residência médica em Pediatria na Universidade de São Paulo (USP-SP) com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e Bianca Ratts, atual residente da especialidade na instituição, no vídeo abaixo:
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