Doação de sangue: a COVID-19 não parou as demais doenças

Doação de sangue: a COVID-19 não parou as demais doenças

Com a vinda da COVID-19, além de toda crise sanitária, social e econômica causadas, diversas outras áreas também foram afetadas, uma delas foi a Doação de Sangue. A preocupação com o vírus, até então desconhecido, acabou gerando uma desatenção para outras áreas da saúde que precisavam de auxílio. 

Se você quer saber mais como a doação de sangue foi impactada e quais são os percentuais que precisamos alcançar para amenizar a situação, não saia desse texto do Estratégia MED!

A doação de sangue na pandemia

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a cada mil habitantes 16 são doadores de sangue, totalizando uma taxa de 1,6% de doadores em todo o país, número que está dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, o número ainda não é o ideal para evitar os baixos estoques nos bancos de sangue.

Durante a pandemia da COVID-19, os hemocentros de diferentes regiões do Brasil entraram em situação crítica de abastecimento. Estima-se uma redução de 15% a 20% nas doações, se compararmos aos dados de 2019. No ano anterior à pandemia foram coletadas mais de 3,3 milhões de bolsas de sangue, enquanto em 2020 o número não chegou aos 3 milhões. 

A situação no país

Os números do gráfico abaixo, expostos pela Agência Brasil, deixam muito claro como o Coronavírus afetou a doação de sangue em todo país. Os dados seguintes são do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Fundação Hemocentro de Brasília, Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará e Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas. Confira:

Além dos números mostrados acima, o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) também divulgou os dados do seu Banco de Sangue: de janeiro a outubro de 2019, o hospital recebeu 13.083 doadores de sangue. Dando um salto para 2021, com o avanço da vacinação contra a COVID-19 no Brasil, o mesmo período registrou 9.065 doações de sangue, ainda 31% abaixo do esperado, mas já mostra um avanço de 20% comparado aos números de 2020, que foram de, aproximadamente, 7.550 doações. 

O que saber antes de doar?

Com o aumento da vacinação contra o Coronavírus no Brasil, muitas pessoas já vêm se sentindo seguras para voltar a algumas atividades, uma delas é a doação de sangue. Se você se encaixa nesse grupo, confira os quesitos necessários antes de doar.

  • Estar em boas condições de saúde;
  • Ter entre 16 e 69 anos. Tendo em vista que a primeira doação tem que ser feita até 60 anos e menores de idade devem ser acompanhados pelo responsável legal;
  • Pesar no mínimo 50kg;
  • Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas quatro horas anteriores ao procedimento;
  • Estar descansado;
  • Voluntários que estiveram no exterior não podem doar sangue por 14 dias, a partir da data do retorno;
  • Voluntários que tiveram contato com casos suspeitos e confirmados de COVID-19 só podem voltar a doar após 14 dias;
  • Aqueles que apresentarem sintomas de possível infecção pelo Coronavírus, só poderão doar sangue após 14 dias do desaparecimento dos sintomas; e
  • Doadores que apresentaram diagnóstico positivo de COVID-19 só poderão realizar o procedimento após 30 dias da recuperação clínica completa.

Agora que você já sabe um pouco mais da situação de doação de sangue no Brasil em período de pandemia, o que acha em já procurar um hemocentro próximo a sua casa? Lembre-se:  a COVID-19 não parou as demais doenças.

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