Por que fazer residência de Medicina Preventiva e Social?
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Por que fazer residência de Medicina Preventiva e Social?

Para entender melhor como funciona a especialidade, o Estratégia MED conversou com Henrique Tibucheski, residente do primeiro ano na área

A Medicina Preventiva e Social é uma especialidade médica focada na promoção da saúde, prevenção de doenças e gestão de sistemas de saúde pública. Diferente de outras áreas da medicina que se concentram no tratamento individual de pacientes, essa especialidade busca entender e intervir nos determinantes sociais e ambientais da saúde, implementando políticas públicas e estratégias de gestão para melhorar a qualidade de vida das populações.

A especialidade abrange uma ampla gama de atividades, desde a análise epidemiológica e estatística até a administração e consultoria em saúde, preparando profissionais para enfrentar desafios complexos e encontrar soluções eficazes para problemas de saúde coletiva.

Para entender melhor como funciona a especialidade, o Estratégia MED conversou com Henrique Tibucheski, residente do primeiro ano na área. Siga no texto para saber mais!

Como é a residência em Medicina Preventiva e Social

A residência de Medicina Preventiva e Social é estruturada em duas partes. Na primeira metade, o foco é na Medicina Preventiva, onde os residentes aprofundam seus conhecimentos em epidemiologia, estatística, Sistema Único de Saúde (SUS), e financiamento de saúde. Nesta fase, os estudos são detalhados e baseados em legislações, entendendo como as leis são formuladas e aplicadas no contexto da saúde pública.

Além da divisão em duas fases, a residência permite especializações distintas. Sendo possível optar por uma formação focada inteiramente na Medicina Preventiva ao longo dos dois anos, saindo como Médico Sanitarista.

Os Médicos Sanitaristas geralmente trabalham com políticas públicas, atuando em Secretarias Municipais de Saúde ou no Ministério da Saúde em Brasília. Suas funções incluem consultoria para a criação de políticas públicas, análise de fluxos de trabalho e gestão da qualidade dos programas de saúde implantados.

Segunda parte da residência: gestão aplicada

A segunda metade da residência é voltada para a prática da gestão em saúde. Nessa fase, o trabalho consiste em resolver problemas práticos, preparando os residentes para posições de liderança na área da saúde.

Após a residência, muitos profissionais encontram oportunidades como gestores de pronto-socorros ou Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), atuando não apenas em questões assistenciais, mas também em questões de fluxo e gestão. Outros seguem carreira em consultorias no setor privado, aplicando suas habilidades em resolver problemas complexos de saúde pública e organizacional.

Diferença entre residência e especialização

A especialidade de Medicina Preventiva e Social é uma área que desperta interesse tanto no âmbito público quanto privado. No setor privado, muitos profissionais optam por realizar apenas um curso de especialização em vez de uma residência completa. A principal diferença entre essas duas opções reside na experiência prática proporcionada pela residência. Enquanto os cursos de pós-graduação oferecem aulas teóricas de comunicação e negociação, a residência permite que os médicos pratiquem esses conhecimentos.

Outro aspecto vantajoso da residência é o networking. Durante o programa, os residentes têm a oportunidade de passar por diversos institutos e interagir com líderes da área médica.

Vantagens da residência

A formação em Medicina Preventiva e Social é uma excelente escolha para médicos que buscam diversificar sua atuação, especialmente aqueles que não se identificam tanto com o atendimento direto ao paciente. A grande vantagem de completar uma residência na área é a maior facilidade em conseguir ofertas de emprego, já que poucas residências no Brasil combinam essa formação com pós-graduação em gestão. Muitos dos chefes de grandes hospitais e institutos também seguiram esse caminho, o que reforça o valor dessa formação.

Principais dados da áreas

De acordo com a Demografia Médica 2023 – a mais recente edição da pesquisa, em 2022, Medicina Preventiva e Social contava com 1.962 registros de especialistas, representando apenas 0,4% do total de médicos especialistas no Brasil. Veja a relação completa de registros por Unidade Federativa (UF):

UFNúmero de Registros
Acre2
Alagoas21
Amapá1
Amazonas15
Bahia60
Ceará49
Distrito Federal68
Espírito Santo55
Goiás50
Maranhão21
Mato Grosso12
Mato Grosso do Sul17
Minas Gerais191
Pará25
Paraíba88
Paraná83
Pernambuco38
Piauí8
Rio de Janeiro203
Rio Grande do Norte13
Rio Grande do Sul119
Rondônia3
Roraima2
Santa Catarina77
São Paulo710
Sergipe26
Tocantins5
Fonte: Demografia Médica 2023

Até 12 de junho de 2024, 43 vagas para o primeiro ano de residência médica na especialidade estavam autorizadas de acordo com o Ministério da Educação.

Descubra mais sobre a especialidade de Medicina Preventiva e Social com o bate-papo entre a professora Ana Luiza Viana e Henrique Tibucheski, residente da especialidade, no vídeo abaixo:

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