Como é a Residência Médica de Cirurgia Vascular na UNIFESP
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Como é a Residência Médica de Cirurgia Vascular na UNIFESP

Neste artigo, mergulharemos no cenário da residência médica em Cirurgia Vascular na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), guiados pelo bate-papo com Vinícius Sartori – no primeiro ano do programa – que compartilhou sua experiência conosco. Discutiremos os elementos centrais da residência, desde a dinâmica prática até a carga teórica intensiva, passando pelas responsabilidades específicas de cada ano de treinamento. Continue no texto e saiba mais!

A residência em Cirurgia Vascular na UNIFESP

A residência em Cirurgia Vascular na UNIFESP tem duração de dois anos e conta atualmente com três vagas anuais. Para ingresso na especialidade, o candidato precisa ter realizado uma residência prévia em Cirurgia Geral, esta que possui duração de três anos. 

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Estrutura dos estágios e clima

Ele detalhou o esquema de rotação de estágios, que se diferencia do primeiro ano para o segundo ano. No início, os residentes focam em estágios específicos, com um deles atendendo a enfermaria e participando de cirurgias, enquanto outro lida com pacientes internados sob os cuidados de outras especialidades. O terceiro residente concentra-se em cirurgias endovasculares e procedimentos na sala híbrida.

No tocante ao volume cirúrgico, Vinícius descreveu a evolução gradual ao longo dos anos: “no primeiro ano, os procedimentos se concentram em acessos vasculares complexos, amputações e cirurgias arteriais básicas. Já no segundo ano, os residentes se envolvem em cirurgias mais complexas, como derivações arteriais.” 

Ele enfatizou a importância da colaboração entre os residentes para distribuir as responsabilidades de maneira eficiente. Ou seja, o programa de residência em Cirurgia Vascular da UNIFESP oferece uma estrutura organizada e um progressivo acúmulo de habilidades cirúrgicas. 

Dia a dia na residência

Conforme o tempo avança na residência, a expertise individual se aprofunda em procedimentos específicos, podendo o residente assumir procedimentos de emergência, como oclusões agudas e cirurgias diversas

Atualmente, a enfermaria vascular comporta 10 leitos, embora já tenha sido maior devido a reformas no hospital. Porém, o atendimento se estende além da enfermaria. Pacientes de UTI, por exemplo, são encaminhados via central de regulação. 

O residente do último ano de Cirurgia Vascular tem uma contribuição vital no laboratório de ultrassom Doppler, o coração da investigação vascular. Os residentes assumem o comando desse laboratório, realizando exames e desenvolvendo habilidades em ultrassonografia vascular.

Em resumo, a dinâmica entre os residentes na Cirurgia Vascular se divide em funções distintas: enquanto no primeiro ano o residente lida com procedimentos e enfermaria, o residente do último ano tem um papel crucial tanto no laboratório de ultrassom quanto na assistência a procedimentos endovasculares. Eles também colaboram com outras instituições, como o Hospital do Rim, quando necessário.

Já no aspecto teórico, a residência em Cirurgia Vascular da UNIFESP aprofunda-se significativamente. Reuniões de discussão de casos ocorrem com frequência, às vezes são analisados até três casos por encontro, envolvendo todos os chefes presentes. A análise de artigos, indicação de medicamentos e interações com a indústria farmacêutica também preenchem o calendário. Aulas regulares, discussões informais com os preceptores e o aprendizado constante fazem parte da carga teórica intensa que diferencia esse programa.

Plantões e carga horária

Os plantões na vascular são substituídos por um sistema de “sobre aviso”. Os residentes da Cirurgia Geral lidam com as situações iniciais e, se necessário, acionam os especialistas vasculares.

Em relação aos plantões no final de semana, a responsabilidade varia. O residente do primeiro ano tende a gerenciar a enfermaria e as condutas, enquanto o residente do segundo ano foca nas intervenções cirúrgicas. Os residentes mais experientes também fornecem suporte, sendo que estes concentram-se no centro cirúrgico, liderando cirurgias complexas, incluindo derivações arteriais e procedimentos carotídeos.

A carga horária, comparada à Cirurgia Geral, é menos cansativa, o que melhora a qualidade de vida. No entanto, isso não se traduz em menos trabalho. As responsabilidades se expandem para discussões de casos, pesquisas e preparação de aulas, muitas vezes sendo levadas para casa.

Nesse contexto, a escolha de Vinícius Sartori pela Cirurgia Vascular foi guiada pelo equilíbrio entre carga teórica e prática, bem como pela gama de oportunidades para aprofundar conhecimentos.

Descubra mais sobre o programa de residência médica em Cirurgia Vascular na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com o bate-papo “Vida de Residente” entre a professora Ana Luiza Viana e o Dr. Vinícius Sartori, atual residente da especialidade na instituição, no vídeo abaixo:

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