Como é a Residência de Ortopedia no Hospital Geral de Fortaleza
Créditos: Estratégia MED

Como é a Residência de Ortopedia no Hospital Geral de Fortaleza

Seu interesse é se especializar em Ortopedia e Traumatologia, mas ainda está em dúvida sobre onde realizar sua Residência Médica? Não perca este texto! O Estratégia MED te explicará em detalhes como funciona a residência em Ortopedia e Traumatologia no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), com destaque para seu ambiente acolhedor e colaborativo entre os residentes e staffs. Se você quer saber mais sobre como é a rotina desse programa na capital cearense, continue lendo!

A residência de Ortopedia e Traumatologia no Hospital Geral de Fortaleza

Para entendermos melhor como funciona o programa de Ortopedia e Traumatologia no Hospital Geral de Fortaleza, o Estratégia MED conversou com Gustavo Batista Ferraz, residente do primeiro ano da especialidade. O programa oferece uma experiência diversificada e de alta qualidade, dispondo de três vagas anuais para residentes de Ortopedia e Traumatologia.

A dinâmica é constante, com cirurgias ocorrendo em todos os turnos e com ambulatórios funcionando em quase todos os períodos. Ainda, o HGF é considerado um dos melhores serviços de Ortopedia do Ceará, oferecendo uma formação sólida e abrangente, embora com um número limitado de residentes.

Rotina dos residentes

De segunda a quarta, as cirurgias são realizadas em diversos horários: segunda e terça-feira pela manhã e à tarde, e quarta-feira pela manhã. As cirurgias nos fins de semana são raras e ocorrem apenas durante mutirões, que não são tão frequentes.

A quinta-feira à tarde é reservada para sessões clínicas, fundamentais para a formação dos residentes, pois eles apresentam casos clínicos para discussão com os staffs. Assim, na quinta-feira à tarde, não há cirurgias agendadas.

Hierarquia

A hierarquia é bem definida: o residente do primeiro ano (R1) é responsável principalmente pelo cuidado dos pacientes na enfermaria, realizando evoluções e acompanhando os pacientes internados. Ele também participa das cirurgias e das atividades designadas pelo residente do terceiro ano (R3), sendo que as tarefas burocráticas, como admissões e preenchimento de mapas cirúrgicos, são frequentes para o R1. 

Já o residente do segundo ano (R2) divide seu tempo entre cirurgias e ambulatório, além de assumir mais responsabilidades na organização das cirurgias, como o planejamento dos materiais necessários e a resposta a pareceres clínicos.

Por fim, o R3 organiza as atividades da semana, decidindo quais residentes irão para o ambulatório ou para as cirurgias. O R3 tem como principal foco o estudo para a prova de título de Ortopedia e Traumatologia, o TEOT, além de continuar participando das cirurgias e do ambulatório. A hierarquia e a divisão de tarefas ajudam a garantir que os R3 possam se preparar adequadamente para a prova, com o apoio dos R1 e R2.

O HGF também oferece subespecializações para R4 e R5, como em coluna, mão e microcirurgia, joelho, quadril e pé. Atualmente, há residentes dessas subespecialidades que rodam no HGF e em outros hospitais, como o Instituto Dr. José Frota (IJF). A expectativa é de que o número de R4 aumente conforme o serviço cresça, o que também significa mais responsabilidades para os R1, à medida que mais pacientes seriam atendidos.

No geral, o ambiente de trabalho e a hierarquia entre os residentes são bastante positivos, desmistificando algumas percepções comuns em outras regiões. Gustavo destaca que, ao contrário do que se ouve falar em outros lugares, a relação entre residentes mais antigos e mais novos é tranquila e colaborativa

Integração

Um dos grandes diferenciais do programa no HGF é a Residência Integrada de Ortopedia e Traumatologia, que oferece aos residentes a oportunidade de rodar por diferentes hospitais e conhecer uma variedade de serviços, equipes e pacientes. Essa integração não apenas amplia o aprendizado prático, mas também permite uma visão abrangente das práticas ortopédicas no estado.

Durante o primeiro ano, por exemplo, os residentes têm uma rotação entre três hospitais: o HGF, o IJF e o Hospital Albert Sabin. No HGF, as atividades incluem cirurgias eletivas e atendimento a pacientes oncológicos. Já o IJF é focado em emergências traumáticas, como acidentes de moto. No Hospital Albert Sabin, os residentes lidam com casos pediátricos, incluindo malformações congênitas e escolioses.

Parte teórica

Além da prática clínica, a formação teórica também recebe atenção especial. Todas as quintas-feiras à noite, e ocasionalmente nas terças, os residentes participam de aulas na sede da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), na regional do Ceará. Essas aulas, divididas em módulos como coluna e quadril, são fundamentais para o desenvolvimento dos residentes. 

Gustavo destaca que, mesmo para os residentes que estão de plantão noturno no Instituto Dr. José Frota, a prioridade é dada às aulas, com os residentes sendo liberados para assisti-las e retornando ao plantão em seguida.

Todas as quintas-feiras, há sessões de discussão de casos em vez de aulas expositivas. Essas discussões são enriquecedoras, pois envolvem especialistas de diferentes áreas debatendo a abordagem de casos complexos. Ele destaca que essa troca de experiências entre profissionais de diferentes formações, como aqueles formados no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) no Rio de Janeiro e outros que fizeram especialização em São Paulo é muito enriquecedora.

Durante essas sessões, os residentes apresentam casos desafiadores que surgem nos ambulatórios, discutem as expectativas dos pacientes e realizam exames físicos em conjunto. Esse formato de aprendizado, segundo Gustavo, é extremamente valioso e proporciona uma formação mais completa e prática.

Carga horária e plantões

Sobre a carga horária, Gustavo explica que, na prática, é difícil cumprir rigorosamente as 60 horas semanais em uma residência cirúrgica. No entanto, no IJF, onde os residentes de outros hospitais rodam em determinados meses, as 60 horas são respeitadas estritamente. 

Nos outros serviços, a carga horária varia conforme a complexidade das cirurgias e dos casos atendidos. Gustavo menciona que, em média, os residentes têm entre cinco a seis plantões por mês, cada um com duração de cerca de 12 horas, o que pode estender o horário de saída dependendo da situação.

Descubra mais sobre o programa de Residência Médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital Geral de Fortaleza com o bate-papo “Vida de Residente” entre o professor Guilherme Cardoso e Gustavo Batista Ferraz, residente da especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

A partir de 2024, para ingressar na residência médica da Escola de Saúde Pública do Ceará, o candidato precisa passar pelo Exame Nacional de Residência. Saiba mais: 

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